Capítulo 36

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Em casa, Ygor já estava ficando estressado por conta da demora de Kelly. Ficou andando de um lado para outro, falando consigo mesmo.

— Meu Deus, onde está a patricinha 2? Vou ter um ataque desse jeito. E se eu morrer por culpa dela, aí, aí, aí...Eu vou puxar o pé dela a noite.

Minutos depois, ainda disse:

— Isso que dá a professora querer unir os alunos! Essa garota nem deve vir aqui. E aí sou eu que vou ter que fazer sozinho esse trabalho.

De repente, Kelly chegou na frente da casa dele em um táxi. Ela detestava andar a pé. Ao sair do carro, ela observou a casa de Igor, que era de cor amarela e bem pequena. Tinha apenas dois quartos, sala e cozinha.

Kelly aproximou-se e bateu na porta. Ygor foi correndo atendê-la.

— Deve ser a patricinha 2! Espera... Tem que ser ela!

Quando abriu a porta, ele a viu com uma cara de desânimo e olhando tudo ao redor.

— Finalmente, você apareceu dona Kelly!

— Ah, Ygor... Eu nem demorei tanto assim.

— Não, de jeito nenhum. Agora vamos entrar? Temos que começar a fazer o trabalho.

— Eu trouxe o meu irmão comigo... Ele vai ficar conosco.

— Quem? O seu irmão?

— Fabinho, vem aqui! — gritou Kelly para o seu irmãozinho de 6 anos.

Ygor o viu chegando e disse:

— Que criança adorável!

Fabinho estava com uma bola nas mãos e mostrou a língua para ele.

— Credo, menino! Também tenho língua. — disse Ygor, estranhando a atitude da criança.

Ygor chamou Kelly até a sala. Enquanto isso, o menino ficou fazendo umas embaixadinhas na área da casa.

— Kelly, posso saber porque você trouxe o seu irmão para cá?

— Ele não queria fica sozinho em casa, Ygor.

— Ok. Mas não quero que ele jogue bola na minha casa.

— Relaxa, Ygor. O meu irmão é de boa.

Nesse exato momento, eles ouviram o barulho de uma lâmpada se quebrando. Ygor ficou aterrorizado e foi até a área. O garoto tinha quebrado a lâmpada da área. Mas se desculpou.

— Desculpe, tio.

— Ai, Deus...Por quê? — perguntou Ygor. — Eu estou na merda mesmo.

Kelly ficou envergonhada e repreendeu Fabinho.

— Fabinho, não pode jogar bola aqui. O titio Ygor não gosta. Tá bom?

— Poxa... Eu devia ter ficado em casa. Que chato! Posso jogar no seu celular?

— Pode. Aqui está.

— Olha só como os tempos estão mudados, gente. — observou Ygor — No meu tempo de criança, eu nem sabia mexer em celular...

Fabinho ficou jogando na área, e Kelly acompanhou o Ygor.

NATIESE - Uma patricinha em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora