We Young || Chensung + Marksung

#48

Era óbvio que ninguém, senão Jisung, sabia jogar tênis. Mesmo assim estavam todos tentando, principalmente por conta daquele ar competitivo que pairava a quadra. Chenle acertou a bola duas vezes na cabeça de Renjun, porém culpa ele não tinha por não saber nada daquele esporte. Jisung quis ajudar, mas sua gritaria sobre ser um ótimo jogador e apenas estar nervoso sobressaiu à voz do menino de madeixas azuis.

Cansados, porém felizes, jogaram-se ao chão e passaram a contemplar o pôr-do-sol ali mesmo. Recordaram-se de todos os feitios do verão, tanto os bons quantos os julgados ruins. Mas tinham certeza de que no ano seguinte estariam rindo da maçaneta jogada na cabeça de Mark, das fugidinhas de Haechan para beijar na boca e na relação incrível do Huang e o Lee.

O suor lambia os corpos jovens e verdes, provavelmente no ano posterior estariam falando sobre faculdades e beberiam bebidas alcoólicas escondidos dos monitores. Mas eles ainda seriam eles e, ainda que aparecesse alguma pequena confusão a atrapalhá-los, ainda amariam uns aos outros.

— Ei, vocês vão mesmo ficar aqui? Todos estão indo embora. Seus pais devem estar procurando vocês! — um menino apareceu para avisá-los.

Eles não tinham pressa. Olharam-se uma única vez daquele jeito e sorriram uma única vez para guardarem aquele verão no fundo do coração. Levantaram-se aturdidos, o sol ainda estava indo embora e seu brilho alaranjado afagava os corpos dos próximos calouros da vida adulta. Eles andaram e tropeçaram nos próprios cadarço enquanto procuravam seus pais.

— Espera — Chenle parou frente à uma piscina — Haechan e eu fomos os primeiros a pular. Mas por que todos nós não podemos ser os últimos?

— Você inventa cada coisa... — Haechan tirou o tênis do pé e a camisa do corpo.

— Minha mãe vai me beijar com um cinto se eu aparecer molhado — Renjun cruzou os braços e assim ficou.

— Você não ficou puto porque queria ser o primeiro? Agora vai ser o último! — Mark empurrou-o para dentro da piscina e todos riram com o desespero de um chinês puto da vida dentro da água.

— Ei! O que vocês estão fazendo aí? Deveriam ir embora! Não entrem na piscina — um monitor gritou do outro lado da piscina, vinda na direção dos seis com uma determinação escancarada de fazê-los desistir.

— Vocês ouviram, né? Entrem na piscina! — JaeNo gritou e empurrou os outros meninos para dentro.

Não ligavam se fossem receber uma reclamação ou expulsos da piscina. Eram quentes e inconstantes. Ninguém podia pará-los.