A Garota Do Cabelo Azul - Concluído

Tudo Errado

Quando sai da faculdade não me surpreendi ao ver Rodrigo. Estava começando a me acostumar com a presença dele, que agora era constante. Ele estava escorado em seu carro carro, vestido em seu terno com as mangas da camisa arregaçadas, seus cabelos levemente bagunçados. Uma bela e incrivelmente sexy vista. Nossos olhos se encontraram, e recebi aquele sorriso.
 - Oi Vitoria. Ele me comprimentos quando cheguei perto dele.
 - Oi. Respondi sem saber ao certo o que dizer, ainda não entendeu o porque estava aqui.
 - Eu estava passando por aqui e resolvi dar um oi. Ele disse casualmente.
 Sorri.
- Parece que você passa constantemente na frente na faculdade, e bem na hora que eu saio.
 Ele é sorrio também.
 - Na verdade eu estava esperando você ha algum tempo.
 Ergui as sombrancelhas.
 - É mesmo? A quem eu devo essa honra?.
 - Eu esperava que você fosse sair mais cedo, apreciei nosso ultimo passeio.
 Ele deu um passo em minha frente e pegou minhas mãos, resistir a minha vontade de recuar e puxar minha mão, eu era arredia demais, minha avó me fez ser assim.
 - Serio? Eu pensei que você tivesse gostado do beijo que roubou de mim. Disse seria. Mais cedo ou mais tarde feria que abordar esse assunto.
 Ele deu mais um passo, nossos corpos estavam quase se tocando.
 - Estaria mentindo se dissesse que não gostei, e que não quero repetir agora mesmo.
 Seus dedos roçaram meus lábios levemente, sabia que se não saísse nessa hora de seus braços não resistiria se ele me beijasse, relutantemente me desvenciliei dele.
 - Não é hora e nem lugar Rodrigo. Disse soltando o ar que estava segurando. Seus olhos cintilaram.
 - Então podemos ir a outro lugar.
 Arregalei os olhos você.
 - Está fora de si? Já disse a você que não vai ter outra vez, e não terá mais que isso. Foi um erro meu ter deixado isso acontecer.
 - Vitoria não se engane, você anseia por isso, quer mais que isso... Eu vejo em seus olhos, e em seu corpo.
 Examinei-me, não vi nada a mostra. Quem esta se enganando é você, tirando essas conclusões. Um pequeno sorriso se formou em seus lábios.
 - Você está me desafiando, acho que é a segunda vez.
Apenas o olhei, não queria desafia-lo,  também não queria parecer covarde.
 - O que você quer de mim Rodrigo? Você apareceu do nada em minha vida. Passei a mão pelos cabelos nervosa.
 - Eu lhe pergunto a mesma coisa Vitoria, o que você quer de mim? Estou tentando me afastar de você, mas não consigo... Estou virando um imã, sendo atraído a você.
 Fiquei chocada com a sua confissão, não imaginava que ele estivesse sentindo isso.
 - Então o que vamos fazer ?. Perguntei, não queria nem um pouco que ele se afastasse de mim, mesmo que isso fosse certo.
 Ele voltou  a rodear minha cintura com seus braços.
 - Não faço a minima ideia.
 Ficamos nos encarando em silêncio. Fui recuando até que senti minhas costas encostar na porta do carro. Rodrigo me imprensou, não me deixava escapar. Podia sentir sua ereção contra minha virilha. Céus eu estava excitada.
 - Rodrigo me solta. Gemi baixinho.
 - Não. Ele disse me apertando mais contra o carro.
 Não consegue conter outro gemido. meu corpo estava em brasa.
 - Estamos na frente da faculdade, por favor me solta. Minha voz não soou convincente.
 - Foda-se. Ele disse.
 Ele lambeu meu lábio inferior de leve respirei fundo, meus olhos estavam fechados. Eu queria esquecer que tinha um monte de gente nos olhando, que estávamos em um lugar público.
 Ele me beijou ferozmente, eu estava entregue a ele naquele momento mas aí o encanto acabou, ele quebrou o beijo.
 Eu podia sentir meus lábios inchados do beijo, Rodrigo não foi nada carinhoso era como se ele estivesse com raiva. Ele passou a mão pelos cabelos e deu um suspiro.
 - Você tem razão Vitória, se afaste de mim, não sou bom para você.
 Fiquei de queixo caído em quando ele virou as costas e foi embora e seu carro. Senti um frio na barriga. Segurei minhas lágrimas, que estavam desesperadas para sair, não podia chorar por ele.

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 Dois dias se passaram, não vi mais o Rodrigo, ele finalmente havia desistido de mim. Um vazio ocupou meu peito desde o nosso último encontro, principalmente por ele ter partido sem mais nem menos.
  Tive que me ocupar muito para não enlouquecer, tudo ao meu redor parecia estar em câmera lenta, as horas não passavam. A única coisa que eu queria era ir para casa e dormir até não acordar mais. Eu queria emoção na minha vida, tão sem graça, sem cor, sem amor.
 Coloquei em minha cabeça que eu estava sendo dramática demais, não éramos nada um do outro então não tinha o direito de me sentir triste, por não ver mais ele, mesmo assim era difícil evitar.
 - Seu namorado sumiu, vocês terminaram?  Perguntava o Dr. Bittencourt.
 Sua pergunta me irritou.
 - Ele nunca foi meu namorado. Disse com a voz fria.
 - Mas você esta triste. Ele insistiu em me fazer falar.
 - Não estou triste Dr. Bittencourt. Disse devagar.
 - Você pode se abrir comigo, eu sei que ele era seu namorado.
 Não desviei o olhar de seus olhos disse.
 - Você é apenas meu chefe, não lhe devo satisfação da minha vida, se estou namorando ou não, ou quem quer que seja que venha me deixar no trabalho. Então por favor. Não me obrigue a ser mal educada com o senhor novamente.
 Seu rosto neutro, não demonstrou nenhuma reação a minha repentina explosão. Ele apenas assentiu com a cabeça.
- Desculpe-me, não vou cometer o mesmo erro novamente, você esta dispensada.
 Arregalei os olhos quando percebi o tom que tinha usado com meu chefe, ele podia muito bem me demitir, e com razão. Ruborizei e abaixei a cabeça.
 - Eu sinto muito mesmo. Desculpe. Disse baixinho sem ter certeza se ele tinha ouvido.
 Se tivesse me despedido eu saberia no dia seguinte. Eu estaria muito emcrencada se fosse demitida. Não era fácil achar um emprego onde eu poderia trabalhar meio período e ser bem paga, sim eu recebia muito bem, mesmo sendo uma secretaria e período. O desespero tomou conta de mim e comecei a chorar, não eu não poderia perder esse emprego.
Sai do prédio praticamente como uma desesperada, a ultima coisa que faltava era me verem chorando.
 De uma hora para outra tudo estava dando errado.
 Atravessei a rua. Tudo ocorreu tão rápido que não consegui entender o que estava acontecendo. Escutei o barulho de uma buzina e vi um carro vindo em minha direção. Ele deu uma freada brusca.