Sem Arrependimentos

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Vitoria.
Escutava vozes. Tentei abrir meus olhos, mas estacam muito pesados.
- Muito obrigado por cuidar da minha filha, você é um bom rapaz.
Escutei um voz familiar. Mãe ela estava aqui?.
- Não agradeça, Vitoria é tudo pra mim, sempre cuidarei dela.
Desta vez uma voz masculina falou. Rodrigo?.
Juntei todas as minhas forças pra abrir os olhos, e eles logo voltaram a ficar pesados novamente. Sentia-me muito cansada.
- Vitoria?. Rodrigo disse.
Adormeci.

*********

Acordei e estava em um lugar com iluminação fraca, não sabia aonde estava. Olhei ao redor.
Estava em um quarta de hospital. A ultima coisa de que eue lembrava era de estar em casa, e a discussão que tive com minha avó.
"Ela me agrediu".
Queria que isso não passasse de um pesadelo. Mas eu estava no hospital. Ela tinha me machucado de verdade.
- Vitoria?. Escutei a voz profunda de Rodrigo.
Sua voz veio do meu lado direito, ele estava sentado e não o notei ali. Pensei que estaca sozinha.
Minha boca estava extremamente seca. Ele me olhava com os olhos atentos.
- Água. Disse com a voz fraca.
- Só um minuto. Ele se levantou rapidamente e encheu um copo de água.
- Aqui. Disse me ajudando a ficar sentada.
Fiz uma careta aoe desemcostar do travesseiro, doía meu corpo todo. Bebo toda a agua rapidamente.
- Esta sentindo dores?. Ele pergunto.
- Só um pouco. Disse não querendo preocupa-lo, mas as dores se intensificaram quando me movia.
- Você demorou mais que o esperado para acordar. Ele disse.
O examinei. Ele está com uma aparência cansada, como se não dormisse a dias, seus cabelos estava bagunçado e a barba mais aprente que de costume.
Ele pegou minha mãe e a beijou sentando na beira da cama.
- Por quanto tempo eu dormi?. Perguntei
A cada minuto que passava me sentia mais viva e desperta.
- Um dia. Ele disse com um sorriso triste. - Mais pra mim pareceu uma eternidade.
Fiquei um minuto em silêncio, apenas olha do seu belo rosto. Nem essa expressão procupadsa em seu rosto danificava sua beleza.
- Como vim para aqui?. Perguntei.
Rodrigo não respondeu de imediato. Suas mãos estavam em meu rosto me acariciando. Vi um brilho diferentes em seus olhos.
- Eu a trouxa. Disse Rodrigo vagamente.
Esperei ele dizer mais alguma coisa, e ele permaneceu calado.
- Como? Eu me lembro de você apenas me deixando em cada. Qiestionei.
Queria saber o que tinha acontecido. Estava tão confusa. Não queria acreditar que minha avó fez isso comigo.
- Não vamos falar sobre isso agora Vitoria. Ele disse com um olhar sério. - Você acabou de acordar.
- Eu preciso saber. disse em um sussurro.
Minha compostura estava por um triz, sentia que a qualquer momento iria desmoronar.
- Por favor, não me faça falar sobre isso agora. Desta vez ele estava suplicando. - Prometo que depois te direi tudo o que você quer saber.
- Tudo bem.
Não iria insistir. Eu via como ele estaca sofrendo com tudo isso, ate me senti culpada, não queria prrocupa-lo com meus problemas.
Seus lábios roçaram minha testa levemente. Fitei seus olhos cor de jabuticaba, fique com tanto medo de não vê-los novamente.
- Obrigado Rodrigo.
Ele franziu o cenho.
- Pelo que ?.
- Por salvar minha vida. Disse segurando sua mão. Entrelacei seus dedos nos meus.
Sua boca se abre lentamente por um momento parece estar perdido em seus próprios pensamendizer.
- Não me agradeça Vitoria, eu faria tudo por você, não aguentaria te perder. Não consigo imaginar como eu ficaria sem você, essas horas que você passou dormindo foi um dos piores momentos que já vivi.
Suas palavras me deixaram sem ar. Sabia que Rodrigo gostava de mim. Mas ouvi-lo dizer essas coisas, me dava esperança de que ele me amava.
- Isso tudo o que aconteceu, me fez enxergar o que eu sinto por você. Ele me olhava intensamente com aqueles olhos.
Meu coração bateu forte. Queria tanto ouvir que ele me amava, que não era apenas algo passageiro.
Eu o amava, não tinha mais duvidas disso. Tentei evitar me apaixon, mais foi inevitável. Rodrigo literalmentte roubou meu coração.
- Vitoria eu... Ele começou.

A porta se abre sem aviso interrompendo o que quer que Rodrigo fosse dizer. Minha mãe entra e fica paralisada ao me ver, meus olhos se enchem de lágrimas assim como os dela. Como senti sua falta, agora ela estava aqui e podia abraçá-la.
- Minha filha. Ela disse com a voz trêmula vindo até mim.
Rodrigo recuou.
Ela tocou meu rosto de leve, vi em sei rosto o receio de me tocar.
- Me abraça mãe, não estou tão quebrada assim. Brinco com a voz trêmula.
Vê-lá foi o meu limite, as lágrimas que eu estava segurando rolavam livremente pelo rosto. Ela sorriu e me abraçou como se fosse uma boneca de porcelana prestes a quebra a qualquer momento.
Estava tão feliz em vê-la que tinha medo de acordar e ser apenas um sonho.
- Eu estava morrendo de saudades. Disse.
- Eu também filha, graças a Deus você acordou, fiquei preocupada com você. Quando Rodrigo me ligou fiquei desesperada, peguei o primeiro avião.
Rugas se formaram em minha testa queria saber como Rodrigo entrou em contato com a minha mãe. Ele se aproximou de nós.
- Eu vou deixar vocês conversarem a sós, qualquer coisa eu estou após essa porta.
Assenti. Ele me deu um beijo na testa e saiu.
Minha mãe beijou minha bochecha e secou minhas lágrimas.
- Me desculpe filha por não estar aqui com você. Ela disse com voz fraca. - Se não fosse por Rodrigo eu não sei o que teria acontecido com você.
- Não se preocupe mãe, você não tem culpa de nada que aconteceu. Disse.
Estava sendo sincera, nunca culpei minha mãe por ter ido embora sem mim. Eu escolhi ficar. Não queria deixar minha avó sozinha.
Ela assentiu, mas ainda podia ver que se sentia culpada.
- Como sou grata a o Rodrigo, ele passou o dia inteiro aqui no hospital não saiu nem pra comer.... Filha. Ela disse me fitando com os olhos negros como os meus. - Esse rapaz ama você, não duvide disso.
- Não quero criar falsas esperanças mãe. Disse com a voz embargada.
- Vitória, eu sei reconhecer um homem apaixonado. Ela disse com um sorrisinho.
Sorri também. Como era bom tê-la aqui.
- Eu senti tanto a sua falta. Sussurrei.
- Eu também filha. Ela secou o rosto e se recompôs. - Mas já está bom de chorar, mesmo nessas circunstâncias estou muito feliz de estar aqui e poder matar a saudade.
Sim, as circunstâncias não foram nada agradáveis meu pensamento foi tomado pela minha avó... Onde ela estava?. Ser a que Rodrigo brigou com ela? Oi pior ainda, será que ela esta presa?.
Não. Mesmo que ela tenha feito isso comigo não permitirei que ela estivesse em uma academia. Eu a amava. Ela cuidou de mim todos esses anos não poderia simplesmente deixá-la.
- Onde ela está?. Perguntei com a voz firme.
Minha mãe suspirou e desviou seis olhos de mim.
- Não é a hora certa para conversamos sobre isso.
Porque não queriam que eu soubesse o que aconteceu?.
Fiquei apreensiva, estava no escuro e ninguém queria me dizer nada. Comecei a imaginar que a situação era mais grave do que eu imaginava.
- Por favor, Apenas me diga que ela não foi presa. Pedi.
Ela arregalou os olhos.
- Não filha, não se preocupe com isso, ela está bem agora. Disse sem dar detalhes.
- Ok. Disse resignada.
Não adiantava fazer perguntas, pois elas não seriam respondidas.
- Posso pelo menos saber quando vou poder ser daqui?. Não consegui disfarçar a infelicidade em minha voz.
- Rodrigo está procurando saber isso. Disse calmamente. - É possível que seja hoje mesmo.
Um sorriso triste nasceu em seu rosto.
- Não vou poder ficar muito tempo, meu chefe me deu apenas dois dias de folga. E Paulo também não conseguiu mais que isso de seu chefe.
Fiquei triste com a noticia.
- Tudo bem, eu entendo. Forcei um sorriso.
- Sophia esta no hotel junto com Paulo, infelizmente não deixaram que ela ficasse ela esta muito ansiosa para te ver. Um sorriso travesso se formou em seu rosto. - Ela gostou muito de Rodrigo.
Sorri. Era impossível não gostar dele.
É como se Rodrigo soubesse que falávamos dele, ele apareceu no quarto um pra de comida.
- Licença. Disse educadamente. - Falei com o medico, ele me disse que você sera liberada hoje mesmo. Aquele sorriso que senti falta finalmente apareceu em seu rosto. - Eles só vão examina-la para ver se esta tudo bem.
- Graças a Deus. Disse minha mãe soltando um suspiro de alivio.
- Agora você precisa comer. Disse apo tando para o prato de sua mão.
Minha barriga roncou, não havia notado que estava com tanta fome.
- E você querido, já comeu?. Disse minha mãe demonstrando sia preocupação.
- Sim, não se preocupe. Ele disse se sentando ao meu lado.
- Bom, agora que você esta sob os cuidados de Rodrigo, vou para o hofelt cuidar das crianças. Brincou.
Ela beijou meu rosto.
- Volto logo.
- Até mais tarde. Disse acesnando.
Rodrigo também acenou para ela e ela sorria carinhosamente.
- Você encantou minha mãe. Disse em tom acusador.
- O que eu posso fazer? Sou irresistível.
Soltei uma risada, amava o Rodrigo brincalhão. O cheiro da sopa exalou pelo quarto.
 - Nossa, parece que eu não como há anos. Disse olhando para o prato de sopa que Rodrigo apoiou cuidadosamente em meu colo.
 - Um dia para serais exato. Ele disse.
 Como rapidamente a sopa, mesmo não sendo meu prato predileto.
 - Quando você vai me dizer tudo o que aconteceu?. Perguntei impacientemente.
 - Quando você receber alta e estivermos em casa. Ele disse com a voz firme.
 - Humm..
 Rodrigo me olha em silêncio e sem nenhum aviso me beija ferozmente.
 Deixei sua língua explorar minha boca, gime contra seus lábios quando a familiar eletricidade percorrendo meu corpo. Rodrigo quebrou beijo mediatamente.
 - Que foi?. Reclamei, sentia falta do seu beijo.
 - É melhor nós pararmos. Disse com os olhos de jabuticaba.
 - Alguém pode nos pegar, e eu estou ficando duro.
 Reprimi um sorriso.
 - Fico feliz em saber que deixo duro mesmo nessas condições.
 - Você não tem noção do quanto está quente nessa roupa de hospital.
 - Nós podemos recuperar o tempo perdido quando sair do hospital. Provoquei.
 - Você ainda vai me deixar louco, vou contar os segundos.
 A porta se abriu.
 Eu e Rodrigo olhamos para porta, Dyo estava somente com a cabeça para dentro com um sorriso travesso.
 - Peguei os pombinhos. Disse entrando e fechando a porta.
 - Talvez. Disse Rodrigo fazendo eu lhe lançar um olhar. - Se você tivesse chegado dois minutos antes. Ruborizei.
 - Rodrigo. Dsse exasperada.
 Esses dois amavam me deixar com vergonha. Dyonathan apenas sorriu e se aproximou sentando na beira da cama, ele me abraçou com cuidado.
 - Você deu um belo susto em todos nós, como você está?. Dyo perguntou.
 - Bem para quem levou uma surra. Brinquei, nenhum dos dois riu, eles se entreolharam como se soubessem alguma coisa que eu não sabia.
 - É bom ver você bem. Ele disse por fim. - A Pri não pode vir, aconteceu um imprevisto, ela desejo melhoras e diz que vem visitar você quando puder. Ele explicou.
 - Ela está bem?. Perguntei preocupada. Jonathan deu de ombros.
 - Está ótima, sabe como ela é.
 Ainda fiquei preocupada com ela mas não insiste no assunto.
 - Quando você vai sair desse lugar?. Disse olhando ao redor, ele não gostava de hospitais.
 - Hoje mesmo. Disse sorrindo.
 - Que ótima noticia. Rugas se formaram em sua testa. - Mas onde você vai ficar?.
 Ele olhou para Rodrigo como se ele soubesse a resposta.
 - Ela vai ficar comigo, por enquanto. Disse Rodrigo sem hesitar.
 Olhei para ele chocada.
 - Não vai ser preciso, eu já consegui um apartamento para morar.
 A expressão de Rodrigo mostrava determinação.
 - Não vou deixar você ficar sozinha, você precisa de cuidados... O médico disse que você vai precisar de repouso, nada de trabalho.
 Estava sem palavras.
 Dyo coçou a garganta.
 - Bom eu já vou indo, ainda tem algumas pessoas querendo ver você.
 - Quem?. Perguntei me sentando na cama.
 As únicas pessoas que me visitaram já vieram ou estão aqui. Ele lançou um olhar para Rodrigo e beijou minha testa.
 - Você vai saber. Ele saiu do quarto sem dizer mais nada, deixando-me completamente curiosa.
 Antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa para Rodrigo ele se apresse em dizer.
 - Eu preciso resolver uma coisa, já volto. Disse, e pelo seu olhar notei que estava tenso.
 - Tudo bem.
 Quando ele saiu eu voltei a me deitar com cuidado, fiquei olhando para o teto branco deixando a minha mente se perder em momentos, pensamentos.
 Muitas coisas mudaram nesses dois meses em que conheci Rodrigo, vivia apenas por viver, minha vida era sem cor e sem graça, morria de medo da minha avó e fazia o que ela mandava, sem protestar, ouvia coisas sem rebater. Rodrogo me deu a força que eu precisava para enfrentar minha vó, e viver sem medo.
 Mesmo que nada disso dure para sempre, ficarei feliz por ter conhecido Rodrigo e ter dado uma chance a nós. Ter entregue meu coração a ele. Não me arrependo de nada que fiz e nem vou me arrepender.

A Garota Do Cabelo Azul - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora