Aizy surta

1.5K 170 11
                                    


Eizy

Sentia os olhares sobre mim. A espreita da janela vejo o mesmo carro da noite anterior parado do outro lado da rua, era um Ford preto, vidros escuros, ninguém da vizinhança tinha um daquele. A um bom tempo morava ali pra saber disso.

Mantinha as luzes da casa apagadas, como se estivesse dormindo, mas não, estava de olho em tudo que acontecia lá fora.

Me sentei me sentindo exausta, pensando a que ponto cheguei. Eu amava tanto Vladimir que me deixei ser influenciada ao ponto de cometer loucuras.

Uma delas era Erin, minha doce Erin. Sempre tão forte e meiga, Vladimir a amou desde a primeira vez que a viu, ele a pegou no colo, e disse que ela seria uma Stowe de fibra, e ela era, mas sua natureza nunca a abandonou, sempre simples e não gostava de gastar e ter tudo que pois aos seus pés, a única exigência em sua adolescência foi o carro. Vladimir então comprou-lhe o melhor, ainda me lembro de sua felicidade em receber a chave na mão e a bronca que lhe dei ao passar por cima do meu gramado.

- O que faz aí parada? - Vladimir aparece da escuridão, a distância entre nós era grande, mas eu podia vê-lo.

- Estou pensando em nossa filha. - Disse temerosa.

- Levante-se e vá dar um jeito naquele moleque... Eu quero a minha casa é meus bens de volta.

- Não posso fazer isso... - Pedi em súplica. - Por favor, Vladimir, deixe os dois em paz!

- Eizy... Você me prometeu que vingaria a minha morte... Agora vai cumprir, Levante-se e faça alguma coisa... Ou eu juro que não te deixo em paz.

- Tá... Tudo bem... - Disse me encolhendo no sofá ao ver o seu rosto se transformar em algo perverso.

Fechei os olhos pedindo para que fosse embora, ao abrir já não era mais eu, estava nos fundos da casa que um dia foi minha, eu sentia o gosto do sangue na boca, era estranho por que era bom.

Aos meus pés um homem de terno caído garganta cortada e o silêncio da noite era a minha amiga.

Olhei para as minhas mãos, eu tinha uma faca, me apavorei e saí correndo por dentro das propriedades vizinhas até chegar a uma rua que dá ao meu bairro. Por fim , entrei pelos fundos da casa do vizinho e pulei os arbustos, finalmente estava em casa, estava amanhecendo.

- O que você fez? - perguntei a Vladmir ao. Vê-lo sentado no meu sofá, rindo.

- Usei seu corpo.

Eu tinha perdido o controle do meu corpo e estava possuída por ele, era meu fim.

REVENGE - TWOOnde histórias criam vida. Descubra agora