Ainda É Cedo.

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Minha vida parecia que estava entrando nos eixos, eu e Felipe estávamos cada dia mais próximo. Dormíamos junto quase todas as noites. Estava ainda levantando pra prepara o café da manhã, quando o telefone de Felipe toca. Achei estranho, mas eu quis atender.
_ alô.
_ preciso falar com o Felipe.
_ Quem deseja?
_ meu nome é Juliana, preciso muito falar com ele.
_ ele esta dormindo. Mas dou o recado sim.
_ obrigada, pede para ele me ligar com urgência.
_ ok! - fiquei curioso para saber, mas as vezes eu tinha a desconfiança de que ele me escondia alguma coisa. Era estranho quando ele sumia. passava dias sem da noticias. mesmo assim, continuava acreditando em tudo que ele falava. Quando ele acordou, levei café para ele na cama, beijei - o no rosto e disse_ acorda dorminhoco, você esta atrasado para ir hospital, esqueceu que você faz residência no Euzébio?
_ pior que meu estágio é naquele fim do mundo.
_ não seja mal agradecido. Agradeça a deus por ter conseguido ser residente numa upa.
_ amor, quase esqueci, uma moça ligou para você.
_ quem?
_ ela me disse que se chamava Juliana, disse que era urgente.
Ele baixou a cabeça, coçou o olho direito, bocejou e disse _depois eu ligo para ela. Agora vou tomar esse café maravilhoso e sair para trabalhar.
Sol acariciou o rosto de Felipe e o beijou na testa.
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MUITOS DIAS DEPOIS

Tudo parecia tranquilo naquela manhã de domingo. O empresário Wellington Souza estava feliz por ter conversado com sua esposa e ela ter decidido assinar o divorcio. Ele pegou o carro e foi ate a casa de Solano para que eles fossem curti o domingo no sitio no município de Eusébio. No caminho, Sol percebeu que uma moto de cor preta os seguia. Porém não deu muita importância e ao parar no posto de gasolina para abastecer o carro, ele pediu ao frentista para ir ao banheiro. Ele estava saindo da divisória que dividia os santuários quando e se assusta a ouvir barulho de tiros. Ao sair correndo ele se depara com seu amado baleado dentro de seu luxuoso carro importado ano 2015. Desesperada ele pega o telefone celular e liga para uma ambulância na tentativa de ainda salvar o Wellington com vida.
* * *
Acordei Felipe com o grito que dei, estava assustado com aquele pesadelo que tive. Ele me abraçou forte, o perguntou _ o que houve, por que você gritou?
Apenas o abracei forte e não respondi nada. Senti as batidas do coração de Felipe, batia como um som de uma canção. Eu não queria falar, eu não podia dizer que eu previ a morte do homem que amo. As vezes sinto coisas que não sei como explicar. Sinto quando algo vai acontecer. Mas sinceramente, eu não entendo nada disso. Parece que alguém sobra alguma coisa na minha mente, sonhos, visões e as vezes uma voz no meu subconsciente.
Quando amanheceu, fui ate a padaria comprar pão, ao me dirigir ao balcão encontrei uma moça sentada a uma mesa, tomando café. Ela deu um sinal me chamando, ela estava com os olhos inchados de tanto chorar. Me aproximei dela e perguntei _ você, esta me chamou?
_ sim, me chamo Juliana. Quero saber onde está o meu namorado , simplesmente ele sumiu. Uma amiga da faculdade falou que ele esta morando com um amigo chamado Solano. Você, conhece alguém chamado Solano, que mora por aqui perto?
Senti um pigarro na garganta, parecia que eu era fumante a anos. Senti como se eu não sentisse o chão.
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Olhei fixo para ela, estava com meu sangue fervendo, mas não por ela ser a namorada do Felipe, mas por ter sido enganado durante todo esse tempo.
_ venha comigo. Eu sou Solano. Levo você ate ele.
Quando chegamos ao apartamento, mostrei o quarto a ela e disse _ ele estava dormindo lá. Va conversar com ele, creio que ele tem muita coisa para te explicar.
_ Me desculpe, mas eu precisava muito ter essa conversa com ele.
Ela bateu na porta do quarto que estava entre aberta e com uma voz suave chamou Felipe, acorda! Eu preciso falar com você.
Ele abriu os olhos ainda coçando e tomou um vai está de um susto ao vê - lá em pé ao lado da cama _Juliana, o que faz aqui?
Ela abriu a bolsa que estava dependurado ao ombro esquerdo e tirou um papel e jogou no rosto dele _ estou grávida, você me abandonou no momento em que eu mais precisava do seu apoio. Estou entrando na oitava semana de gestação.
_ eu não sei do que você esta falando, eu não posso ser pai. Eu não quero essa criança. Eu pago para você tirar esse bebê.
Ela se aproximou dele, levou a mão até o queixo com a barba ainda por fazer, apertou firme e disse _ eu não vou cometer esse pecado. Eu não vou fazer um aborto. Eu quero criar meu filho. Então só vi aqui para te alertar que eu não vou abortar essa criança que estou esperando. Faça um favor não me procure nunca mais.
Juliana saiu do quarto e passou por mim com lágrimas nos olhos. Pediu desculpas mais uma vez e saiu. Fique sem reação diante da situação que eu acabara de ver.
E agora? O que eu faço? Não posso continuar com um homem que mente para mim. Tenho que da um fim nessa história e, é agora.


Meu Adorável DiaristaOnde histórias criam vida. Descubra agora