Capítulo 67

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            Sérgio Smith ficou olhando um pouco surpreso para a filha, e Maria ficou séria ao olhar para Laura. Já Laura só queria mesmo que a bomba estourasse. Ela não estava ligando para mais nada. Tinha ficado muito magoada com a Natalie. E seria difícil perdoá-la.

— Com a Priscilla, Laura? — perguntou Sérgio Smith.

— Sim, pai. Ela...

Porém, antes que a garota pudesse falar mais alguma coisa, foi interrompida pelo pai.

— Mas isso é ótimo, Laura!

— Como é? — perguntou Laura, incrédula.

— Eu disse que é ótimo.

— Mas porque é ótimo, pai?

— Eu estava mesmo agora a pouco comentando com a Maria que os pais de Priscilla foram para São Paulo. Eles têm um amigo lá que sofreu um acidente. E já que você está dizendo que a Natalie está com a Priscilla, então está ótimo, porque assim a filha do Augusto não vai ficar sozinha em casa. — olhou para Maria — Você não acha que a Natalie fez uma coisa boa, Maria? Não é bom que uma adolescente de dezessete anos passe a noite sozinha em casa, ainda mais em uma cidade grande como essa.

— Eu acho, sim, que a Natalie fez bem em ir para lá, Sérgio.

— Mas ela poderia, pelo menos, ter esperado o jantar, não é? E será que ela foi só visitá-la ou pousar por lá? — olhou para a Maria novamente — Maria, faz o seguinte: Liga para a Natalie e fala para ela, se caso ela estiver mesmo na casa da Priscilla, que pode posar lá e fazer companhia para a menina.

Maria assentiu sorrindo e foi até a sala para fazer a ligação. Laura não estava entendendo nada. O que era para acabar com o suposto encontro da irmã com a Priscilla, porque ela não tinha certeza se era isso mesmo, foi-se virando tudo contra ela.

Sérgio Smith estava contente e até comentou com a filha:

— Eu disse para elas fazerem amizade e está dando tudo certo. Isso é muito bom! Não é, Laura?

— É sim, pai. — disse Laura com os braços cruzados ainda sem acreditar em tudo que estava acontecendo.

Maria pegou o telefone da sala e ligou para a Natalie. A patricinha já tinha acabado de chegar na frente da casa de Priscilla. Quando ouviu o celular, já começou a ficar com medo de ser o pai querendo dar-lhe uma bronca. Mesmo assim, resolveu arriscar ao olhar para o número fixo de sua casa estampando na tela do celular.

— Alô. — disse Natalie.

— Natalie, sou eu a Maria.

— Maria?

— Sim. Onde você está, menina? Saiu até sem jantar.

— Desculpe, Maria. A Priscilla me chamou para vir até a casa dela para gente conversar um pouco, e como eu estava com muita raiva da Laura, eu nem avisei ninguém.

— Ela ficou desconfiada que você estaria aí e disse ao seu pai.

— O quê? A Laura não seria capaz de...

— Sim. Mas como o seu pai sabia que os pais da Priscilla tinham viajado, ele pensou que você tinha ido aí por causa disso. E me pediu para te ligar para dizer que você pode posar aí por causa disso.

NATIESE - Uma patricinha em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora