°^ Capítulo Dez ^°

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Lucas.

A sala está lotada, típico de dias de apresentações, graças aos céus minha apresentação havia sido adiada, tudo bem que descobri isso hoje no segundo período, entretanto isso ainda é um alívio.
-Então você está gostando de direito?-Estella, que está em meu grupo, me pergunta desviando a minha atenção para ela.
-Como?-Pergunto um tanto confuso.
-Você está saindo com a ala de direito... Particularmente prefiro o prédio de medicina, mas gosto é gosto.
-Mas você procura homens. -Digo enquanto rio.
-Sim, mas se os homens são bonitos existe uma grande porcentagem de chances delas também serem...-Diz sorrindo.
-Não, preciso terminar com o prédio de arquitetura primeiro, depois mudo de prédio. -Respondo sorrindo.
-Então nunca sairá desse prédio, querido.
-Quem sabe o dia em que sair seja casado com você...-Digo, fazendo-a rir.
-Querido, o dia em que você se casar eu ficarei realmente preocupada... Até lá a gente vai indo. -Diz me fazendo rir.

Ela é realmente uma das únicas que confio, e que sei que não rolará nada entre nós. Desde que comecei a faculdade estamos nessa amizade.

-Ah, Lucas, mas pensando pelo lado positivo se tiver que se amarrar alguém, se amarre a mim. Seríamos um dupla perfeita!

-Tá, vou me lembrar disso antes de finalizar este prédio.

-Idiota. -Ela me dá um leve soco em minha costela antes de deitar a cabeça em meu ombro.

As apresentações seguiram tranquilamente, tudo em ordem.
No final das apresentações Estella junto ao restante do meu grupo combinaram de comerem algo e como estava com fome, juntei o útil ao agradável.

-Acho justo comermos um japa. -Diz Estella ao meu lado, ela irá comigo na moto.

-É, concordo, comida japonesa é uma ótima opção. -Digo piscando pra ela que sorri vitoriosa.

No fim, todos concordam. Nosso grupo é o único que é composto por apenas uma mulher, a corajosa Estella.

Subo na moto entregando o outro capacete a ela que logo sobre junto a mim.

Ela se segura em mim assim que arranco com a moto.

Demoramos cerca de meia hora até chegar ao restaurante que, por sorte, estava aberto.

Nos sentamos todos em uma mesa mais afastada.

-Ah, mas a Estella tem razão, o prédio de medicina é melhor de todos. -João diz concordando com ela que sorri.

-Viu, Estella, querida, ele já está no de medicina eu sou o lerdo do grupo. -Digo bebericando o refrigerante.

-Não, Lucas, ele começou pelo prédio de medicina, e você já passou por todos eles. -Ela responde.

-Não entendo essa minha fama, viu, dá pra contar em uma mão apenas com quantas mulheres me envolvi.-Respondo cruzando os braços.

-É pelo jeito, a futura advogada virou mesmo a cabeça dele... -Ricardo diz rindo.

-Que advogada?-Pergunto.

-A loirinha do bar de sexta.-João responde.

-Toda são Paulo estava no bar sexta feira?-Pergunto um tanto indignado.

-Não, mas a notícia corre... -Ricardo responde. Mas corre não por você ter saído com ela, mas sim por ela ter saído com você... Soube de três amigos que estão tentando há uns cinco meses e não conseguiram nada, e aí você chega e faz este estrago.

-Eu não fiz nada. -Me defendo, porém minha voz saí mais séria que o comum.

-É que, digamos, apenas digamos, que ela seja uma das mais requisitadas, mas nunca conquistada então você é o campeão deles... -Ricardo responde ainda sorrindo.

-Pois saibam que ela não é um troféu e nem uma pra coleção.

-Vish, eu disse que ele estava estranho, gente. -Estella diz colocando a mão em minha testa como se fosse medir minha febre.

Reviro os olhos.

-Que tal comermos?-Mudo o foco do assunto.

-Ihhh, ele ficou nervosinho. -Estella diz, apenas ignoro seu comentário e começo a comer o temaki a minha frente.

Termino a noite em frente a casa de Estella, ela com o capacete nas mãos encostada na parede da entrada de seu prédio e eu a sua frente, em uma conversa animadora sobre filmes.

-Deveriamos assistir.-Digo sorrindo.

-Não, não tem chances de você me levar no cinema par ver um filme de tortura como jogos mortais. Qual é, a comédia da vida está aí pra ser assistida. -Retruca.

-Tudo bem, medrosa, a gente assiste uma comédia. -Respondo. -Bom, preciso ir.

Beijo sua bochecha.

-Vai lá.

Viro-me e começo a caminhar em direção a moto.

-Oh, Lucas! -Ela grita me fazendo virar. -Só não me troca pela advogada, ok?!-Diz rindo me fazer revirar os olhos.

-Não te troco por nada, baby. 

Ela apenas sorri e pisca pra mim.

Subo na moto e acelero avenida a fora.

Quando finalmente estaciono a moto em minha vaga, subo até o meu andar, o visor do celular mostra ser uma hora da manhã, maravilha.

Assim que adentro em meu apartamento tomo uma ducha rápida e me jogo contra o colchão macio, Marta conseguiu realizar noventa e nove por cento do milagre, porém ainda resta um cheiro suave de cereja, pelo menos minha rinite segue intacta, pelo menos isso...
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E aí meus amores?!

O que estão achando?

Espero que estejam gostando! Não se esqueçam de comentar e deixar o like.

Amo vocês ❤️❤️

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