A casa era tão bonita por dentro quando por fora. Rodrigo cozinhava escondidinho de frango, enquanto eu apenas ajudava cortando os legumes e lavando a louça.
Fiquei sentada na bancada apreciando a bela vista de Rodrigo cozinhando, quando terminou, percebeu que eu o pen observava, e veio em minha direção.
- Você não deveria me olhar assim. Censurou-me.
- Por quê?. Questionei, meus dedos brincavam com o botão abaixo da gola de sua camisa polo.
- Fico com vontade de torna-la minha. Respondeu lançando-me um olhar ardente.
- Estou feliz em saber que te deixo assim, com apenas um olhar. Provoquei.
- Você esta me provocando muito, quero fazer tudo na calma, mas você não está colaborando.
- Não sei o que esta acontecendo comigo. Confessei sem encará-lo.
- Ei linda. Ele segurou meu queixo para eu olha-li nos olhos. - Isso não é ruim, gosto de vê-la assim, se soltando mais, despreocupada.
- É esse o problema Rodrigo, essa não sou eu, não sou de ficar provocando e fazendo insinuações.
- É você sim Vitotia, a grande diferença de que não ha pressão de ser perfeita a toda hora... Você é humana, não precisa ser sempre a certinha, mostre seu outro lado também.
Sempre que me dizia isso, sentia-me mal, não queria ser perfeita nem certinha. Eu simplesmente era assim. Tinha que ser para agradar minha avó e acabou virando parte de mim, da minha personalidade.
- Eu quero mudar isso, nunca gostei de ser considerada santa por todos.
Rodrigo sorriu com ternura.
- É bom ouvir isso, não se preocupe mais com esse assunto seja você mesmo, sem medo, sei que consegue.
Abri um sorriso.
- Agora, vamos almoçar?.
- Sim, estou faminta.***********
Após o almoço me ofereci para lavar a louça novamente e Rodrigo as guardou agilizando do trabalho.
- Você quer ir à praia?. Perguntou Rodrigo após guardar a última louça.
- Sim. Respondi animada. Ele chegou às mãos.
- Temos que ir ao quarto colocar a roupa de banho.
Estava no banheiro em dúvida de qual biquíni escolher vermelho ou preto no fim escolhi o preto, me vesti rapidamente, não consegui amarrar o fio das costas sozinha tive que pedir ajuda.
Sai do banheiro Rodrigo me examinou por completo fazendo eu me sentir exposta e querer me cobrir com as mãos.
- Você tem um corpo magnífico. Elogio vindo em minha direção. Seu comentário me deixou mais envergonhada ainda.
- Você pode me ajudar a amarrar?. Pedi, virando de costas para ele.
- Claro.
Seus lábios tocaram meu ombro meu corpo respondeu instantaneamente com onda de tremores, Rodrigo terminou de amarrar e me virou de frente para ele. Fcamos nos encarando por alguns minutos em silêncio, seus olhos estavam vidrados nos meus.
- Pronta?. Perguntou por fim.
Assenti.********
Quando meus pés tocaram areia, fui invadida por uma boa sensação amava praia, areia, o vento, o som das águas era tranquilizante. Rodrigo estendeu a toalha na areia para sentarmos e fez questão de passar o protetor solar em meu corpo.
- Agora é minha vez. Disse quando acabou.
Ele me lançou um olhar divertido e me entregou protetor. O fiz deitar e comecei a passar protetor em seu abdômen ele me fitava com uma expressão séria, havia um pouco de tensão no ar.
- O que foi?. Perguntei.
- Você parece um anjo a luz do sol, com o vento balançando esses cabelos azuis. Comentou distante.
Sorri sem saber o que dizer, ele me puxou me obrigando a deitar ao seu lado e tomou meus lábios.
- Poderia ficar horas assim, só te beijando. Ele disse finalizando com um selinho.
De repente um sorriso de menino tomou conta do seu rosto, e antes que eu pudesse prever o que tramava ele se levantou, me erguendo do chão.
- Rodrigo, coloqui-me no chão. Gritei aos risos.
- Vou te dar uma chance de fugir, você tem dez segundos. Avisou, libertando-me. - Um... Dois..
Corri o mais rápido que pude, infelizmente Rodrigo é muito mais rápido que eu, joguei água nele para tentar escapar e não adiantou nada. Meu peito arfava com exercício inesperado. Não tinha mais capacidade de correr, joguei-me na areia e Rodrigo se juntou a mim.
Nós dois estávamos rindo incontrolavelmente.
- Preciso de uma respiração boca a boca. Brinquei, simulando uma falta de ar.
- Eu cuido disso, linda.
Em um segundo ele estava em cima de mim beijando-me loucamente. Suas mãos passaram pelo meu corpo me provocando e acendendo cada parte de mim, rodiei sua cintura com minhas pernas para ter uma maior aproximação. Mas não era o suficiente.
- Rodrigo. Implorei sem saber, esxstamente pelo quê.
- O que você quer, linda?. Perguntou. Sua boca estava em meu pescoço, dando leves mordiscadas.
- Quero você. Sussurrei.
- Você tem certeza?. Perguntou incerto.
- Sim, quero você agora. Respondi sem hesitar.
Rodrigo não esperou outra resposta e começou a tirar a parte de cima do meu biquíni, beijou cada centímetro do meu corpo, suas mãos foram descendo. Ele tirou rapidamente a parte de baixo.
- Você é tão linda, não deixa de me impressionar.
Suas mãos tocaram meu ponto sensível gemi em resposta e seus dedos hábeis começaram a massagear-me em movimentos circulares. Estava tão absorta que nem me importava o fato de estarmos no meio da praia e que ninguém poderia nos ver, nada importava.
Pela primeira vez esqueci o mundo ao meu redor, estava gostando muito disso.
- Vitotia, eu quero muito você, agora. Sua voz pedia uma confirmação.
- Eu quero nisso também, Rodrigo... Não me faça mais perguntas, apenas continue. Disse com a voz áspera.
Sem nenhum aviso os seus dedos penetraram em mim. Contorci-me com o incômodo. Seus olhos grudaram nos meus, nesse momento tão íntimo senti que ele podia ver meu interior. A intensidade de seu olhar me tirava o fôlego.
Ele beijou meus seios enquanto seus dedos entravam em um ritmo lento, em um movimento rápido tirou seu short. Feche os olhos, a dor era o que eu mais temia.
- Vitoria, quero que você olhe para mim. Disse Rodrigo. - Não desvie seus olhos. nem um segundo.
Assenti, mesmo sendo difícil encara-lo nesse momento.
Rodrigo me penetrou lentamente, mordi o lábio para não choramingar. Ele era grande, dentro de mim parecia maior ainda. Senti que estava sendo rasgada por dentro.
- Calma linda. Disse, acariciando meu rosto.
Após algumas investidas, a dor foi sumindo aos poucos, se transformando apenas em um incomodo. Suas estocados ficaram mais rápidas e intensas, uma onda de eletricidade correu por todo o meu corpo e me senti nas nuvens, uma sensação muito prazerosa.
Rodrigo se deitou em cima de mim repousando sua cabeça em meu peito, senti seus batimentos acelerados. Ficamos assim deitado no meio da praia, unidos como um só, as mãos dele acariciaram meu pescoço preguiçosamente, fechei os olhos apreciando a sensação.
- Você esta bem?. Perguntou atenciosamente.
- Estou ótima.
- Quer falar um pouco?.
- Quero mergulhar antes. Sentei-me.
Ele ficou de pé.
Meus olhos caíram para a toalha estaca manchada de sangue.
- Meu Deus!.
- Isso é normal, vitoria. Me tranquilizou.
- Eu sei, só não pensei que iria danguar tanto. Disse olhando para o que restou da minha virgindade. - Eu quero me vestir.
Finalmente havia notado que estava nua em uma praia.
- Estamos a sós aqui, ninguém pode nos ver... Vamos logo, a água deve estar ótima.
- Ok. Murmurei, ainda envergonhada.**********
Após vários mergulhos deitamos apreciando o pôr do sol, era uma vista linda, concerteza nunca me esqueceria desse dia tudo foi tão perfeito que tinha medo de acordar e ser apenas um sonho. Deitei minha cabeça no ombro de Rodrigo.
Desejava que esse dia não acabasse, não queria voltar para casa, me sentia mal só de pensar que daqui algumas horas teria que encarar minha avó, quando chegasse em casa ela certamente teria alguma reclamação a fazer, ou arrumaria um motivo para brigar.
Estava me sentindo tão bem com a calmaria, sem a pressão cotidiana, estava sendo eu mesma sem medo como Rodrigo havia dito. Era uma sensação ótima.
Antes que pudesse impedir meus pensamentos foram tomados por lembranças dolorosas, lembrei-me da última vez que vi minha mãe seu seus olhos lacrimejaram com a mistura de dor e tristeza quando tivemos que dizer adeus, aquela imagem cortava meu coração, era impossível não chorar quando me lembrava do jeito como ela se agarrou ao meu padrasto quando entrei na sala de embarque, quando nossos olhos se encontraram pela última vez, e seu rosto foi tomado pelas lágrimas.
Uma lágrima rolou em meu rosto e limpei rapidamente, não queria que Rodrigo notasse que eu chorava. Um nó se formou em minha garganta com meu esforço em engolir o choro.
Tentei pensar em coisas felizes mas a onda de melancolia já havia me atingido, não me ajudou muito lembrar que Rodrigo não sabia que no fim do ano não estaria mais aqui, esconder isso dele tava me matando por dentro, não era justo com ele.
Um soluço escapou de minha garganta e me odiei por isso, estava estragando o dia com meus dramas, detestava ser tão fraca. Rodrigo me olhou, esconde meu rosto com as mãos enquanto tentava abafar meus soluços.
- Vitoria, o que foi?. Ele perguntou.
Eu só balancei a cabeça negativamente, tinha que me controlar e engolir o choro.
- Não esconda seu rosto de mim. Ele repreendeu tirando minhas mãos do meu rosto e me forçando a olha-lo.
- Desculpe. Disse fungando.
- O que ha de errado? Eu fiz alguma coisa?. Rodrigo estava ficando apreensivo.
- Não, é que eu... Não sabia o que dizer, queria muito falar tudo que eu estava sentindo mas não conseguia. Não era fácil organizar meus sentimentos para expressá-los. - Foi um dia perfeito Rodrigo, estou muito feliz.
Ele me examinou com o cenho franzido.
- Se foi um dia perfeito, porque esta chorando desse jeito?.
- Eu sou uma boba, não ligue para isso... Só estou emocionada. Forcei um sorriso. - Já passou.
Enxuguei meus olhos com as mãos.
- Você não está arrependida...
- Não. O interrompi. - Não estou nem um pouco arrependido.
- Vem cá. Disse Rodrigo abrindo os braços.
Aconcheguei-me nele e ficamos em silêncio até eu adormecer.**********
- Vitoria. Escutei a voz suave de Rodrigo. - Precisamos ir.
- Hnn. Murmurei sem me mover.
- Vamos linda, já esta na hora de ir.
Abri os olhos, estava no quarto de Rodrigo.
- Como vim parar aqui?. Perguntei coçando os olhos.
- Você dormiu no meu colo e a carreguei ate a cama, você nem acordou, estava esxausta. Disse Rodrigo beija do meu ombro.
- Que horas são?.
- Sete horas da noite.
- Nossa. Pulei da cama. - Está tarde, preciso voltar para casa! Minha avó vai me matar.
- Calma, falei com Dyonathan, você precisa chegar em casa as onze... Mas precisamos ir agora, ainda vamos janter fora.
- Onde?. Perguntei.
- Você vai saber.
Comecei a andar ate o banheiro e senti uma dor entre as pernas.
- O que foi?. Rodrigo perguntou me olha do atentamente.
- Esta doendo. Disse pensando que fosse entender.
- Onde?.
Revirei os olhos.
- Entre as minhas pernas.
- Ah... Isso é normal, vai ficar dolorido por uns dois dias.
Franzi o cenho.
- Você é algum tipo de especialista nesse assunto?. Ele riu.
- Não, Vitoria.
Estava prestes a questionar quando uma coisa me veio a mente, não usamos camisinha. Engoli em seco. Rodrigo notou minha expressão.
- O que foi?.
- Não usamos camisinha. Disse com a voz trêmula.
- Eu sei disso, posso provar que sou limpo de qualquer doença. Ele disse abrindo uma gaveta do criado mudo e pegando papeis de exames.
- Não é só isso. Rodrigo... Eu não uso pílula. O lembrei, estava me sentindo uma irresponsável.
- Não se preocupe. Disse vindo em minha direção. - Eu não faria uma coisa dessas a você.
Ele colocou em minha mão uma cartela de comprimidos.
- Você tem que tomar amanhã.
- Isso não tem chance de não funcionar, não é?. Questionou receosa.
- Não, é completamente eficaz, não a risco algum de gravidez indesejada.
Suspirei aliviada, uma coisa a menos para me preocupar.
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A Garota Do Cabelo Azul - Concluído
RomanceA vida é uma caixinha de surpresas, e de repente sem pretexto nenhum ela muda, mais muda mesmo. Muda de um jeito avassalador e conturbado.Vitoria é uma garota que sempre temia essa coisa de relacionamento... Isso ate conhecer Rodrigo, que roubou seu...