Capítulo 9

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Na hora do intervalo, Priscilla resolveu ir até a biblioteca juntamente com o seu amigo Ygor. Ele não gostava muito de ler, mas ela queria mudar esse defeito nele.

— Menina, só você mesmo para me trazer aqui. Tem tanto tempo já que não pego nenhum livro para ler.

— Mas é muito bom ler, Ygor. Você acaba conhecendo muitas coisas. — disse ela, olhando alguns livros de romances.

— Hum... A senhorita gosta de romance, hein?

— São os meus preferidos!

Ygor ficou observando e notou que ela estava diferente. Mais radiante e confiante. O que teria acontecido?

— Não. Pode parar. A bicha aqui vai morrer se tu não me contar o que está fazendo os seus olhos brilharem, se bem que já imagino o que deve ser...

— Hum... E o que você acha que é?

— Você e a Laura vão ficar para valer, né? Diz que sim! Vocês formam um casalzão da porra!

— Não... É outra coisa...

— Conta logo, mulher! Não me deixa aflito!

— Eu e a Natalie quase nos beijamos hoje.

— O quê? Espera... — Colocou a mão no peito — Vou ter um ataque do coração desse jeito, menina. Como assim? Não sabia que ela gostava da fruta!

Antes que eles pudessem falar mais alguma coisa, a bibliotecária apareceu para conversar com eles.

— Meninos, podem fazer silêncio, por favor? Vocês estão falando muito alto.

— Desculpe, Maria de Fátima. — pediu Ygor com vergonha.

A mulher voltou para a mesa, e Ygor disse baixinho no ouvido de Priscilla:

— Essa merece o Oscar de chatura!

Eles acabaram rindo enquanto iam em direção à mesa de Maria de Fátima com os livros escolhidos. Maria de Fátima fechou a cara para eles, e os garotos ficaram sem graça.

Depois de saírem da biblioteca, Priscilla e Ygor se sentaram em um dos bancos que havia no pátio e começaram a conversar.

— E então, menina? Me conta isso direito! Como assim vocês duas quase se beijaram?

— Eu estava escutando uma conversa entre o Rodrigo e o amigo dele sobre a Natalie. E, nessa conversa, o Rodrigo disse que não queria nada sério com a patricinha.

— Sério? Nossa...

— Quando eles saíram, eu me virei para ir para a sala e topei com a Natalie. Os cadernos dela caíram no chão e ela ficou muito puta comigo e até me chamou de sapatão. Foi aí que eu a deixei contra parede e quase rolou um beijo...

— E por que não rolou? Quem apareceu para atrapalhar esse momento? Não que eu shippe vocês duas, claro.

Priscilla riu e continuou:

— Ninguém. Eu menti para ela dizendo que não fazia o meu tipo.

— Não, menina! Você fez isso mesmo?

— Fiz, cara! Mas agora estou morrendo de vergonha. Ela nem vai querer mais olhar para a minha cara.

— E com razão! A Natalie é hétero, bicha!

— Eu sei... Mas gostei muito de provocá-la. Foi muito bom! — Sorriu.

Priscilla! Priscilla! Você está brincando com fogo, menina!

NATIESE - Uma patricinha em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora