NATIESE - Uma patricinha em minha vida

Capítulo 27

Depois do prato principal, Maria serviu a sobremesa, que era uma deliciosa torta de iogurte com frutas e calda de maracujá. Sérgio Smith adorou a escolha de sua empregada. Ela sempre arrasava em suas receitas.

— Papai, como o senhor deixa a Maria fazer uma sobremesa deliciosa dessa? Vou acabar engordando desse jeito! — disse Natalie, maravilhada com a sobremesa.

— Engordar como, Natalie? Você está quase voando. — disse Laura.

— Laura, você não entende nada mesmo. Será que não vê que é preciso sempre estar com o corpo em forma para atrair os boys? — respondeu Natalie, irritada.

Laura revirou os olhos, e Sérgio perguntou:

— Vamos calmar, minhas filhas? Aliás, a torta está aí para isso... Essa calda de maracujá está divina!

Priscilla continuava calada e envergonhada pelas perguntas do Sérgio Smith. E lá fora a chuva continuava sem parar. E agora? Como iria conseguir ir embora da mansão dos Smiths?

Após a sobremesa, Sérgio Smith disse:

— Olha... Há muito tempo não me divertia tanto em um jantar. — Olhou para Priscilla — Agradeço muito por ter aceitado o meu convite de vir até aqui.

— Eu é que agradeço. A comida estava incrível!

Sérgio Smith olhou para Natalie e disse:

— Filha, quero muito que você e a Priscilla sejam amigas. Será que isso pode ser possível? Ela é uma ótima garota e filha do Augusto, um homem muito trabalhador. E posso dizer com toda a certeza que ele é um dos funcionários mais confiáveis que eu tenho na loja.

— Com certeza, papai. Não tenho nada contra ela. — disse Natalie, olhando para Priscilla — O lance da piscina foi uma brincadeira estúpida da minha parte e nunca mais vai se repetir.

Laura nem estava acreditando no que a irmã falou. Para ela, era tudo fingimento de Natalie para mostrar que era uma filha obediente.

— Perfeito! — disse o homem, olhando para Priscilla — Então espero que você venha aqui mais vezes, Priscilla! Tenho certeza que você e minha filha vão ser ótimas amigas, como eu e o Augusto.

— Se depender de mim, vai dar tudo certo. — disse Priscilla.

Todos saíram da mesa e foram para a sala. No mesmo instante, a Maria veio recolher os pratos. Laura e Natalie se sentaram no sofá, e Priscilla disse:

— É... Então, eu acho que já vou indo...

— Não, menina. Como você vai embora? — perguntou o homem.

— Vou chamar um táxi.

— Não. De forma nenhuma! Você vai dormir aqui conosco, e amanhã, antes das aulas começarem, te deixo em casa.

— Não posso aceitar, Sr. Sérgio. Os meus pais estão me esperando.

— Não se preocupe. Eu ligo para eles e falo que você vai ficar aqui.

— Mas não quero incomodar.

— Você não nos incomoda. Nós temos um quarto de hóspedes em que você poderá ficar.

Laura estava torcendo para que Priscilla aceitasse, porque precisava conversar com ela, mas Natalie queria desaparecer. Como assim o pai dela iria deixar a Priscilla dormir na casa deles? O que tinha dado no Sr. Smith?, pensou a patricinha.