Capítulo 56

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            As aulas terminaram no colégio. Rodrigo e Thomas foram os primeiros a sair do segundo ano. Enquanto caminhavam, o rapaz de cabelos loiros cacheados disse ao amigo:

— Rodrigo, eu não entendi.

— O quê? — perguntou Rodrigo o olhando.

— Você foi verificar quem estava na sala desativada e depois passou perto de mim com a Bia. Como é que isso aconteceu?

— Ata... Eu não te expliquei direito. Eu estava indo até a sala, mas a Bia chegou na minha frente me pedindo ajuda para escolher um livro.

— Assim do nada?

— Como assim, cara? A Bia não conhece bem o colégio. Foi ontem que ela começou a estudar aqui.

— Sei... Mas acho que tem algo muito errado nisso tudo.

— Por quê? Você mesmo foi lá na sala e viu que não tinha ninguém.

— Sim. Mas vi que uma garota tinha entrado na sala e fechou a porta. Só não sei quem era. Foi muito rápido.

— Talvez foi a garota fantasma, cara. — deu uma risada.

— Não fale isso nem brincando, Rodrigo. Mas eu tenho quase certeza que era a Natalie. Uma, porque ela está com a chave, outra, porque a garota tinha o cabelo parecido com o dela. E sem falar que ela sumiu no intervalo.

— Como assim sumiu?

— A Kelly me disse que ela tinha sumido, porque não a achou em lugar nenhum. Até pensou que ela poderia estar na biblioteca.

— Na biblioteca, a Natalie não estava, Thomas. E isto eu tenho certeza. Eu estava lá com a Bia.

— É... Então era ela mesma que estava na sala desativada.

— Thomas, eu continuo te perguntando: Por que ela entraria lá?

— Simples! Talvez ela esteja se encontrando com o admirador secreto lá.

— Não. Que besteira. Ela nem sabe quem esse cara.

— Isso é o que ela te diz, Rodrigo. Vai que ela tenha o conhecido e está se encontrando com ele?

Rodrigo suspirou.

— Você pode ter razão. Ainda bem que hoje vamos conhecer quem é esse otário.

Rodrigo virou-se para trás e viu Natalie vindo acompanhada de Kelly. Então parou e disse ao Thomas:

— Vou falar com a Natalie um pouquinho... Nem tive tempo de parabenizá-la por ter doado sangue para o Vitor.

— Hum... Desde quando você se importa com isso? Até morre de medo de agulha.

— Cala a boca, Thomas. Eu tenho que fazer uma média com a namorada.

Thomas sorriu balançando a cabeça em negativa. As duas garotas pararam na frente dos meninos.

— Olá, meninos. — disse Natalie, sorridente.

Neste momento, Priscilla passou acompanhada de Beatriz e piscou o olho para a patricinha. Rodrigo achou estranho a namorada ter se distraído de repente e perguntou:

— Para onde está olhando, Natalie?

— Nada, meu amor.

Kelly aproximou-se de Thomas e o beijou. Enquanto isso, Rodrigo ficou de frente com a namorada.

NATIESE - Uma patricinha em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora