24. Precisamos falar sobre audições

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[Terça à tarde]

— É óbvio que é uma armação!

As reclamações de Lily foram interrompidas pela chegada de Gideon, que punha seus cafés em cima da mesa.

— Obrigada — respondeu Marlene, sorrindo levemente para ele.

Não era difícil notar que ela esteve evitando os olhares de Fabian desde que foram até a lanchonete. Aquilo só parecia provar que o que quer que estivesse acontecendo entre ela e Sirius... Era sério o suficiente para ela não continuar com seus flertes de sempre.

— Acho que você está exagerando — disse Tonks, pegando um dos copos de café para ela.

— Vindo da mente mesquinha da Meadowes, eu não duvido de mais nada! — Marlene discordou.

— Foi naquela peça de teatro que eu descobri quem ela realmente era, a nossa amizade acabou, eu beijei o James, depois o Amos... — Lily sequer tocou em seu copo, gesticulando com as mãos — Não acham estranho que a Dorcas queira "reviver" essa época?

— Não, eu acho estranho a sua persistência em chamá-la pelo nome — provocou Marlene.

Lily mostrou a língua para ela, finalmente tomando um longo gole de seu frapuccino.

— Deveríamos nos preocupar com a prova de história de amanhã e não com o que a Meadowes — Tonks levantou uma de suas sobrancelhas para Marlene — planeje fazer ou não. Não é como se ela fosse virar a diretora da peça para humilhar a todos.

— Mas ela vai querer o papel principal — comentou Marlene.

— Do lado do James — disse Lily, ficando repentinamente séria.

Marlene levantou as duas sobrancelhas.

— Vocês acham que ela teve alguma coisa a ver com a indisposição dele para fazer a audição de Ariel? — ela perguntou.

Tonks fechou a boca, assim que notou que ela estava aberta por tempo demais para ser considerado constrangedor.

— Não — respondeu Lily, fazendo uma careta — Por que ela faria isso?

— Essa é a pergunta universal para qualquer coisa que ela já fez na vida — disse Marlene.

— Eu sei que ainda são as provas do terceiro bimestre, mas já não é hora do colégio pensar na formatura em vez de focar em outras coisas? — perguntou Tonks.

Lily pegou a mochila do lado da cadeira e puxou uma pasta de dentro, jogando-a em cima da mesa, onde não estava ocupado por elas.

— McGonagall me entregou isso na saída — ela disse — Ela quer que eu escolha entre Megera Domada e Noite de Reis.

Você escolha? — perguntou Marlene, pegando a pasta, curiosa.

— Eu e mais algumas outras pessoas, para não ficar uma decisão unilateral.

— Pensei que ela tentasse escapar dos clichês Shakesperianos, considerando que nós não atuamos Romeu e Julieta antes.

— Ou talvez nos considerava muito crianças para isso.

Tonks riu levemente.

— Crianças? Tinha garota ali que já não podia atestar virgindade mais — ela disse.

— Não nesse sentido — Lily retrucou — No sentido de idade intelectual mesmo.

— Oh! Então temos algumas que nunca alcançarão as expectativas — disse Marlene, lendo algumas folhas.

Precisamos Falar Sobre JamesOnde histórias criam vida. Descubra agora