Meu Adorável Diarista

De volta ao lar

Sávio se aproximou da barraca onde eu e Wellington estávamos. dava para ver que ele não estava gostando de nos ver juntos _ Posso saber o que ta acontecendo aqui?

_ Não é nada, esse senhor já estava de saída. Agora tenho que ir ao studio revelar as fotos. Amor, espera no carro, você não pode entrar no Studio comigo por esta sem camisa.

_ Ta bom, mas vou ficar de olho.

Eu fiz um carinho em Sávio e me dirigi ao Studio que fica bem próximo ao mercado. Wellington me seguiu até o estúdio.

_ Sol, nossa conversa ainda não acabou.

_ Para mim já ta mais do que acabada - entreguei a câmera ao balconista e disse _ Quero revelar todas as fotos que tem na câmera.

_ É só um minuto enquanto transfiro as fotos pro computador _ o balconista da loja entrou em uma sala. Wellington estava furioso comigo me perguntou _ Aquele é seu namoradinho?

_ É sim - respondi um tanto frio e em seguida perguntei _ por que?

_ Porque ele não passa de um pião ignorante.

_ Sávio! pião? kkkkkkk, ele é um dos homens mais ricos de Sobral, alem do mais é tenente da policia militar, ele é um rapaz bom, honesto e acima de tudo me ama.

O balconista voltou da sala de revelação e me entregou a câmera fotográfica.

_ Quando as fotos ficam prontas?

_ Mas tarde. Você vai pagar agora ou só na entrega?

_ Somente na entrega, obrigado. Droga! Esqueci as frutas no mercado - peguei o celular e liguei pra Sávio.

_ Amor, faz um favor pra mim. Vaipegar as frutas e verduras que esqueci no mercado. Passa naquela lojinha ecompra uma camisa e veste e vem para cá.

_ Ta bom, to indo... Beijos

Desliguei o telefone e me dirigi ao carro, Wellington me seguiu novamente e me agarrou e beijou sem se importar se tinha alguém olhando. Eu o empurrei e limpei a boca com o braço como se tivesse com nojo dele.

_ Wellington, esquece que eu existo. Nos não temos mais chance.

_ Eu largo a igreja e assumo o relacionamento com você, mas por favor não fica com aquele cara.

_ Será que da pro senhor parar de perturbar? - disse Sávio chegando com as sacolas de frutas.

Wellington saiu caminhando rumo ao hotel onde estava hospedado, tentou segurar a vontade de chorar e ao entrar no quarto deixou a emoção falar mais alto. Ele chorou em desespero como uma criança faminta a procura do seio materno. '

_ Senhor... Senhor, o que faço? Arranca de mim esse sentimento. Eu não posso, eu não devo. Tudo isso vai contra sua vontade. Tu, ô Jesus, não me deixe cair neste mar de lama. Pai, não me abandona. Eu te imploro.

Wellington ajoelhou-se colocou a mão encima da bíblia e orou a Deus pedindo clemência ao seu estado emocional.

De repente o celular dele toca, mas ele não atende. A oração tirava toda a tensão ao redor dele. As lágrimas caiam na bíblia, ele sabia que tinha que renunciar a igreja para poder viver esse amor.

Telma lavava a louça do café, quando Daniel entrou na cozinha. Ele abriu a geladeira tirou uma garrafa d'água e perguntou _ Pra onde Solano foi?

_ Foi à cidade, pedi que fosse ao mercado comprar umas frutas e verduras para preparar o almoço.

_ Ele aprendeu a dirigir?