73º CAPÍTULO

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POV Camila

Clara: tem certeza querida. Eu posso ir com você. – neguei pela quarta vez.

Depois do passeio na praia com os gêmeos e o almoço com Nina e Spencer, eu havia voltado para casa a fim de descansar um pouco. Os gêmeos apagaram durante o caminho de volta do restaurante para casa. Minha mãe e meu pai resolveram sair para um programa de casal enquanto Clara e Mike ficaram em casa me fazendo companhia. Naquele momento eu insistia com Clara de que iria dar uma volta pelo quarteirão.

Camila: será apenas uma volta, Clara. Não se preocupe. Não irei me perder. – comentei divertida fazendo minha sogra rir.

Lauren, Chris e Brendon cismaram de querer andar de moto. Fiquei irritada com Lauren por ela ter alugado aquela porcaria, mas ela soube me dobrar e aceitar que era só por uma semana. Eu esperava mesmo que fosse. Já fazia algumas horas que eles estavam por ai andando naquelas máquinas mortíferas e eu não havia recebido nenhuma noticia. Não sabia se era uma coisa boa ou ruim. Preferi me iludir e achar que era uma coisa boa.

Clara: tudo bem, querida. Qualquer coisa me ligue. Vou correndo atrás de você. – abri um sorriso agradecido e peguei meu celular.
Camila: até logo. – fui até meu sogro que lia o jornal da manhã e bebia um delicioso vinho tinto.

Mike: divirta-se. – sorriu e eu assenti. Me encaminhei para fora da casa pensando onde e o que Lauren poderia estar fazendo.

O clima em Miami estava mais do que agradável. Estava quente, mas o tempo não estava seco. Dei uma volta completa pelo quarteirão do bairro onde Mike ainda mantinha a casa. Era um bairro de classe alta, assim como o que ele morava em Manhattan. (Por que é que ele tem que esbanjar tanto?). Olhei para o lado e vi um banco. Alternei o olhar de um lado ao outro e caminhei lentamente até lá. Iria curtir um pouquinho a tranquilidade do lugar a brisa. Estava em êxtase por estar em Miami. Tanto tempo longe da cidade e eu ainda me recordava das manhãs de preguiça. Tendo que ser praticamente derrubada da cama para ir à aula.
As memórias dos dias que cresci em Miami voltaram a minha cabeça e eu me permitir curtir. Era bom relembrar as coisas boas. As ruins eu simplesmente passava. Simples e fácil.

Era como pular uma música chata no meu playlist favorito. Em meio as minhas lembranças, algo externo me tirou a concentração. Franzi o cenho e apalpei o bolso posterior da minha calça. Meu celular berrava e pela maneira que tocava, devia ser algo importante. Arqueei as sobrancelhas quando vi o nome e a foto de Taylor. (Ué? Achei que ela estivesse com Lauren e os meninos). Arrastei a tela e nem tive tempo de dizer alô. A voz desesperada dela fez meu coração chegar a garganta.

Taytay: Lauren sofreu um acidente, Mila. Lauren sofreu um acidente. N-nós estamos indo p-para o hospital. Corre para lá. A-avisa a mama. – nem tive tempo de dizer nada. Senti meu coração para por alguns segundo e quando vi já estava correndo pelo quarteirão com o celular na mão.

Assim que entrei em casa, corri para o quarto
pegando os documentos de Lauren e o meu. No andar de baixo, Clara e Mike pareciam desesperados. (Acho que alguém já os avisou). Olhei para os meus filhos adormecidos na cama e ponderei a ideia de levá-los. (Melhor não. Hospital não é lugar para crianças). Balancei a cabeça e sai do quarto.

Mike: como isso aconteceu? Taylor, filha, por favor, se acalme. Respira e me conta exatamente como aconteceu. – ele andava de um lado para o outro com o celular na orelha.

Clara: Camila! – olhei para minha sogra que estava em prantos. – V-você já sabe? – assenti e me encaminhei para a porta. – Espera! V-vou com você. – abri a porta e a esperei pegar sua bolsa. – Michael? – meu sogro olhou para Clara com uma expressão de desespero. – Espere Sinu chegar e depois v-vai para o hospital. Os g-gêmeos não p-podem ficar sozinhos. – Mike assentiu e Clara correu até mim. – Vamos! – abriu mais a porta e nós saímos.

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