VIDA DE ESPORTISTA 2

66º CAPÍTULO

POV Vero

Quando recebi a informação de que minha esposa havia solicitado uma ambulância por estar com dores, senti como se tivesse pedido o chão. Lucy é a pessoa mais importante da minha vida e agora minha filha também era. Precisava ir até elas e garantir que nada de mais acontecesse. Larguei tudo no meu consultório e voei até em casa. Pouco me importei com as multas de excesso de velocidade e ultrapassem de sinais vermelhos. Para mim o mais importante era Lucy e Amber, meu dois amores. Assim que virei a esquina, vi a ambulância parada em frente ao meu prédio. Senti meu coração bater acelerado. (Por favor, que nada de mais tenha acontecido). Camila conversava com Brian e parecia desesperada. Em minha cabeça passava diversas hipóteses
para as dores de Lucy, mas procurei não me fixar em nenhuma delas.

Brian e os paramédicos entraram no prédio e Camila ficou conversando com Ariana. (Preciso ver Lucy). Freei o carro e desci chamando atenção por estar completamente desordenada e desesperada. Camila e Ariana olharam para mim, mas preferi não parar. Naquele momento a única pessoa que eu queria ver, era Lucy. Continuei meu caminho em direção a minha esposa sem me importar com os chamados. Sabia que Lucy e Amber precisavam de mim e eu não iria falhar. Entrei no meu apartamento e encontrei Brian ajudando Lucy. Ela gritava e chorava de dor. Naquele segundo me senti impotente. Engoli a seco e fui até ela.

Brian: Lucy, eu preciso que me conte exatamente o que aconteceu? – pediu ajoelhando-se ao lado dela no sofá.

Lucy: e-eu estavaaaaaaaaaaa... – gritou e eu senti meu coração saltar no peito.

Brian: calma! Fique calma. Nós iremos te ajudar. – olhou para seu colega. Os dois pareciam conversar através do olhar e aquilo me intrigou.

Vero: o que e-está acontecendo? Ela está bem? – Brian olhou para mim e suspirou aliviado. – Amor? Vai ficar tudo bem. – disse tentando passar segurança para ela, porém eu não estava acreditando nas minhas palavras e aquilo me desesperava ainda mais.

Brian: precisamos levá-la para o hospital, Verônica. – olhei para ele que parecia tenso. – Ela está dando a luz e sinto em informar, mas parece que será um parto de risco. – arregalei os olhos ao ouvir aquilo. Olhei para Lucy que se contorcia de dor. – Vamos! – fui afastada da minha esposa e logo eles começaram a prepará-la para levá-la para a ambulância. (Parto de risco? Como assim? Não! Não é possível).

A maca com Lucy passou por mim e Brian colocou a mão no meu ombro. Seus olhos me passavam conforto. Funguei e limpei as lágrimas que escorreram sem que eu percebesse. Brian colocou a maca dentro da ambulância e olhou para mim. Camila e Ariana me olharam. Respirei fundo e entrei na ambulância. Naquele momento eu não poderia me desesperar. Precisava dar a segurança que Lucy precisava.

Camila: nós iremos te encontrar lá. – disse e eu assenti. A porta se fechou e meus olhos voaram para Lucy que se contorcia de dor.

Vero: amor? – chamei e mesmo com o rosto contorcido em dor, ela me olhou. – Vai ficar tudo bem. Eu prometo! – disse e segurei sua mão. (Eu espero mesmo que fique). Ela tentou sorrir, mas logo voltou a gritar.

Chegamos ao hospital em poucos minutos. Os paramédicos desceram com Lucy e correram para a urgência. Nem mesmo me importei com os chamados e segui acompanhando minha esposa. Brian encontrou Alexandra e disse a ela que precisava de um obstetra urgente.

Vero: não! L-Lauren. Lauren é a obstetra dela. V-vou lig... – senti uma mão no meu ombro e olhei para trás. Camila engoliu a seco e abaixou a cabeça. – Camila, onde está a Lauren? – perguntei desesperada.

Camila: Lauren viajou. – murmurou baixinho. Arregalei os olhos e olhei para Alexandra. – Vero? Vero? Verônica, existem outros médicos aqui que irão ajudar a Lucy. – disse. Neguei com a cabeça e comecei a dar voltas. – Vero? Lucy não pode esperar você pensar. – disse atraindo minha atenção.