Você Aqui ?

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Rodrigo entrou no quarto após 15 minutos, já estava a ponto de sair dessa cama e ir atrás dele se ele demorasse. Mais a primeira coisa que notei foi sua expressão, seu rosto estava ruborizado e suas feições mostravam que estava extremamente bravo.
 - O que aconteceu?. Perguntei.
 Meu coração estava acelerado e senti um mai pressentimento. Rodrigo abriu a boca e logo fechou, parecia que estaca em uma luta interna contra o que iria dizer.
 - Esta me deixando preocupada.
 - Daniel esra aqui. Ele disse finalmente.
 - O que?. Exclamei pensando que não tinha ouvido direito.
 - O Daniel esta aqui no hospital e quer vê-lá, ele não vai sair daqui enquanto não ver você. Disse me encarando serio.
 Estava andando de um lado para o outro no quarto passando as mãos pelos cabelos.
 - Tentei de todo o jeito convencê-lo a ir embora, mas ele esta determinado.
 Não queria ver ele, não tinha bem um pingo de verdade. A ultima coisa que queria era ver o irmão malvado do Rodrigo. Mas não agüentava ver Rodrigo nesse estado, tão perdido e bravo ao mesmo tempo.
 - O mande vir aqui. Disse com a voz calma e comer.
 Ele parou de andar e se aproximou de mim.
 - Não, não quero que ele venha aqui, não posso deixar que ele se aproxime de você.
 - Vamos acabar logo com isso. Disse finalmente.
 Ele ainda se mostrava relutante.
 - OK.
 Rodrigo foi ate a porta e a abriu dando o espaço para que a pessoa entrasse. Daniel entrou exibindo um sorriso, que no momento achei parecido com o de Rodrigo que me derretia por inteiro. As semelhancas entre eles eram cada vez mais evidente para mim. Não gostava disso.
 Ele se aproxima de mim e beija minha mão, não gostava nem um pouco quando ele fazer isso parecia errado. Ele não soltou minha mão então puxei sem me importar se pareceria rude de minha parte. Rodrigo ficou a uma distância segura de Daniel nos observando com uma expressão que não consegui identificar.
 - Como você está, linda?. Ele perguntou.
 A preocupação estampada em sua voz me surpreendeu, parecia tão... Sincero.
 - Estou otima. Disse com a voz neutra. - Daqui a pouco iria receber alta.
 Ele soltou um longo suspiro e fechou os olhos, quando as abriu havia um brilho diferente.
  - FiqueI muito preocupado com você. Ele disse me examinando.
 Seu olhar não era nada predatório como que ele me lançou no corredor na última vez que nos vimos, mesmo assim me incomodava.
 - Não entendo sua preocupação. Disse bruscamente. - Só aceitei ver você porque não tive escolha.
  Ele poderia estar sendo sincero, no entanto não npodia esquece o que fez naquele dia. Seus olhos deixaram meu corpo e me fitaram. Ele pareceu magoado com minhas palavras durase uma pontada de culpa se instalou em mim.
 - Eu entendo seu desprezo. Fui um idiota. Me desculpa pelas coisas que disse no restaurante.
 Solteira o ar que estava segurando.
 - Eu aceito suas desculpa. Disse sinceramente.
 Algo em seu rosto me dizia que ele só queria isso, não incomodar Rodrigo. Ele assentiu com um sorriso triste, andou até a porta e se virou antes de sair.
 - Nos veremos logo Vitoria.
 Franzi o cenho. Até o modo de se despedir era o mesmo de Rodrigo a famosa promessa de que nos veríamos novamente. Mas com ele, esperava que não passasse de uma promessa, não queria vê-lo novamente.
 Rodrigo suspirou pesadamente e relaxou, esse momento deve ter sido difícil para ele.
 - Até que não foi ruim. Comentei para aliviar o clima.
 - Você tem razão. Ele disse abrindo seu lindo sorriso. - Eu poderia ter saido deste hospital preso por tentativa de assassinato.
 Arregalei os olhos.
 - Você não faria isso. Ele riu.
 - Não chegaria a tal ponto, mas de uma boa surra ele não escaparia se falasse alguma coisa, por você eu faria qualquer coisa sem hesitar.
 Desviei os olhos dele, estavam intensos demais. Ouve uma batida na porta.
 - Deve ser o medico. me explicou indo ate a porta e abrindo a mesma.
 E como Rodrigo disse era o médico, ele me examinou e disse que eu ficaria bem e poderia ir para casa, só teria que ficar em repouso por três dias, não poderia fazer nada que houvesse esforço físico.
 - Pronta para ir para casa?. Pergunto Rodrigo com aquele sorriso.
 - Prontissima. Disse quando acabei de vestir a roupa que Rodrigo trouxe.
 Estava ansiosa para começar a viver minha vida. Estavamos quase no último andar quando vi um homem de costas olhando distraidamente para o lado de fora do hospital.
 Um arrepio passou por meu corpo.
 Ele me parecia familiar. Rodrigo andava  passos lentos ao meu lado me segurando como se eu pudesse cair a qualquer momento. Meus olhos não quero desviar daquele homem de costas, seu cabelo era preto com alguns fios brancos evidencialmente que não era tão jovem, era alto e sua pele era bronzeada; ele estava vestindo uma camisa social preta e jeans escuro. Revirei minha mente à procura de quem ele me lembrava, se pelo menos pudesse ver seu rosto....
 E como se o homem e sentisse que estava a sendo observado ele se virou. Quando seus olhos claros se encontraram com os meus parei abruptamente de andar. Meus pés colaram no chão.
 - Vitoria?. Rodrigo disse.
 Eles estavam grudados naquele homem e mesmo assim podia ver que Rodrigo examinava minha expressão.
 - O que há de errado?. Questionou.  Nenhum som saiu da minha boca, o homem arregalou os olhos quando finalmente me reconheceu. Sim faz muito tempo que você não vê sua filha, pensei com amargura.
 Queria pessar por aquelas portas e ignorá-lo, fingir que não lembrava deles. Porem, era tarde demais. Olhei para Rodrigo de canto de olho, epodia ver que ele olhava para o mesmo lugar que eu.
 - Que é ele?. Rodrigo pergunto com a voz fria.
 - Meu pai. Disse engolindo em seco quando ele começou a se aproximar de nó. - Oi minha filha. Ele me cumprimentou.
 Sem abraços. Sem aperto de mão. Ele sabia que eu iria recusar qualquer contato com ele.
 - Oi. Disse sentindo minha boca seca. Não iria chama-lo de pai.
 Rodrigo percebeei que eu não falaria mais nada e se apresentou.
 - Eu sou Rodrigo, namorado da sua filha. Ele disse  um tom acusador.
 Ele apertou a mão de Rodrigo com a surpresa estampada no rosto.
 - Prazer Rodrigo, sou Augusto.
 Ainda não conseguia tirar os olhos do Augusto. O que ele fazia aqui? Como sabia o que tinha acontecido? E porque se importava?.
 Desde que nasci a única coisa que ele fez para mim foi me dar seu sobrenome. Era revoltante ele aparecer do nada, e ainda ter a coragem de me chamar de filha.
 - Eu precisava ver se você estava bem, ou se precisava de alguma coisa. Augusto disse.
 Sorri. E por dentro estava me segurando para não explodi.
 Como ele ousa?  Vivi todos esses anos sem ele, não seria agora depois de adulta que precisaria dele.
 - Eu estou bem, obrigado por se importa... Mas não preciso de nada que venha de você. Disse sem disfarçar a raiva em minha voz. Queria que ele soubesse que não estava feliz em vê-lo.
 - Agora eu preciso ir embora, estou muito cansada e preciso repousar. Completei começando a andar as portas de vidro.
 Se demorasse mais um pouco poderia desmoronar na frente dele, não queria que ele soubesse que me machuca o fato de nunca ter se importado comigo, de nunca ter sido um pai que eu sempre quis ter. Rodrigo me segurou pelo braço me forçando a parar, o carinho e preocupação que vi em seus olhos era tudo que eu precisava no momento.
 - Você esta bem?. Ele perguntou com cuidado.
 Não estava nada bem, senti que havia perfurado uma ferida que já tinha sido cicatrizada muito tempo era horrível sentir essa dor novamente.
 - Eu só queria ir embora, não quero mais olhar para ele. Disse me recusando olhar por cima do ombro de Rodrigo.
 - Tudo bem. Concordoi Rodrigo.
 - Espere Vitoria. Escutei Augusto me chamar.
 Fechei os olhos com forças, tinha que ser forte. Rodrigo andou comigo sem dar ouvidos a Augusto.
 - Me perdoe. Escutei ele dizer com a voz trêmula.
 E o muro de aço que eu construí contra ele desabou quando ouvi essas duas palavras.

Olá Nutellas, como prometido segundo capítulo da semana. Espero que estejam gostando da história !! BjBella ❤  ... Até a prox. Capítul🍕

⚠SPOILER ⚠

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Estamos chegando nas parte quentes (segredos da historia) ...

A Garota Do Cabelo Azul - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora