Capítulo 30

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O dia amanheceu. Quando chegou as seis horas da manhã, Maria foi chamar a Priscilla, porque Sérgio levaria a garota até em casa. Por isso, não podiam se atrasar. As aulas começariam as sete horas no colégio. Mas o empresário fez questão de falar para a empregada fazer um café para a Priscilla.

Priscilla acordou com as batidas na porta, calçou os sapatos e atendeu a Maria.

— Bom dia, Priscilla. O Sérgio está a sua espera na mesa do café.

— Bom dia, Maria. Tudo bem. Eu já estou pronta.

Priscilla a seguiu. Assim, as duas desceram da escada. A garota passou pela sala e acabou observando o vaso que havia caído na noite passada e, consequentemente, a fez lembrar de tudo que havia acontecido. Em seguida, chegaram até a mesa do café. Sérgio Smith estava bebendo café e lendo notícias em um jornal impresso. Para a leitura, ele sempre utilizava óculos. Quando viu a garota chegando, ele fechou o jornal e a cumprimentou.

— Bom dia, Priscilla. Tudo bem?

— Bom dia, Sr... Quer dizer... Sérgio Smith. Sim, está tudo bem.

— Sente-se... A Maria preparou um delicioso café para nós!

Priscilla sentou-se e observou a mesa com bastante fartura. Tinha pães, leite, queijo, presunto, ovos mexidos, geleia, iogurte, panquecas com cobertura de mel e frutas como banana, maçã e mamão.

Priscilla tomou um pouco de café e começou a comer uma panqueca. Sérgio Smith a observou e perguntou:

— As meninas te apresentaram o quarto bem direitinho?

— Sim. A Laura me levou até lá...

— Hum... Ok. — Pensou um pouco e acabou e lembrando-se de uma coisa — Você ouviu um barulho a noite?

O coração de Priscilla quase saiu pela boca, mas tentou disfarçar o seu nervosismo.

— Eu... Eu não ouvi nada.

— Hum... Eu ouvi um barulho de algo caindo que parecia ser na sala, mas acho que deve ter sido alguma coisa que caiu lá fora, não é?

— É... Deve ter sido.

— E que chuva, hein, Priscilla? Foi daquelas!

— Pois é... Mas eu amo chuva! É muito bom.

— Eu também... — Sorriu para ela.

Priscilla terminou de comer, e Sérgio tomou mais um gole de café. Assim, saíram depois com o carro particular do empresário, que era uma Hilux na cor branca. Já o carro em que o motorista Edgar dirigia era um Corolla na cor preta.

Durante o caminho, Priscilla quase não disse nada. Apesar de ter mudado um pouco, ainda estava muito tímida, mesmo assim, Sérgio Smith não deixou de comentar sobre a loja, sobre as filhas e sobre como Augusto era um ótimo vendedor.

Quando chegou na frente da casa de Priscilla, Sérgio Smith buzinou. Augusto e Cássia apareceram na porta. E então Priscilla saiu do carro.

— Muito obrigado por ter me trazido, Sérgio Smith. — agradeceu Priscilla.

— Por nada, Priscilla. — Sorriu.

Augusto aproximou-se do carro e disse:

— Bom dia, patrão! Vamos entrar para tomar um cafezinho? A minha esposa preparou um bolo de cenoura muito gostoso.

NATIESE - Uma patricinha em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora