Capítulo 61

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Laura nem estava conseguindo falar o que havia acontecido naquela noite ao seu melhor amigo. Ela tinha passado por um enorme perrengue. Até ficou arrependida de não ter escutado ninguém falar que Sandro não era boa coisa para ela. Mas ela estava machucada por dentro. Queria sair, se divertir e tentar esquecer de suas desilusões amorosas. O problema é que ela começou isso de um jeito muito errado.

Betão abraçou a menina de lado, beijando a sua cabeça e a trazendo para se sentar no sofá. Ele continuou a abraçando até ela se sentir segura em contar o que estava acontecendo.

— Laura, o que o Sandro te fez? Me conta!

Laura respirou fundo e começou a falar.

— Eu não devia ter saído com ele... Foi horrível!

— Mas o que aconteceu?

— Nós saímos da frente do cinema e fomos a um barzinho. Tinha música e bebida. Nós conversamos bastante. Mas depois eu disse que estava ficando tarde e precisava ir embora... Então entramos no carro e saímos. O problema que é ele mudou a estrada. Até tentei perguntar para onde ele estava me levando, mas só disse que ia pegar um atalho para chegar mais rápido até minha casa. Assim, me levou para um beco escuro, que eu nunca tinha passado nem perto.

— E depois?

— Ele parou o carro e perguntei: O que estamos fazendo aqui, Sandro? E ele me disse: Relaxa, ou melhor vou fazer você relaxar... Eu senti muito medo nesse momento. Em seguida, ele pegou umas drogas em formato de comprimidos e me ofereceu... Mas eu não aceitei. Algumas pessoas falavam que ele usava drogas. No entanto, não acreditava. Pedi para sair do carro. Só que ele negou, segurando fortemente em meu braço e dizendo para eu ficar quieta. Ele começou a beijar o meu pescoço e passar a mão em mim.... Foi aí que gritei socorro por duas vezes antes do Sandro tampar a minha boca. Nisso, um homem que morava na casa ao lado acabou ouvindo os gritos e foi até o beco com um revólver na mão. Ele apontou a arma contra o vidro e mandou Sandro descer do carro. Sandro não teve escolha e saiu, e eu também. O homem era, na verdade, um policial aposentado. Só que o Sandro conseguiu pegar rapidamente a arma da mão dele e deu uma joelhada na barriga. Em seguida, ficou apontando a arma para nós dois. Porém, não atirou. Ele entrou no carro e saiu correndo do local. O homem ficou sentindo muita dor, e eu corri para ajudá-lo.

— Meu Deus, Laura... Que cara nojento! Eu fui ao cinema quando a sua irmã me ligou, mas você já tinha saído de lá. Se eu soubesse aonde estavam, eu teria acabado com a raça desse vagabundo.

— Me desculpe, por não ter acreditado que o Sandro era um cara ruim.

— Laura, não faça mais isso, por favor. — disse ele, tocando no rosto dela — Todo mundo ficou preocupado com você.

— Eu fui muito idiota. Se o policial aposentado não estivesse aparecido, o Sandro teria me estuprado.

— Ei, não pense mais nisso... — continuou a abraçando de lado — O importante é que você está bem.

— Obrigado por sempre estar do meu lado, Betão.

— Oh, linda, você pode contar comigo sempre. Mas agora você precisa avisar a sua família sobre o que aconteceu.

— Não. Eu não quero voltar para casa hoje. Me deixa ficar aqui, por favor! — disse ela o olhando.

— Laura, mas eu posso ligar para a Natalie? Ela estava muito preocupada.

NATIESE - Uma patricinha em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora