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O despertador tocou, e eu só não joguei longe porque paguei caro nessa merda.

Levantei-me preguiçosamente, querendo desistir de ir para a faculdade e voltar a dormir e a sonhar com ursinhos fofos e unicórnios.

Como eu tinha adormecido na noite passada sem ter colocado o pijama, não me preocupei em tomar banho e colocar roupas limpas.

Eu ia para a faculdade parecendo um mendigo.

Desci as escadas enquanto coçava o olho e bocejava.

Odeio acordar cedo.

— Demônio filho da puta meu cu.

Estava pleno indo para a cozinha fazer meu delicioso café da manhã, até que me assusto com Changkyun sentado no sofá, olhando para a parede, como se aquilo fosse a única coisa existente na sala de estar, ignorando completamente a televisão.

Ele me olhou de imediato, fazendo uma cara de confuso.

— O que você tá fazendo?

— Estou sentado...? — diz como se fosse óbvio.

Jesus, me dê paciência.

— Faz quanto tempo que você está aí?

— Desde ontem à noite, Hyung — franzi o cenho.

— Você ficou sentado no sofá durante nove horas?

— Sim. — respondeu simplista.

Quando eu penso que não pode ser mais esquisito, ele me aparece com uma coisa dessas.

Fui para o cômodo do lado, vulgo cozinha, e nem percebi que Changkyun vinha atrás de mim. Ele encostou-se na bancada e ficou olhando para o meu rosto, igual um retardado.

— Jooheon Hyung — sussurrou, desviando o olhar. — Você ainda está bravo comigo?

Peguei uma maçã que estava na fruteira em cima da mesa. Dei uma mordida e encarei o ser que estava na minha frente.

— Não — respondi, por fim. — Só não quero que mexa nas minhas coisas outra vez sem pedir.

Ele abriu um sorriso e veio em minha direção, com os braços abertos.

— Obrigado por me perdoar, Hyung — agradeceu com o rosto afundado em meu pescoço. Eu vou bater nessa criatura. — Prometo que isso não irá se repetir.

— Tá, Changkyun — afastei ele. — Vamos para a faculdade agora. Não podemos nos atrasar.

Ele assentiu e voltou a me seguir quando comecei a ir para a garagem. Entreguei um capacete a ele e coloquei o meu, subi na moto e ele veio logo atrás.

— Se você ousar me tocar, juro que dou uma cotovelada na sua barriga — ameacei assim que senti que IM ia abraçar minha cintura.

Ele não disse nada, apenas afastou os braços e segurou na parte traseira da moto.

Era perigoso o passageiro se apoiar em algo tão curto como a traseira? Era. Mas estamos falando de Im Changkyun, então eu realmente não estava me preocupando caso ele caísse da moto no meio do caminho.

Minha casa poderia ser de pobre e tal, mas se tinha uma coisa boa, era onde ela se localizava. Sério, tinha tudo por perto: a faculdade, mercado, a casa do Minhyuk...

Em menos de dez minutos já estava estacionando minha motocicleta no estacionamento que havia em frente ao prédio escolar. Ele não tinha estacionamento próprio, então os universitários eram obrigados a parar seus automóveis em outro lugar. O que era um saco, porque, por mais que seja bem na frente da faculdade, eu ainda teria que andar um pouco, e caminhar não era a minha atividade favorita.

E R R O R | JookyunOnde histórias criam vida. Descubra agora