°^Capítulo Trinta e Quatro^°

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Lucas.

Um mês se passou, rápido, eu sei, e este foi um mês tão corrido que mal consegui ficar com Rebeca.

Ela atolada pelo trabalho e eu pela presidência. Meu pai está cumprindo apenas um tipo de "aviso prévio", então assumo a empresa no fim do mês.

Porém hoje, é um dia de descanso. Estamos a caminho da fazenda, com Rebeca no bando do passageiro, seguimos viagem.

-Estava pensando...-Ela começa a dizer. -Estou com fome e tem alguns restaurantes nesta estrada, sabe?
Sorrio.

-O que quer comer?

-Hamburguer. -Responde me fazendo rir.

Paramos, comemos o tão requisitado hamburguer. E voltamos ao carro.

Minha namorada, está vestindo um short e uma blusa roxa, enquanto estou com uma bermuda e uma camisa branca, afinal a fazenda fica no interior de São Paulo, e lá costuma ser muito quente.

Demoramos cerca de uma hora até chegarmos, retiramos as malas do carro e as colocamos em nossos quartos.

Antônia está conversando com minha tia animadamente, algo me diz que era sobre o casal vinte que veio junto, que aliás ainda não encontrei. Caminho em direção a varanda, uma brisa suave colide contra minha pele, ah, essa brisa do campo tão distinto da capital.

-Estava te procurando. -A voz de Rebeca faz com que me vire. Ela fecha a porta que dá acesso a varanda atrás de si.

-Não precisa procurar algo que já te pertence. -Respondo pousando minhas mãos em sua cintura. Seu olhar está preso ao meu, enquanto um sorriso toma seus lábios.

-Assim me sinto lisonjeada, senhor Lucas.

-Devia mesmo, pois sou um ótimo partido. -Respondo lhe fazendo rir.

Selo a distância entre nossos lábios. Passando lentamente minha intensidade á ela.

Nos distanciamos, pois seu celular começou a tocar. Ela o atende, Sônia está do outro lado da linha, ela teve de viajar a trabalho, porém como toda mãe liga pelo menos três vezes ao dia para verificar de que tudo está bem.

Atualizo minha caixa de e-mails enquanto Rebeca conversa com a mãe, assim que termina puxo-a contra mim, que tem um olhar reprovador. 

-Pare. -Pede enquanto tenta, sem sucesso, sair de meu abraço.

-Um beijo e eu paro. -Respondo apertando-a ainda mais.

Um sorriso um tanto incrédulo surge em seus lábios,  interrompo a distância selando nossos lábios. E, claro, já que não poderei beijá-la no memento em que desejar, vou fazye-la se lembrar o porque deveríamos ter assumido nosso relacionamento quando tivemos a chance. Quando nos desvinculamos, ambos estamos ofegantes.

-Melhor entrarmos. -Ela pondera sem se afastar.

-Tem razão.

Adentramos logo avistando Miranda e Gabriel, provavelmente chegaram depois de nós. O dia passou rapidamente, almoçamos, assistimos pela milesima vez " simplesmente acontece", tomamos café da tarde, quer dizer, pelo menos eu tomei, agora se os outros seres humanos que estão nessa casa também tomaram é outra história. E para fechar a noite com chave de ouro jantamos e montamos um fogueira.

Foi uma boa noite, na verdade conseguiu tirar o foco de meus pensamentos na empresa, algo que não ocorria a muito tempo. Desde que soube que assumiria fiquei nervoso, isto é difícil, você sabe que é uma responsabilidade imensa, porém conforme o tempo vai se abreviando a realidade vai chegando e sua mente é bombardeada por possíveis acontecimentos. E espairecer é bom, é relaxante.

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A claridade invadiu o quarto me forçando a abrir os olhos, por que dormi com a cortina aberta? Ótima pergunta.  Procuro meu celular o encontrando perdido entre as cobertas. São nove horas, poderia dormir mais. Quero dormir mais, entretanto, se  voltar a dormir minha tia ou Antônia me acordará cinco minutos depois, logo, a melhor solução é levantar de uma vez.

Tomo uma ducha rápida, e visto uma bermuda e uma camisa. Assim que pronto desço as escadas em direção a cozinha encontrando Gabriel na cozinha preparando algo.

-O que está fazendo? -Pergunto.

-Procurando os ovos.

-Vou te ajudar, pois estou com uma fome. -Respondo enquanto o ajudo.

Olho pela janela vendo Rebeca conversar com alguém no telefone, ela parece um tanto tensa, provavelmente é trabalho.

Após tudo pronto, ela adentra e se junta a nós.  Quando tudo está pronto e a mesa está posta, todos nos sentamos. Minha namorada está tensa, alheia a toda situação. E isso me faz pensar: O que fiz de errado? Espero que nada de muito grave. Onde mesmo se compra buquês de flores na capital, só por precaução? O café termina, meus primos foram cavalgar, pelo menos eu acho, enquanto Rebeca praticamente correu para seu quarto. A segui.

Assim que adentrei fechei a porta atrás de mim. Ela está sentada com o rosto escondido pelas maos, sabe que estou aqui. Aos poucos suas costas se tornam trêmulas, e seus soluços ecoam pelo quarto. Apresso-me em abraçá-la.

-Bê. -Chamo-a. Porém seu choro contínuo ecoa pelo ambiente. Afago suas costas na tentativa de acalmá-la, de tranquilizá-la. Entretanto me corrói não saber o que está havendo. Aos poucos sua respiração vai se normalizando, e seus soluços começam a diminuir. -Meu amor, me diga o que está havendo, por favor.

Ela desvincula-se de meu abraço. Me fita com os olhos vermelhos, e inchados.

-Amor, por favor, me diz.-Suplico.

-Meu pai.

-Como assim, seu pai? -Pergunto, confuso.

-Era ele no telefone mais cedo.

-Bê, você nao conheceu seu pai, como isso pode acontecer?

-Ele me ligou, me ligou, Lucca! Depois de todos esses anos!!

-Meu amor, fiquei calma. -Respondo abraçando-a. Sinto seu corpo voltar a tremer, e seus soluços voltarem a ecoar pelo ambiente do quarto.
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Oiii meus amores!!!

Queria ter postado mais cedo, poreeeeeeeem, hoje (ontem) foi um dia corrido, semana de provas na faculdade então me perdoem!!

Espero que tenham gostado!!

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Amo vocês, até sexta ❤️




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