Capítulo 37

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Rodrigo estava a poucos passos de casa. Como ele queria chegar mais rápido, resolveu, então, entrar em um beco e avistou um rapaz alto, de pele clara, tentando agredir uma menina de dezessete anos de cabelos cor de mel com uma mochila nas costas.

Rodrigo ficou um pouco pensativo. Será que ajudaria a garota ou sairia como se não tivesse visto nada? Com certeza, ele jamais escolheria a segunda opção. Tinha que fazer alguma coisa.

— Vem cá, gatinha... — pediu o garoto mal-intencionado — Vamos conversar.

— Me solta, garoto. — disse a menina, tentando-se esquivar dele.

— Ei, cara! Você não ouviu o que ela disse? — perguntou o Rodrigo.

O rapaz branquelo olhou para ele com bastante ódio.

—Não te interessa, meu irmão. Vaza daqui!

— Não vou sair. Eu quero que a solte!

— Ah, é? Então vamos ver se você não vai sair daqui! — disse o garoto aproximando-se para bater em Rodrigo.

Rodrigo não quis sair do lugar e o encarou. O rapaz deu um soco na cara dele, fazendo com que Rodrigo caísse no chão.

— Vamos, mauricinho! Saia do chão e me bata!

Rodrigo não se deu por vencido e socou o rapaz. E este por sua vez deu mais um soco em Rodrigo, deixando o com o nariz sangrando. A garota estava muito aflita com tudo que estava vendo e resolveu chamar alguém que estava na rua em frente ao beco. Então, ela avistou dois rapazes andando e os chamou para separar a briga.

Quando o rapaz branquelo percebeu que a garota estava falando com os dois rapazes, ele saiu correndo do beco em alta velocidade. Os rapazes então desistiram de pegá-lo e ajudaram Rodrigo a levantar-se do chão. Um deles, ao ver que o nariz de Rodrigo estava sangrando, perguntou:

— Mano, o seu nariz está sangrando muito e pode ter quebrado. Quer que nós te levamos ao hospital?

— Não. Está tudo bem. Eu moro pertinho daqui. Podem ir. Muito obrigado!

— Falou, mano! E a sua namorada está bem também?

— Ela não é minha namorada. Eu estava passando aqui no beco e vi o cara querendo agredi-la.

— Ok. Nós já vamos. Fique bem!

Antes dos rapazes irem embora, a garota os agradeceu. Após o ocorrido, a garota aproximou-se do Rodrigo.

— Muito obrigado por ter me ajudado. Eu nem sei o que seria de mim se você não tivesse chegado.

— E eu fico feliz de ter conseguido impedi-lo. Você mora aqui no Rio?

— Não. Eu acabei de chegar de São Paulo. A minha cunhada ganhou uma linda menina e me chamou para ajudar a cuidar.

— Entendi. Qual é o seu nome?

— É Beatriz, mas pode me chamar de Bia.

— Bia, eu sou o Rodrigo.

— Rodrigo, é um prazer conhecê-lo... — ficou em silêncio por um instante — Eu tenho que ir. Você está com o nariz sangrando e eu estou te atrapalhando a ir para casa.

— O sangue já está quase cessando. Você quer ir lá em casa para descansar da viagem e comer alguma coisa? Depois eu posso te acompanhar até na casa do seu irmão.

NATIESE - Uma patricinha em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora