O outro dia chegou, e era sexta-feira. Natalie nem conseguiu dormir direito por causa do que houve na noite passada. Ela ainda estava sem acreditar que o pai tinha aceitado o namoro dela com a Priscilla. Agora só queria ver a cara da Laura quando soubesse. Porque ela sempre teve medo de contar que era bissexual.
Depois de ter saído da cama, a patricinha foi se aprontar para mais um dia de aula no colégio. Enquanto isso, Sérgio Smith já estava aguardando o café. Ele observou Maria colocar todo o café da manhã na mesa. Pela cara dela, não parecia ter tido uma noite muito tranquila. Será que o encontro não tinha sido bom?
— Maria, como foi o encontro?
— Será que eu posso comentar isso com você depois que as meninas forem para o colégio?
Sérgio Smith achou estranho o pedido dela. Porém, concordou.
— Ok. Tudo bem.
Em poucos minutos, Laura desceu a escada e chegou até a mesa e deu bom dia para a Maria e o pai. Tinha acordado melhor, porque não estava mais brigada com a irmã. Só ainda não sabia como tinha sido a conversa entre o Sérgio e Natalie. Mas também não quis perguntar nada a respeito.
Natalie desceu a escada também e foi ao encontro deles. Ao chegar, ela deu um beijinho na bochecha do pai, da irmã e até da Maria.
— Bom dia, família linda!
— Bom dia, Natalie. — disse Laura, achando o jeito dela estranho.
— Bom dia, filha. — disse Sérgio, sorrindo — Depois quero que traga a Priscilla para almoçar aqui em casa.
— Claro, pai. Ela vai amar. — disse Natalie, animada.
Laura ficou os olhando com cara de "Que porra está acontecendo aqui?". Então, Natalie sorriu ao ver a cara confusa da irmã e disse:
— Eu contei para ele, mana.
Laura ficou com os olhos arregalados e se odiando por não ter assumido antes ao pai. Ela sempre achou que ele ia agir muito mal em relação a essa questão. Mas pelo que estava observando, não foi isso que aconteceu.
— Pai, o senhor vai aceitar a Natalie namorar com a Priscilla? — perguntou Laura ainda incrédula.
— Sim. Não há nada demais nisso. Elas se gostam. Então tem mais é que ficarem juntas.
— O senhor não era contra a homossexualidade?
— Sim. Mas percebi que ter preconceito é uma burrice. Todos nós temos o direito de sermos felizes com quem desejamos. — pensou um pouco — É claro que não vai ser fácil para as duas se assumirem em uma sociedade preconceituosa como a nossa. E eu até disse isso a Natalie... No entanto, quem disse que a vida é fácil? É preciso lutar para vencer os obstáculos.
Laura ainda não parecia acreditar que aquele discurso pertencia ao pai. Seria um sonho? Parecia que tudo que ela desejava tinha se realizado ali naquele momento.
Então ele continuou a conversa:
— E se você também for lésbica, Laura... Tudo bem. Eu não vou te julgar. — declarou Sérgio.
— Na verdade, eu sou bissexual, pai. — disse Laura já revelando o que queria revelar a anos atrás.
— Isso significa que você gosta de meninos e meninas, não é?
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NATIESE - Uma patricinha em minha vida
FanfictionPLÁGIO É CRIME! É PROIBIDA A DISTRIBUIÇÃO OU CÓPIA DE QUALQUER PARTE DESSA OBRA SEM O CONSENTIMENTO DA AUTORA! © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Sinopse: Natalie Smith é uma patricinha que tem quase tudo. É filha do empresário Sérgio Smith, o dono d...