Capítulo 51

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 — Mas doutor, eu não conheço ninguém que possa doar. — disse Ygor, desesperado.

— Então o jovem Vitor não poderá sobreviver. — disse o médico — Ele perdeu muito sangue no acidente e precisa urgentemente da doação do tipo sanguíneo dele.

— Doutor, não tem esse tipo de sangue aqui no hospital? — perguntou o Luiz Paulo.

— Infelizmente, não. O tipo de sangue O negativo é o mais desejado pelos hospitais, porque o doador que o possui pode doar para qualquer um. Mas ele só pode receber doação de quem é também desse mesmo tipo. E nem sempre encontramos doadores que o tenham.

— Ah, meu Deus... E agora? — perguntou Ygor — Eu não posso perder o Vitor, doutor.

— Eu entendo o que está sentindo, Ygor. Mas você pode conscientizar os seus amigos a fazerem doações. Algum deles deve ter esse tipo de sangue. — disse o médico, tentando animá-lo.

Madalena também estava chorando e disse ao Ygor:

— Ygor, tente falar com seus amigos. Veja se algum deles pode nos ajudar.

— Eu vou se consigo. Tem umas amigas que veio comigo... Vou falar com elas.

Sérgio Smith, Laura, Natalie e Priscilla estavam sentados em uns bancos perto da recepção. Por isso, não escutaram a conversa. Ygor aproximou-se deles, e Priscilla se levantou.

— Como ele está, Ygor?

— Eu preciso que vocês me ajudem. Algum de vocês tem o tipo de sangue O negativo? O Vitor está precisando muito.

— Infelizmente, eu não tenho, amigo. — disse Priscilla.

— Eu também não, Ygor. — comentou Laura.

Sérgio Smith também se pronunciou:

— O meu é B negativo.

Ygor se entristeceu ainda mais, e Priscilla o abraçou.

— Não chora, Ygor. Vamos dar um jeito!

Natalie ao terminar de ouvi-los e mesmo sabendo que Ygor a detestava, ela resolveu ajudá-lo naquele momento difícil. Então aproximou-se dele e de Priscilla.

— Eu tenho o tipo de sangue O negativo, Ygor.

Ygor saiu do abraço de Priscilla e a olhou surpreso. Jamais imaginaria que a patricinha pudesse ajudá-lo algum dia.

— Sério mesmo? Você tem o tipo que ele precisa?

— Sim. E quero muito doar.

— Eu nem estou acreditando... É muito bom ouvir isso. Muito obrigado, Natalie!

Ela sorriu, e os dois se abraçaram. Priscilla olhou para a patricinha e ficou bastante orgulhosa dela. Também tinha ficado surpresa pela atitude dela.

Depois do abraço, Ygor lembrou-se de uma coisa:

— Natalie, você é menor de idade. Então vai precisar de uma autorização do seu pai.

— Sim. Eu vou falar com ele.

Natalie disse que precisava conversar com o pai. Então eles se afastaram um pouco dos garotos para conversar sobre o acontecimento. Enquanto isso, Ygor comentou com a Priscilla:

NATIESE - Uma patricinha em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora