NATIESE - Uma patricinha em minha vida

Capítulo 38

O dia amanheceu bastante ensolarado e era sábado. Em casa, Priscilla estava tomando café da manhã com os pais. Dona Cássia tinha preparado uns pães de queijo deliciosos para a família. Enquanto comiam, a filha do casal resolveu falar sobre um compromisso que tinha logo mais.

— Pai, mãe, hoje eu vou fazer um trabalho em dupla com a Natalie Smith.

— Que coisa boa, filha. — disse Augusto — Finalmente, vocês estão se dando bem.

— Na verdade, foi a professora que escolheu as duplas, pai.

Dona Cássia sorriu e disse:

— Só podia. Mas lembro que quando eu estudava, a minha professora também fez o mesmo comigo. E deu tão certo, que hoje estou casada com ele.

Priscilla ficou surpresa e perguntou:

— Mãe, a senhora não se dava bem com o meu pai?

— Não, filha. — disse o pai — Eu implicava muito com a sua mãe. Mas logo acabei descobrindo que essa implicância, na verdade, era outra coisa que eu sentia. Eu estava apaixonado por sua mãe e não sabia.

— Sim. E pensamos, minha filha, que talvez essa menina goste de você também. — completou dona Cássia.

— Não tem nada a ver, mãe. Ela está namorando com um garoto chamado Rodrigo.

— É... que pena. Então vamos deixar isso para lá. Foi só uma ideia que passou pela nossa cabeça, filha. Nada demais. — disse Augusto.

Priscilla ficou sem graça e bastante pensativa. Sabia que não era certo ficar querendo conquistar a patricinha estando namorando com o Rodrigo. Mas o que ela sentia era algo muito forte e incapaz de sumir de dentro do seu coração.

Na mansão dos Smiths, Natalie acordou e foi para a mesa do café. Ao chegar, ela viu o pai Sérgio Smith tomando café e lendo o jornal como sempre fazia.

— Bom dia, papai. — disse ela, dando um beijinho na bochecha dele.

— Bom dia, filha. Onde está a Laura?

— Ainda está lá em cima, papai.

Sérgio observou que Natalie estava sem graça, então perguntou:

— Que carinha é essa, filha? Está tudo bem?

— Mais ou menos.

— Por quê?

— Porque vou ter que fazer um trabalho em dupla pelo resto da tarde hoje.

— Hum... Achei que era uma coisa pior. Vocês, adolescentes, fazem tempestade em copo da água.

— Mas é uma coisa ruim... A professora disse que precisamos fazer uma paródia de qualquer música criticando alguma coisa.

— Ótimo! Eu gosto de paródias. São bem engraçadas. Mas porque a Kelly já não veio para cá? Porque aí ela já podia almoçar conosco.

— Não é com a Kelly que vou fazer o trabalho, papai.

— O quê? Com quem então?

— Com a Priscilla.

Neste momento, Laura estava descendo a escada e indo em direção a cozinha. Enquanto isso, Sérgio Smith disse a filha: