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Aquele almoço tinha sido um fiasco e ao mesmo tempo necessário. Chenle chorou, pediu perdão, praticamente se humilhou e foi censurado pelo senhor Park com um discurso sobre honra e orgulho. Mesmo assim, Chenle choramingou o almoço inteiro e não se cansava de se desculpar.

Além disso, a mãe de Mark ainda estava receosa em relação ao chinês. Havia agido por impulso, e ela repudiava todo o ato que viera por coisas momentâneas. Estava irritadiça, mas era compreensível o lado do garoto. Agradecia por não ter sido nada grave, mas o seu coração de mãe doía ao ver o seu filho fazer tantas expressões sofridas por pequenas ações comuns.

Fora resolvido que os dois voltariam ao parque para concluírem as férias, e que aquilo tenha sido uma ação que Chenle cem por cento se arrependia. Mark não planou ressentimentos, ele conseguia compreender um pouco. Fora errado, sim, mas ele não pôde resistir ao beijo de Jisung. De todo modo, tudo estava esclarecido no final e tudo acabaria bem. As duas famílias já tinham se entendido, e Mark não quis deixar de ser amigo de ChenLe. Por mais que Chenle se sentisse culpado — pois ele realmente pensava ser —, não sabia se era merecedor da amizade dele.

— Não vamos dar certo — fora o que Park Jisung lhe disse, quando o almoço já tinha terminado e todos estavam conversando na sala de estar sobre coisas banais — Sinto muito.

— Eu sei disso, sei. — Chenle concordou com a cabeça, e deu um gole no seu refrigerante — Acho que sabíamos desde o início.

— Talvez — Jisung deu de ombros — Ainda possamos ser bons amigos.

Chenle concordou com a cabeça.

— Eu gosto muito, muito, muito de você. Eu pensei que fosse... Algo mais, por isso me imaginei fazendo coisas de namorados com você. Como, por exemplo, te beijar. Mas eu... Eu me sentia desconfortável com isso, acho que esse foi um motivo que não me fez concretizar. — Jisung continuou — Eu te amo, e sinto muito pelo o que aconteceu.

Então o abraçou.

— Você deve apoiar Mark — ele sussurrou, quando Jisung se afastou.

— Eu fui o culpado. Se eu não tivesse...

— Jisung, para de fazer isso! Não foi você quem jogou uma maçaneta na cabeça de Mark Lee! — Chenle apontou para o canadense que estava com a cabeça apoiada no ombro da mãe que, por sua vez, estava numa conversa animada com o senhor Park e o pai de Mark.

— Estamos bem, então? Digo... Nós três...? — Jisung perguntou.

Chenle sorriu.

— Com certeza — e tocou o seu ombro esquerdo, sacudindo-o um pouco, amigavelmente.



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Tudo indica que restam
dois capítulos para o final

We Young || Chensung + MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora