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Dois dias.

Dois dias se passaram.

Faz dois dias que não saio de casa, que não como nada além de chocolate, que não chego perto de um chuveiro para tomar banho. Eu estou destruído, tanto por dentro quanto por fora, e parece que nada irá melhorar essa situação.

Depois que vi a cena que menos queria presenciar na vida, saí correndo da casa de Minhyuk. Sentei-me em uma calçada qualquer, tentando digerir o que tinha acabado de ver, e depois que a ficha caiu, chorei tanto que nem uma piscina seria capaz de comportar o tanto de lágrimas que saiam pelos meus olhos.

Nunca imaginei que Hanbin estaria tendo alguma coisa com o Jinhwan, os dois mal se conheciam. E além disso, somos amigos de infância, eu confio nele e ele confia em mim, ele me contaria se estivesse em um relacionamento.

Minha mente e meu coração estão bagunçados. Estou sentindo todos os sentimentos ruins que uma pessoa pode ter, inclusive raiva.

Mas não era raiva de Hanbin, ele não sabia que era apaixonado por ele. Não tinha culpa. Era raiva de mim mesmo. Eu deveria ter ouvido meus amigos em todas as vezes que eles falavam para eu me declarar, que se não o fizesse logo, iria perder meu crush para outra pessoa.

Soquei minha cabeça e me xinguei tantas vezes que até perdi a conta. Não chorava mais, afinal, toda água do meu corpo se foi quando eu chorei durante a noite de sábado e o domingo inteiro.

Ouvi a campainha de casa tocando. Iria ignorar, mas a pessoa que estava do lado de fora parecia desesperada apertando aquela merda de botão, e o barulho estridente que ecoava me deixou irritado.

Desci as escadas bufando e desejando que a pessoa do lado de fora fosse para o inferno e me deixasse em paz.

Nem para sofrer os outros me deixavam quieto.

— Jooheon — Minhyuk disse assim que abri a porta. Ele se aproximou para me abraçar, mas parou no meio do caminho quando percebeu o cheiro ruim que eu exalava. — Eca, seu porco! Faz quanto tempo que você não toma banho?

Ri nasalado. Minhyuk tinha uma expressão de nojo, e sua mão direita cobria o nariz.

— Entra — dei espaço para que ele passasse. Percebi que ele segurava duas sacolas, que logo foram pousadas na mesinha de centro da minha sala de estar.

— Trouxe frango frito e Coca Cola — falou assim que percebeu meu olhar curioso para as coisas que ele tinha trazido. — Você está horrível!

— Ah, obrigado pelo elogio — disse irônico enquanto revirava os olhos. Nos jogamos no sofá ao mesmo tempo.

— De nada — debochou. Ele retirou os potes de frango e as latas de Coca Cola das sacolas, abriu duas latinhas e me deu uma delas. — Quer me contar o porquê de ter saído da festa daquele jeito?

Minhyuk parecia preocupado. Eu também me preocuparia se estivesse no lugar dele. Nunca se deve esperar que um amigo ignore todos e se tranque dentro de casa por dois dias.

Contei tudo a Minhyuk, que me fazia parar a cada duas frases apenas para fazer observações tolas. Eu queria esganá-lo por me interromper tanto, mas, depois que terminei de falar, me senti mais leve, como se tivesse tirado um peso enorme de minhas costas.

— Eu avisei — riu e mordeu um pedaço de frango. — Você mereceu, Kihyun e eu sempre falávamos para você se declarar logo, mas você apenas fazia cara de bunda e ignorava, seu trouxa.

— Você não está ajudando, Minhyuk — passei a mão no rosto, atordoado. — Eu sei que fui idiota e lerdo, mas não precisa jogar na cara.

— Ainda bem que sabe — lhe lancei o olhar mais ameaçador que conseguia fazer naquele momento. Ele pigarreou e se ajeitou no sofá. — Bom, esquece isso, segue sua vida. Você não pode ficar desse jeito só por causa de um macho.

— Mas é o macho que eu amo! — gritei.

— Tanto faz — deu de ombros. — Só quero que saiba que não precisa se auto destruir por causa de uma paixonite.

Minhyuk tinha razão, mas eu não admitiria isso para ele, então cruzei os braços e fiz um bico.

— E eu não sei o que você viu no Hanbin. Menino lesado, parece um bobo alegre.

— Ei! Não fala assim dele!

Eu não estava entendendo aonde Minhyuk queria chegar ofendendo Hanbin daquele jeito. Ele revirou os olhos e balançou a cabeça negativamente.

— Honey, desapega dele — falou calmo, colocando as mãos nos meus ombros. — Arrume outro crush. Você é inteligente, fofo, bonito... e tem um belo par de coxas — riu escandalosamente, apertando uma delas. Logo afastei sua mão dali. Que abusado!

— Eu não quero ninguém que não seja Kim Hanbin — disse bravo. — Ninguém nunca será o suficiente para mim, apenas ele.

O silêncio se instalou depois do que eu falei. Minhyuk tinha ficado sério e permaneceu olhando para uma das latas que estava em cima da mesinha. Ele estava pensando.

— E se eu conseguisse o Hanbin para você?

Franzi o cenho. Acho que Minhyuk tinha fumado algo antes de vir para minha casa, não é possível um ser humano falar tanta bosta.

— Do que você está falando? Ele agora está com aquele loiro baixinho, não tenho mais chances.

— Eu estou falando de outra coisa — falou animado. — Você sabe que eu estou quase terminando minha faculdade de engenharia mecatrônica...

— O que o cu tem a ver com as calças? — interrompi.

— Cala a boca, deixa eu terminar. Então, eu estou acabando a faculdade, e eu fiz um projeto muito grande para me lançar no mercado de trabalho — deu uma pausa. — Só que antes de colocar meu projeto em prática, preciso testá-lo, não?

— É — respondi totalmente desinteressado naquele assunto.

— Meu projeto consiste em criar robôs com inteligência artificial e o mais parecido possível com humanos — despejou tudo de uma vez. Arqueei a sobrancelha. — Eu já estou quase finalizando, mas ainda não encontrei alguém disposto a me ajudar com os testes.

— Tá, mas e daí?

Olhei para Minhyuk, que permanecia animado.

— E daí que eu posso fazer um robô exatamente igual ao Hanbin.

Fiquei alguns segundos olhando incrédulo para ele.

— Eu não preciso de um boneco inflável!

— Seu desgraçado, não é um boneco inflável, é um robô, quase um humano.

— Não sei se isso vai dar certo, Minhyuk — falei cansado. Aquela conversa estava muito estranha para o meu gosto.

— Claro que vai — disse convencido. — Você disse que não queria ninguém que não fosse o Hanbin, e já que você não pode ter o de carne e osso, pode ter o de metal, que é bem melhor que o real, já que meu robozinho seria totalmente seu devoto.

Ponderei um pouco. Eu realmente não iria me interessar por alguém que não fosse o Hanbin, e, apesar de ser loucura, não era má ideia ter um protótipo dele para mim.

Confio no Minhyuk, sei o quanto ele é inteligente e um ótimo engenheiro. Não faria qualquer coisa mal feita.

Depois de um tempo avaliando, olhei para ele, que me encarava apreensivo.

— Hum... podemos tentar.

🐻🐻🐻🐻🐻🐻🐻

Não revisei o cap, ent pode ter erro. Errar é o mano.

gENTE OQ ACHARAM DO CABELO VERDE/AZUL DO JOOHEON? EU MORRI AAA ODEIO ELE 👺 ELE ME ARRASA 👺

O capítulo passado flopou 👺 ces tão de zoa co a minha cara 👺

Bom, eh isto.
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Xx Juju xX

E R R O R | JookyunOnde histórias criam vida. Descubra agora