Capítulo 33

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— Não sei o que te dizer, Ygor. Vou pensar nisso com calma.

— Olha... Não shippo "Natiese", mas se já estiver escrito para vocês ficarem juntas... Pode ter certeza que ninguém vai impedir.

— Obrigado por me entender.

— Sou seu amigo. Se não deu certo com a Laura, bola para frente, né?

— Com certeza.

Enquanto isso, Rodrigo e Natalie estavam conversando no pátio. A patricinha estava olhando toda a hora se o seu novo status de relacionamento estava mesmo bobando. E estava! Em poucos minutos, a postagem já tinha 1050 curtidas e 234 comentários. Todos estavam parabenizando ao novo casal no colégio.

— Natalie, larga esse celular...Olha para mim. — pediu Rodrigo.

— Meu amor, você precisa ver quantas curtidas...

Rodrigo a interrompeu:

— Depois a gente olha isso... Agora me dá um beijo!

Natalie deu um beijo rápido nele, e ele reclamou:

— Só isso?

— Rodrigo, se a diretora nos ver beijando aqui, ela vai nos dar uma bronca.

— É... Tem razão... Mas podíamos ir novamente para a sala desativada. O que acha?

— De jeito nenhum. Aliás, quero que você me dê essa chave para jogá-la bem longe.

— Por que, amor?

— Uma, é porque aquela sala é muito estranha e, outra, porque estão procurando quem tem a chave dela.

— Sério? Quem falou?

— O Leandro, o professor de matemática. Ele disse que a diretora encontrou a sala destrancada e as carteiras estavam fora do lugar. — pensou um pouco — Por acaso, você estava encontrando mais alguém lá além de mim, Rodrigo?

— Não. Claro que não. — disse ele, nervoso. — Deve ser o Thomas... Eu a empresto quando ele quer ficar com alguma garota.

— Sei... E como a conseguiu? Posso saber?

— Antes de chegarem as férias, eu e o Thomas entramos na diretoria... A Luciana tinha dado uma saidinha... Então, desenhei a chave em uma folha branca e depois a levei em um chaveiro.

— Não sentiram medo de entrar lá pela primeira vez?

— Eu, não. O Thomas quase não entrou. Mas eu fiz ele ir comigo. E quando entramos, não vimos nada de diferente.

— Hum... Você e o Thomas não tem jeito mesmo, hein?

Rodrigo acabou dando uma risada. Já Natalie ficou séria e estendeu a mão para ele.

— Vamos! Me dê essa chave!

— Natalie...

— Anda, Rodrigo. Se não me der, vou pensar que está se encontrando com alguém lá.

— Você sabe que não vou fazer isso. Eu gosto muito de você! Mas tudo bem... — pegou a chave no bolso da calça jeans e entregou para ela. — Ai, está. Agora não tem mais motivo para desconfiar de mim, ciumentinha. — disse ele, dando um beijinho no rosto dela.

NATIESE - Uma patricinha em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora