Rotina

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 - Como está este coraçãozinho?. Perguntou Rodrigo no caminho de volta para p apartamento dele.
 Abriu um pequeno sorriso.
 - Vai ficar bem, vou sentir saudade deles.
 Ele passou a mão em minha coxa e acariciou.
 - Se quiser conversar, estou aqui.
 - Obrigada. Disse sabendo que não conseguiria conversar, mesmo se eu quisesse.
 Não era boa em me abrir com as pessoas. Fiquei olhando distraidamente para a janela, deixando meus pensamentos tomarem conta de mim.
 Agora era só eu e Rodrigo, sem minha vó para impedir nosso namoro, eu poderia fazer o que quiser, sem ter que pedir permissões e consentimentos. Tudo dependeria de mim, finalmente estava livre.
 Voltaram a minha rotina normal, porém tudo mudaria. Sentia-me extremamente assustada com isso, e ao mesmo tempo ansiosa para começar a vocês de verdade.

***********

Estavamos jantando uma lasanha deliciosa feita por Rodrigo, é claro.
 - É vergonhoso você saber cozinhar tão bem, e eu não cozinhar nada. Disse após terminar meu segundo prato, estava realmente delicioso.
 Ele sorriu exibindo seus dentes brancos e perfeitos.
 - Eu vou te ensinar um dia, só não prometo que vai aprender a cozinhar também quanto eu.
 Revirei os olhos.
 - Noss.. Você é tão modesto.
 Ele piscou. Ainda me impressionava com seu charme.
 - Quais são seus planos, para sua nova voda?. Perguntou Rodrigo empurrando seu prato vazio para o meio da mesa.
 Encsrei seus lindos olhos cor de chocolate. Passei o dia pensando nisso.
 - Primeiro, tenho que pegar minjas coisas da casa minha vó, e me mudar para meu apartamento.
 Sua testa franziu levente.
 - Você vai ficar aqui comigo?.
 E novamente Rodrigo insiste nesta idéia
 absurda.
 - Não quero discutir novamente. Disse com a voz firme.
 Confesso que a ideia de morar com Rodrigo era tentadora, mas certamente não era plausível. Se aceitasse isso, avançaria muitas etapas, que ainsa não estava preparada.
 - Isso não faz sentido Vitoria, agora não há a desculpa que sua vó vai impedir.
 - Não é essa questão Rodrigo, estamos juntos há pouco tempo para tomar tal decisão. Expliquei calmamente.
 - O que isso importa? Eu quero você aqui comigo... Eu te amo porra. Afirmou com os punhos cerrados.
 Tive um sobressalto com sua falta de controle.
 - Me preocupe deixá-lá morando sozinha, quero cuidar de você.
 Fico boquiaberta, e por um momento penso em ceder, mas logo minha razão fica contra meu coração.
 Levamto-me e vou ate ele, sentando em seu colo.
 - Eu também te amo, mais você tem que entender que posso me cuidar sozinha, e esta cedo demais para isso. Disse acariciando seu rosto.
 - Se esse é problema, você vai morar aqui no prédio. Disse Rodrigo em  tom autoritário. - Está decidido.
 - Não! Você é dono desse predio, quero pagar meu apartamento, e tenho a impressão de que você não vai deixar pagá-lo.
 - Não vou mesmo. Disse Rodrigo fazendo careta.
 Uma grande idéia passou pela minha cabeça.
 - Vamos fazer assim, eu moro aqui no seu prédio, se você me deixar pagar meu apartamento. Ele esta claramente relutante com a ideia.
 - Você é muito teimosa... Tudo bem.
 Sorriu e deu um beijo de leve em meus lábios.
 - E você vai continuar trabalhando com o Bittencourt?.
 - Claro. Respondi.
 De repente me lembrei que não havia dado nenhum satisfação da minha ausência.
 - Se eu ainda tiver trabalho. Pensei alto.
 - Porque diz isso?. Ele perguntou.
 - Esqueci de justificar minha falta, droga. Choraminguei. - Sou uma irresponsável mesmo, nem me dei ao trabalho de ligar, e ainda tem a faculdade.
 - Ei. Ele chamou minha atenção. - Eu cuidei de tudo para você, justifiquei sua ausência na faculdade e com o Bittencourt. Ele ate visitou você no hospital, mas você estava dormimdo. Sua voz demonstrou um traço de raiva quando disse a ultima frase.
 Suspirei aliviada.
 - Muito obrigada, não sei o que eu faria sem você.
 - Porque você não trabalha para mim?. Ele perguntou.
 Olhei para ele com os olhos cerrados.
 - Você sabe.
 - Pode refrescar minha memória?.
 - Eu gosto do meu trabalho Rodrigo, e não da pra misturar o trabalho com a vida pessoal, sei muito bem quais são suas intensões com isso. Disse com um tom acusador.
 - Tudo bem. Rodrigo disse, levantando as mãos em sinal de redenção. - Parece que não vou ganhar uma discussão.
 - Sobre isso, não mesmo... Quero andar com minhas próprias pernas, conquistar tudo com meu suor.
 - Mas você não precisa disso. Ele disse relutante. - Eu posso te dar tudo.
 - Não vou depender de você. Disse fazendo uma careta. - Vamos encerrar esse assunto, por favor.
 - Ok senhorita, mas não quer dizer que eu desisti. Ele disse elevando uma sombrancelha.
 Sabia disso, mas por hora já
 estava satisfeita.

A Garota Do Cabelo Azul - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora