Capítulo 14

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Enquanto caminhava, Laura resolveu colocar o fone de ouvido para ouvir algumas músicas. Ela gostava muito de ouvir Rock e detestava funk. Às vezes, quando ela colocava a música muita alta no quarto, Natalie vinha brigar com ela. Nisso, sobrava confusão até para os empregados.

De repente, ela parou e retirou os fones. Tinha visto uma garota sentada em um banco da praça. Essa praça ficava a poucos metros do colégio e, sempre que as aulas terminavam, os alunos iam conversar nesse lugar.

A garota estava de costas, mas Laura imaginou quem seria e deu um sorriso. Em seguida, foi caminhando sem fazer barulho até chegar perto dela. Ao chegar, deu uma mordidinha na orelha da garota. E era a Priscilla Pugliese, distraída e também com fones de ouvido. Ela acabou ficando vermelha por causa da atitude da irmã de Natalie.

— Laura?

— Oi, linda — disse Laura, sentando-se ao lado dela — Tudo bem?

— Melhor agora. — disse Priscilla, sorrindo sem jeito para ela.

— Sabia que você fica mais linda quando está com vergonha?

— Meu Deus, Laura... Vou ficar que nem um pimentão aqui desse jeito!

Laura sorriu e perguntou:

— Hum... Ouvindo música?

— Sempre! Amo demais.

— Eu também. E queria ficar assim pelo resto da tarde... Não estou a fim de assistir aula hoje.

— Eu também queria. Mas não dá, Laura. Temos que ir para o colégio. Aliás, o alarme já está quase soando.

Priscilla até se levantou, mas Laura segurou o braço dela.

— Eu tenho uma ideia melhor...

Priscilla sorriu e balançou a cabeça negativamente, ficando perto dela.

— O que é?

— Vem comigo... Você não vai se arrepender.

— Laura! Laura!

— Ei, pode confiar em mim. Não mordo, tá? Só se você pedir, claro.

Priscilla sorriu e seguiu a garota. Onde Laura iria levá-la? Enquanto isso, no colégio, o alarme estava quase tocando, e o Ygor não viu Priscilla em lugar nenhum.

— Meu Deus, onde está essa menina? E pior é que ela não atende o celular.

Kelly e Natalie passaram perto dele, e o Ygor fechou a cara. Ele não tinha engolido a história da patricinha quase ter matado a sua amiga afogada.

Antes que Natalie entrasse na sala, Rodrigo Tardelli colocou o braço na entrada da porta para que ela não entrasse. Ela olhou furiosa para ele e perguntou:

— O que você quer?

— Natalie, nós precisamos conversar.

— Rodrigo, o professor está quase chegando. Pode ser outra hora?

— Quando? Você nem lê mais as minhas mensagens e nem atende as minhas ligações.

Antes que ela pudesse dar alguma desculpa, o alarme tocou.

— Depois conversamos, Rodrigo.

Rodrigo ficou desapontado, mas a deixou passar, indo para a sua sala. Depois de Natalie ter colocado os seus materiais na mesa, Kelly puxou conversa com ela.

NATIESE - Uma patricinha em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora