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Os meninos estavam ensopados quando foram à procura dos seus pais. Jisung ia ficar por lá, mas os outros iriam embora logo e nisso estavam enrolando a procura para ficarem mais um tempo uns com os outros.

— Poxa, eu estou todo dolorido — Renjun reclamava.

— Venha que eu cuido de você — Lee Jeno puxou o namorado e passou a fazer uma massagem nas suas costas enquanto andavam entre as últimas pessoas.

— Haechan, aquele não é o seu bofe? — Chenle apontou para um menino bonito que tirava fotos perto de uma barraca de tiro ao alvo. Era o garoto o qual Haechan pegou o verão todo.

— Ah — Donghyuck corou de vergonha e se aproximou do tal rapaz. — Eu ainda não apresentei vocês. Esse é Na...

— Donghyuck! Donghyuck, onde você estava? — a mãe do rapaz de fios vermelhos apareceu, não tocando-se que interrompera a maior revelação daquele verão.

O suposto namorado de Haechan despediu-se rapidamente de todos e, com uma piscadela discreta ao Lee Hyuck, saiu a passos longos e precisos dali. Enquanto isso, Haechan ia apresentando os amigos aos seus pais.

— Porra, perdemos a oportunidade do século! — Renjun resmungou baixinho para Jeno e cruzou os braços, com a cara amarrada.

Mark afastou-se um pouco do grupo para tentar ganhar algo naquele joguinho de tiro ao alvo. Ele não era tão bom, porém poderia ser inúmeras vezes pior. Tentou, tentou e tentou. Prometeu a si mesmo que, ainda que ficasse zerado financeiramente, iria conseguir um ursinho daquele para o seu garoto favorito — embora fossem amigos.

— Oh, hyung, o que está fazendo aí? — a figura bem vestida de azul aproximou-se dele. Mark amava aquele cabelinho azul molhado e aquela franjinha teimosa jogada sobre os olhos dele.

— Estou tentando ganhar essa porcaria — fez beicinho quando errou o último alvo e já estava tirando mais dinheiro do bolso quando Jisung fora mais rápido que ele a pagar o moço.

Chenle estava se despedindo de Haechan e, depois que o Dong foi dar um último abraço no canadense e no burguesinho de cabelo azul, foi que o chinês percebeu a proximidade de ambos naquele momento.

— Me passa seu zap & code pra eu te chamar no zap efron — Zhong escutou vindo de Mark, o qual erguia um papel para o outro escrever.

— Ok, mas só se eu tentar acertar os alvos — Jisung respondeu, rindo.

Mark conseguiu que o mais novo escrevesse o número e, enquanto o Park acertava incrivelmente todos os alvos, ele ia admirando a letrinha dele no papel e guardando no bolso com muito carinho e proteção.

Ao contrário do canadense, Jisung Park era imensamente bom naquele jogo. Sua mira era boa, ele conseguiu treiná-la bastante nos últimos anos naquele lugar. Mas aquele ano tinha sido o melhor dos melhores.

— É só você não entrar em desespero — ergueu o ursinho para o mais velho e entregou-o.

Mark abraçou o brinquedo, feliz da vida, e inclinou-se para deixar um beijo grudento na bochechinha rosada do mais novo. Chenle virou o rosto para não ver, uma vez que ainda doía aquilo tudo entre os dois. Não é como se um almoço e um acerto de contas tivesse remendado todo o seu coração. Às vezes ele rezava para deixar de gostar do coreano Park, mas ele tinha sido um menino levado e talvez Papai do Céu não quisesse ajudá-lo.

— Hyungs, vamos tirar uma foto! — puxou Renjun e Jeno para uma selca e fizera uma sessão destas para preencher seu Instagram e Weibo.

— Espera — Renjun impediu que Chenle continuasse os clicks na câmera do celular. — Ô, pavão e burro! Venham tirar foto, trogloditas!

Jisung saltitou para próximo dos meninos e abraçou Chenle para tirar as tais fotos. O chinês gostou daquilo, mas o fato de ter gostado deixava-o incomodado. Mesmo assim fez uma expressão fofa e... Click! Aquele verão estava salvo para sempre. 

We Young || Chensung + MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora