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Finalmente sexta-feira, o segundo melhor dia da semana — porque o primeiro é sábado.

A manhã estava tão bonita e ensolarada que meu professor decidiu dar aula ao ar livre. Todos os meus colegas estavam tirando foto de algo, aproveitando a luz natural. Eu estava agachado no chão, focando a lente da câmera em uma joaninha.

Eu geralmente não gosto de fotografar insetos. Eles são imprevisíveis: ficam quietos, mas a qualquer momento podem pular na sua cara.

De repente algo laranja entra na minha frente. Merda, bem na hora que eu ia tirar a bendita foto!

— Oi — Um Minhyuk sorridente gritou assim que eu tirei a câmera da frente do meu rosto. — Tá fazendo o quê?

— Estou fazendo um churrasco — revirei meus olhos. Não era óbvio o que eu estava fazendo?

— Trouxa — estalou a língua e me empurrou pra trás. Minhyuk riu escandalosamente quando eu caí de bunda no chão. 

— Não faz isso, seu porra — levantei e limpei minha calça suja de grama. — O que você tá fazendo aqui?

— Cansei de ficar dentro da sala — respondeu simplista. Ele estava meio inquieto, acho que está aprontando algo. — Eu precisava falar com você também, daí aproveitei que você estava aqui e vim te fazer um convite.

— É convite pra fazer suruba, né? — ouço a voz de Jackson atrás de mim e dou um pulo. Filho da puta, ele estava do outro lado do jardim da faculdade, como que brotou tão rápido? — Nossa, te assustei?

— Não tô assustado, só estou surpreso — corrigi. — Você interrompeu o Minhyuk, seu fodido. Não era nem pra você estar aqui, vai lá tirar foto das plantas

— Nossa, tá bom — ergueu as mãos. — Estou indo embora. Aproveitem a suruba.

Jackson saiu e eu bufei. Eu adoro meu amigo, mas ele só fala besteira. 

— Então, qual é o convite?

— Você e o Changkyun podem ir jantar lá em casa hoje? Tenho que contar uma coisa pra vocês.

— Oh, meu Deus, você está grávido? — fingi estar surpreso e Minhyuk deu um tapa no meu braço.

— Homem não engravida, seu burro. E não zomba, o anúncio que vou dar hoje é sério. 

— Ok, ok. Nós vamos. Pode ser às oito?

— Perfeito — sorriu. — Vou esperar por vocês. Bye!

Minhyuk se despediu e saiu andando. Balancei minha cabeça e olhei para baixo. Ótimo, a minha modelo joaninha não estava mais lá. Suspirei e tentei procurar outro inseto para fotografar.

[...]

Saímos de casa às sete e meia. O céu não estava tão escuro e havia neblina pelo caminho. Changkyun e eu estávamos parecendo gordos de tanta roupa que colocamos. Eu sou uma pessoa que sente bastante frio, Changkyun eu não sei, mas mesmo assim fiz questão que ele se agasalhasse bem.

Sua mão estava envolvendo a minha, dentro do bolso de seu casaco, já que eu não tinha luvas. Chang era quentinho mesmo nesse tempo gelado, então eu aproveitava ao máximo as oportunidades de encostar nele. Era bom para nós dois: eu me aquecia e ele ficava pertinho de mim. Todos saiam ganhando.

Chegamos na grande casa de Minhyuk, tocamos a campainha e esperamos ele ou alguma empregada abrir a porta.

Changkyun aproveitou esse tempo esperando e me abraçou por trás, soltando a respiração quente na minha pele que não estava coberta pela gola da blusa. Assustei um pouco quando ele mordeu de leve meu pescoço. Sacanagem isso.

E R R O R | JookyunOnde histórias criam vida. Descubra agora