We Young || Chensung + Marksung

#42

Quando Mark abriu os olhos, surpreendeu-se com o que viu. Pensou ter sido sequestrado, mas se assim fosse, poderia chamá-lo de "O Sequestro do Amor." Olhando ao redor, ele notou que estava num quarto bem decorado e mobiliado. Numa moldura, uma fotografia de Jisung na praia, com uma flor próxima aos lábios. Estava divino. Ele é divino.

"Tu não és para mim senão uma pessoa inteiramente igual a cem mil outras pessoas. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...", Jisung estava lendo um trecho de O Pequeno Príncipe para o mais velho.

Mark não havia notado a sua presença antes de escutá-lo, e virou-se para o lado. O garoto estava sentado ao seu lado, com o livro aberto em seu colo e lendo-o sem parar.

— Jisung? — Mark se mexeu na cama, e sentiu seus músculos gritarem em advertência. Ele estava quebrado.

— Mark! Você acordou! — Jisung deixou o livro de lado e se virou-se na direção dele — Como está?

— Eu estou no céu? — perguntou, sentando-se e ignorando as dores.

— Não — Jisung inclinou um pouco a sua cabeça para baixo e riu.

— Eu pensei que sim, já que estou vendo um anjo... — Mark falou, e até ele se perguntou o quão grave havia sido aquela pancada com a maçaneta. Estava parecendo o Renjun.

Jisung não parava de rir.

— Está com fome? Aqui temos muito mais variedades do que o parque — contou Jisung, tirando o cobertor de Mark — Quer ajuda para se levantar?

— Não, eu estou bem — Mark se levantou, e sentiu dor até onde não deveria. — Aqui é a sua casa? Por que eu estou aqui?

— Você meio que desmaiou nos braços do segurança. Acho que foi de pânico, pelo o que eu me lembro. Então eu pedi para te trazerem aqui, logo depois que o médico te examinou.

— E eu estou bem?

— Isso é você quem diz. Sua cabeça dói? — Jisung ajeitou o cabelo desgrenhado de Mark.

— Sim... Ah... Que inferno! Chenle é realmente forte! — Mark caminhou até a moldura com a foto de Jisung — Você está muito bonito aqui.

— Ah, eu... Também sou modelo — falou baixinho.

— Você me surpreende cada vez mais — Mark sorriu — Ah... Sim, eu estou com fome.

Jisung segurou-o pelo braço e sorriu.

— Depois podemos fazer um tour por aqui — dizia, guiando-o para fora do quarto e andando pelo longo e gordo corredor.

— Isso daqui é uma mansão, por acaso? É muito grande! — Mark se surpreendeu com cada canto requintado do lugar — Incrível!

— A cozinha é por ali — Jisung o guiava até o cômodo, e Mark logo fora recebido por o que parecia se tratar de uma ceia na mesa.

Seu queixo veio ao chão. Nunca havia visto tanta comida num único lugar antes. Havia até comida que ele nunca havia comido em sua vida, e aquilo até o surpreendeu. Se fosse para comer tudo aquilo, provavelmente acabaria sendo confundido com a grávida de Taubaté; o que não era nada legal.

— Por que tanta comida? — ele se surpreendeu.

Jisung olhou para a comida e depois para Mark.

— Ué, vamos comer! — ele puxou uma tigela para perto — Vamos! Daqui a pouco o médico e toda a família vem!

— Mas eu estou bem... Não está doendo muito — Mark pegou um par de hashi.