^°Capítulo Vinte e Quatro°^

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Lucas.

Verão de 2015.

-Vamos, Lucas, ande mais rápido. -Rebeca diz enquanto caminha apressadamente a minha frente.

-Calma, estou com muitas sacolas.

Estamos no centro de São Paulo, há poucos dias do natal, então é possível imaginar o caos que está aqui.

Ela insistiu em decorar a casa de meus pais, onde vamos todos passar o natal. E eu, como o pobre coitado do namorado, vim ajudá-la a comprar tudo.

-Mas ainda nem compramos o essencial. -Diz olhando de um lado para o outro como se quisesse decidir pra que loja vai agora.

-Ah, não? -Pergunto incredulo.

-Não, ainda falta a árvore. -Dito isso ela pega em minha mão me arrastando para loja escolhida pela mesma.

Cerca de quase duas horas mais tarde estamos dentro do carro, prestes a encontrar algum lugar pra comer. Passamos e uma franquia de fast food, pra variar. Algo que notei desde que começamos a namorar é que, você começa a comer mais besteira com o passar do tempo.

Comemos e logo nos direcionamos a casa de meus pais, como Rebeca havia pedido pra que o "nós" ficasse apenas entre nós, fiz o mesmo pedido aos meus pais quando informamos que estávamos namorando, nem mesmo meu tio, pai de Gabriel, sabe. Então eles estão cumprindo o combinado.

Com o passar deste tempo entendi o que ela quis dizer com algo apenas nosso, é realmente mais instigante. Além do mais, se permitisse que minha mãe saísse contando pra todos ela levaria junto o convite de casamento.

-Natal é meu feriado favorito. -Rebeca diz me tirando de meus devaneios.

-Ah é, por que? -Pergunto revezando a atenção entre ela e a estrada.

-Ah, sei que é estranho, mas quando era pequena nos natais minha mãe cantava parabéns pra Jesus, e é até engraçado, pois estou com vinte e dois e ainda me lembro e não vou negar que me peguei em alguns cantando.

-Se não fizesse isso não seria sua mãe. -Respondo sorrindo.

Ela apenas sorri concordando.

O relógio marca por volta das sete e meia quando finalmente chegamos a casa de meus pais pra "decorá-la", não sei o por que de embarcar na de Rebeca, porém aqui estamos.

-Está bom aqui? -Pergunto me esticando pra conseguir colar a faixa escrito " feliz natal" que minha mãe sempre pendura.

-Ainda está torto, Lucas.-Rebeca responde me fazendo revirar os olhos, já estou aqui a mais ou menos uns vinte minutos com os braços erguidos pra acertar essa bendita posição.

A decoração leva mais quase duas horas, mas devo admitir que ficou bonito. A árvore montada com aquela classica estrela no topo, ela até comprou uma neve artificial para enfeitar a árvore e por fim tenho uma Rebeca com o brilho no olhar que tanto amo. Sim, amo, na verdade estou aprendendo que o amor em si é admirar infinitamente as qualidades, virtudes e aprendemos até gostar dos defeitos... Na verdade as vezes me pego perdido, tipo quando alguém me lembra que preciso surpreendê-la, que na maioria das vezes é Alice, após me lembrar que preciso fazer algo, me sinto perdido no infinito " o que fazer?". Nunca sei como agir pra surpreendê-la e é aí que Alice ou Estella entram. No fim das contas tudo dá certo.

-Preciso ir embora. -A voz dela está cansada.

-Claro, vamos.

Como ela está vestindo um vestidinho amarelo não vamos de moto, nem que me pagassem.

Recentemente meu pai havia me mostrado algumas ações da empresa de meu tio, e achou uma boa idéia que eu usasse desse momento pra um novo investimento. E digamos deu certo, pois com o investimento consegui comprar um carro, por mais que prefira minhas motos ter um carro é bom... Chega a ser uma precaução. Então uni o útil ao agradável e comprei um carro que namorava há um bom tempo, um maserati gran branco.

Assim que adentramos ao carro ela liga o rádio procurando por uma estação brasileira, algo que descobri, Rebeca é apaixonada por música brasileira.

A música "amor puro " do grupo Djavan começa a ecoar pelo carro, foi impossível não fita-la.

-Sério? Djavan? -Pergunto fazendo-a rir.

-Qual é, é uma boa música... Meu amor eu juro, meu amor eu juro ser teu e de mais ninguém. -Ela começa a cantarolar me fazendo rir.

-Nosso gosto musical é levemente diferente. -Digo dividindo minha atenção entre ela e a estrada.

Ouço seu riso.

-Ah, estou tão cansada, acho que nenhum ano da faculdade foi tão difícil quanto este. -Ela diz enquanto tenta achar uma posição que lhe agrade no banco.

-Nem me fale, acho que era por ser o último que foi tão difícil, porém pense pelo lado positivo, acabou. -Respondo sorrindo.

-Falando em acabar... -Seu tom de voz está sério.

-Quer terminar comigo? -Pergunto temeroso.

-Não. -Ela responde rindo. -Por que achou isso?

-"Falando em acabar" -Repito a frase dita pela mesma há poucos segundos.

-Estava pensando na faculdade e na novidade que tenho pra te contar.

-E qual seria?

-Consegui um emprego. -Ela diz animada.

-Mas você já tinha um. -Respondo confuso.

-Sim, eu tinha, mas não em uma das maiores multinacionais do Brasil!

-Meus parabéns, estou realmente orgulhoso. Qual empresa vai trabalhar?

-Na Go Internation. -Responde sorrindo.

-Ual! Realmente, estou orgulhoso.

-Obrigada! Estou animada, pois vou trabalhar na minha área, e conseguir assim tão rápido é realmente um presente.

-Que bom que está feliz. Fico feliz também. 

Demora mais uns quarenta minutos até estacionar o carro frente a casa dela. 

-Até amanhã, amor. -Ela se despede. 

-Ei. -Puxo-a pelo braço fazendo-a fitar-me, e só então percebo que já tirou o cinto ou caso o contrário essa virada teria machucado-a. Selo nossos lábios, aprofundando em um beijo intenso. -É assim que se despede. -Digo assim que descolo nossos lábios. 

Suas bochechas estão um pouco coradas, e sua boca também devido ao beijo. Ela se despede novamente e deixa o carro.

Algo que gosto nela é a facilidade com que fica corada, na verdade sua pureza é algo que também admiro. Contudo, fico ainda mais feliz ao saber que tudo o que ela aprenderá será comigo, e não com outro. pode parecer egoísmo, mas isso me alegra.
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E aí meus amores???

O que acharam??????

Espero que tenham gostado!!

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Amo vocês, até segunda!

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