Capítulo 69

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O dia amanheceu. Na mansão dos Smiths, Maria tinha acabado de colocar o café em cima da mesa. Sérgio Smith já tinha sentido o cheirinho gostoso do café da manhã. Então desceu a escada e foi até a cozinha.

— Bom dia, Maria!

— Bom dia, Sérgio.

Ele sentou-se à mesa e disse:

— Pelo jeito, a Natalie não vai para aula hoje... Ela já deveria ter chegado.

— O senhor quer que eu ligue para ela?

— Não. — pegou a garrafa de café e colocou um pouco do líquido na xícara — Não vamos incomodá-la na casa dos outros. Ela sempre foi uma boa aluna. Então uma falta não vai fazer diferença.

— Isso é verdade.

— Olhe para mim se a Laura já acordou, Maria.

— Claro...

Maria já estava indo, e Laura apareceu na frente dela com uma cara de sono.

— Não precisa. Eu já estou aqui, pai.

Maria voltou para os seus afazeres e viu como a garota estava estranha com ela. Sérgio Smith olhou para a filha ao sentar-se na cadeira e disse:

— Filha, que carinha é essa? Vai assustar alguém no colégio desse jeito.

— Pai...

Ele sorriu e perguntou:

— Nem vou perguntar se você dormiu bem...

— Eu estou bem, pai. — observou que a cadeira de Natalie estava vazia — O senhor não vai buscar a Natalie ou ela vai vir para ir ao colégio?

— Eu disse a Maria que não quero incomodá-la na casa dos outros. Mas se ela quiser vir, ela ligará ou virá em algum táxi, minha filha.

— Pai, o senhor vai deixar ela faltar a aula? Ela não pode continuar na casa da Priscilla.

— Qual é o problema, Laura? — perguntou Sérgio Smith, achando estranha a preocupação dela.

— Não. Nenhum. — mentiu Laura, mas com muita vontade de dizer a verdade.

— Você precisa parar de implicar a sua irmã, sabia? Não quero ver vocês duas brigando. É muito feio. E tem mais: Se você pode pousar na casa do Betão, ela também pode pousar na casa da Priscilla. Ok? Direitos iguais para as duas.

— Desculpe, pai. Não foi a minha intenção questionar a decisão do senhor.

— Certo. Vamos tomar o café. A Maria caprichou dessa vez! Esse bolo de chocolate está com uma cara ótima.

Já eram sete horas da manhã. Rodrigo chegou até o colégio e foi diretamente até a sala do terceiro ano. Mas viu apenas a Kelly, que também parecia estar esperando por Natalie.

— Kelly, a Natalie já chegou?

— Não, Rodrigo.

— Droga! Será que ela não vai vir?

— Não sei de nada.

— O que foi? Vocês duas brigaram?

— Não... Está tudo bem. — mentiu Kelly.

NATIESE - Uma patricinha em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora