Epilogo.

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Rebeca.

Seis meses depois.

-Rebeca! -A voz de Miranda me trouxe novamente a tona, estava perdida entre meus devaneios... Entre minhas lembranças, meus projetos, expectativa que rodeava meu coração para este dia. Como desejava vê-lo, apenas vê-lo, e declarar publicamente que serei sua pelo resto dos meus dias.

-Sim? -Pergunto fitando-a.

-O maquiador não consegue te maquiar se você não se sentar na cadeira, querida. -Responde.

-Desculpe. -Dito isso sento-me. O moço que aparenta ter trinta anos me fita sorrindo.

Estamos em um salão de beleza, daqui quatro horas encontrarei Lucas no altar, isso faz meu estômago revirar devido a ansiedade.

Passamos por tantas coisas que apenas o pensamento de passar o restante de nossas vidas juntos me aquece, me alegra.

Demora uma hora até o maquiador terminar, assim que abro meus olhos, me fito no espelho, acho que nunca me senti tão bonita. Por mais que considere ter uma boa auto estima nunca havia me visto desta maneira, um esfumado marcante, toma meus olhos, um batom vermelho destaca meus lábios.

-Gostou? -O maquiador pergunta.

-O que? Eu amei! -Responde vendo-o sorrir.

Assim que ele finaliza, saímos do salão em direção ao local onde ocorrerá o casório, o trânsito parecia cooperar conosco. Quando chegamos fomos direcionadas ao local onde poderíamos terminar de nos arrumar, afinal ainda falta o vestido, o sapato, apenas o cabelo e maquiagem estão prontos.

Adentramos à espécie de quarto separada, vejo meu vestido pendurado. Sorrio, é inevitável impedir o sorriso. Os vestidos das madrinhas também estão aqui, todos são da mesma cor. Vinho, rendado no corpete e mais solto no cumprimento.

Com o auxílio de minha mãe consigo colocar o vestido.

-Você está linda, minha filha. -Diz com os olhos marejados.

Viro-me para me fitar. Quando vi este vestido sabia que  era o certo, porém vendo-o agora posso ter a certeza absoluta. Dono tem um decote em "v" justo até cintura marcando-a bem, e seu caimento vai se abrindo a medida do seu cumprimento, é decorado com variadas flores que tomam a parte do corpete e vão se esvaindo a medida que o vestido vai se abrindo em seu comprimento, é deslumbrante. Lindo.

Há um decote nas costas também, nada vulgar, entretanto é tão belo que faz um sorriso surgir em meus lábios sem necessitar de esforço nenhum. 

Meu penteado se assemelha a uma cascata caindo do lado direito  do meu ombro, tão delicado. Sorrio ao ver meu reflexo.

-Pronta? -Ouço a voz do pai de Miranda ecoar pela sala. Viro-me para fitá-lo.

Assinto com a cabeça.

-Você está linda. -Elogiá-me se aproximando.

-Obrigada, tio.

Vejo minha mãe sorrir.

-Vou junto com as madrinhas. -Ela diz sorrindo.

A sala fica vazia, restando apenas eu e meu tio.

-Lucas está quase tendo um treco. -Ele diz me fazendo sorrir. -Ele te ama muito.

-Eu também o amo, tanto que me assusta. -Respondo fazendo-o sorrir.

-Desejo os melhores dias á vocês. -Diz beijando o topo de minha cabeça. -Vamos, minha menina, vamos te casar. -Diz me fazendo sorrir, ele me entrega o buque, que tem variados tons de rosas vermelhas.

Simples CoincidênciasOnde histórias criam vida. Descubra agora