Naquela manhã, acordei me sentindo melhor e revigorada. Eu estava pronta para a luta e determinada a não perder o meu filho. Tomei banho e segui para o quarto de Caleb, disposta a acorda-lo, mas para a minha surpresa ele já estava bem acordado, preparando sua mala.
- Caleb, pra que essa mala? - perguntei me divertindo com o tamanho da mala que estava aberta sobre sua cama.
- Quero dormir lá! - Ele tinha os olhos arteiros.
- Eu entendo! Mas, parece que está indo pra passar o mês! - eu gargalhei. - O que está levando aí?
- minhas roupas! - Ele deu de ombros como se fosse normal estar levando tudo aquilo.
- Caleb, nós vamos hoje e voltaremos amanhã, não vai precisar de tuuuudo isso.
- Claro que vou.- dois pijamas, shorts, camiseta, minha roupa de passeio... - e ele foi enumerando dizendo o que tinha na mochila.
- Você não vai usar um terço dessa a roupas, Caleb! - percebi a decepção em seus olhos. - Mas, para não desmanchar as malas, nós podemos levar algumas coisas e deixar na casa do seu pai. Assim quando você for vê-lo já terá coisas suas lá.
- Oba!. - Caleb subiu na cama e passou a pular.
- O que você andou comendo pra estar tão agitado? - ele pulou em meu colo e quase caímos, o abracei forte e o coloquei no chão. - Vamos tomar café?
- Eu fiz o café!. - disse ele rindo. - A tia Ellen disse que eu fiz tinta preta.
- Meu Deus, vamos lá tomar essa tinta preta?
Caleb caiu na gargalhada. Descemos para a cozinha e Caleb estava agitadíssimo.
- Você deu gasolina pra esse garoto, Ellen?
- Ele tomou uma xícara de café... Puro. - Ellen torceu a boca de lado. - tive que fazer outro café... Não tinha condições de tomar... Era pó puro.
- Caiu, mãe.
- Ele está ligado a 220 volts.
- simmm... - Ellen colocou o bule de café e leite na mesa. - Então vão passar um fim de semana num resort com direto a almoço e jantar da escolha de vocês!?
- Vamos para a Mansão. Por que não vem conosco.
- E quem ficará com a Eizy? - Ellen sorriu travessa. - Melhor eu ficar por aqui!
- Vamos tia Ellen, o papai disse que tem cozinheiro , vocÊ não vai precisar cozinhar.
Ellen riu bagunçando seus cabelos.
- Vou ficar por aqui cuidando de sua avó.
- Mamãe! - revirei os olhos, lamentando que Ellen tivesse seus planos interrompidos por ela. - Acho que seremos só nós dois, Garotão!
- Sim... - Ellen deu um gole generoso no café. - John?
- Vou ligar para ele, pedir pra que venha almoçar com a gente amanhã! - Caleb torceu o bico. - Não faça essa cara, John é amigo da nossa família e meu advogado!
- E seu namorado... - Caleb se levantou indo para a porta para sair da cozinha.
- Caleb... Não terminou seu cereal?
- Não quero mais.
- Acho que vou ter que levar esse garoto a um psicólogo. Esse ciúme não é normal.
- Ele nunca precisou te dividir você com outro homem a não ser Jim... - Elen sorriu.
- Vou atrás desse teimoso! - fui para a sala com a tigela de cereal dele nas mãos. - Não devemos desperdiçar comida. - eu disse de modo suave.
- Não quero comer. - Caleb estava na janela olhando para fora desconfiado. - Tem um carrão parado na nossa porta. - Caleb apontou para fora.
- Vai comer ou vamos ficar em casa? - me aproximei da janela e olhei na mesma direção que ele. - Mas, que carro é esse? Será que o Zachary mandou?
Caleb deu de ombros pegando a tigela da minha mão.
- Olá! - me aproximei da janela do motorista e bati rapidamente.
- Bom dia, Senhora? Erin - Ele sorriu amável saindo do carro, deu a volta abotoando o paletó.
- Meu nome é Harryson, motorista contratado pelas empresas Heights, estarei ao seu dispor.
Caleb o olhava de lado, desconfiado, observando aquele homem louro, pele bem branca, olhar simpático e misterioso.
- Ah, olá Harryson! - Senti um súbito alívio. - Esse é o Caleb, meu filho! Imagino que você deva nos conduzir a residência do Sr Heights.
- Sim, senhora. - Ele manteve o sorri.
Caleb estendeu a tigela para o homem.
- Tá com fome? - Ele estava sério.
Não pude conter o riso.
- Vamos apanhar as nossas coisas, Caleb.
- Quer ajuda? - Perguntou o homem solicito.
- Ah, sim! Por favor.
Ellen praticamente parou de boca aberta saindo da cozinha, acompanhando com o olhar aquele homem que entrava em casa, sorrindo simpático.
- Tia Ellen? - Caleb parou a sua frente com a tigela estendida para ela.
- Há... Obrigada meu bem... Coloque na mesa, sim. - Ela o empurrou para a cozinha e me seguiu.
- Sem problemas, eu carrego. - Disse Harryson. - Quer que eu suba para apanhar as mochilas.
- Ah não, eu mesma cuido disso!
Subi as escadas, indo para o quarto de Caleb, tendo Ellen no meu encalço.
- Ah não, eu mesma cuido disso!
- Um minuto... - Ellen disse subindo a escada atrás de mim. - Quem é esse Deus Alemão?
- Gostou né, assanhada? Eu bem vi a sua cara!
Consigo o telefone dele se você quiser.
- Eu estou a perigo... - Disse ela encostando na parede e se abanando. - Demos risada. - Eu vou ter que andar muito com esse motorista... acho que vou esquecer o lanche do Caleb todos os dias.
- O que aconteceu com a Ellen tímida e recatada? Meu Deus, que danadinha!
- Estou falando para você. - ela riu puxando a mochila da minha mão. - Nossa!... o que tem nessa mochila?
- Seu pequeno está de mudança. - sorri, mas logo o meu sorriso se tornou triste, ao constatar que a minha piada podia se tornar real. - Ele quer deixar algumas coisas na casa do pai.
- Bom... quem disse que você precisa deixar algo lá. - Ellen piscou para mim. - Divirtam-se.
- Vou tentar, Ellen!
Descemos as escadas e Caleb ainda parecia estar avaliando Harryson e eu as vezes me perguntava o que se passava na cabeça desse garoto.
- Deixe-me ajuda-las. - Harryson veio até mim e Ellen pegando nossas bolsas e mochilas.
- Estou lá fora esperando por vocês.
- Vou com ele, mãe. - Caleb o seguiu, nem esperou que falasse algo.
- Erin... aonde vai? - Perguntou mamãe no topo da escada, descabelada por ter dormido demais.
- Passear com o Caleb, mãe! - Respondi de modo breve e subi para abraça-la. - Eu volto amanhã.
- Erin... Porque sua irmã não veio mais me ver?
Suspirei longamente.
- Vou ligar pra ela, mamãe. Prometo!
- Boa viagem. - Ela disse me vendo descer da escada.
Ellen acenou para mim e me encorajou de ir me empurrando praticamente, abriu a porta e assim que atravessei, ela fechou a porta.
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REVENGE - TWO
RomanceVl. - 2 Erin agora tem a chance de fazer Zack acreditar em seu amor, pois Caleb pode ser essa porta de entrada para o coração de Zack, mas para isso acontecer, Erin terá que provar a ele que não é a pessoa que ele tanto pensa que ela é, desumana e t...
