Meu Adorável Diarista

Não me diga a deus.

Os dias se passava e eu percebia que a cada dia Wellington se afastava mais da minha presença. ele praticamente não dormia mais comigo, nem saíamos para nada e nossa vida sexual foi ficando esquecida. Tinha noites que ele dormia fora de casa e eu ficava sozinho e tinha como companhia somente a cadela Leka. Eu me apagava a leitura do evangelho e a prece que tinha aprendido com minha tia que é espirita. Minha tia me ensinou muito e eu passei a entender e a estudar o espiritismo. eu era médio vidente e conseguia, prever quando alguma coisa iria acontecer. Por muita vezes sentir sensações que algo iria acontecer. eu tirava do9 evangelho segundo espiritismo um grande aprendizado de vida. Mesmo tentando fazer uma reforma intima nos meus pensamentos, nos meu sentimentos, porem eu ainda falhava. mas como eu mesmo disse "tentava fazer uma reforma intima. Naquela noite resolvi extravasar, eu nao bebia, nao fumava e nem gostava de baladas, mas resolvi fazer tudo isso para poder tirar de dentro de mim aquele enorme vazio.
começamos a beber logo em um restaurante. enquanto esperávamos o prato ficar pronto, pedimos um vinho . Apos o jantar fomos a um barzinho que fica na esquina da boate. O lugar e frequentado por muitos gays e lésbicas da região. tomei todas, desde de cervejas a wisk.
Estava eu, Nael e Felipe sentado próximo ao balcão do bar quando um belo jovem se aproximou de nossa mesa e disse _ estou sozinho ali naquela mesa e não gosto de beber sozinho. será que posso ficar co. vocês?

olhei para aquele belo rapaz, barba bem feita, um sorriso que encantava qualquer pessoa. Dava para se notar que era um homem de posses, pois se percebia por suas vestes e educação que se tratava de alguém da alta sociedade. balancei a cabeça fazendo um sinal que sim. Ele puxou uma cadeira que ficava de frente para mim e me fitou com os olhos e disse _ me chamo Saulo.

_ eu sou o Solano e esses são meus amigos Felipe e Nael.

_ muito prazer em conhecer todos .

Aquela noite finde total diversão. eu me diverti muito e quando já passava das 2hs da manhã resolvi voltar para e falei para Felipe.

_ estou muito cansado, preciso ir para casa.

_ vamos pegar um táxi. bebemos demais para dirigir - disse Nael.

_ depois que sofri um acidente de carro, nunca mais vou dirigir bêbado.

_ E realmente você tem razão, sei o quanto você sofreu com isso - respondi enquanto colocava discretamente a não no ombro de Saulo.

_ pessoal, vocês não precisa pedi táxi. meu motorista vai deixar vocês em casa. eu quando sai para balada nunca dirijo, sempre venho com meu motorista - disse Saulo fazendo um leve carinho em minha nuca.

_ aceitamos a carona - disse Nael.

_ então vamos - Saulo pegou o telefone e ligou para o motorista que estava em outra rua esperando só o chamado do patrão.

De volta eu, Saulo e Nael sentamos no banco de trás do carro. Felipe foi no banco do carona. Saulo acariciava levemente minha mão enquanto eu tentava disfarçar, eu não tinha a menor intenção de trair Wellington. Mas confesso que me senti atraído por ele. afinal um homem bonito como ele não se via sempre por aí. Mas contive meu desejo.
Qundo chegamos ao prédio o motorista parou o carro, Nael e Felipe desceram e eu fiquei para agradecer a carona. Saulo olhou para mim e disse _ gostei muito de você. dorme essa noite comigo?

_ você é um homem lindo, encantador, mas eu não posso. Tenho alguém que amo e eu nunca vou trair meu namorado. obrigado por tudo.

Ele tirou da carteira um cartão e disse _ esse e meu número, me ligue na que quiser. estarei esperando por você. posso te pedi só uma coisa?

_ sim, Saulo, fale.

_ Gostaria de sentir o gosto do seu beijo.

Acariciar o rosto dele e fui encostando os lábios vagarosamente nos dele e nos beijamos.

_ fica comigo, não só apenas uma noite. Mas como duas pessoas que querem descobrir juntos o amor.

_ vou me resolver com Wellington, mas eu vou pensar em você com carinho. Boa noite.

Desci do carro e ele ficou observando eu entrar no condomínio. minha cabeça não estava pronta para encarar um novo relacionamento, nem que fosse por uma noite apenas.