Simples Coincidências

°^Capitulo Trinta e Oito^°

Lucas

Primavera de 2017

Ambos estamos sentados frente a este corredor. Parte de mim está aliviado por tudo isso ter chegado ao fim.

Ter acompanhado todo este processo doloroso para Miranda e Gabriel foi difícil.

Estamos esperando o médico nos dar a resposta de que está tudo bem com ela.

Rebeca está sentada ao meu lado neste banco de hospital. Gabriel está com alguns machucados superficiais. Nada que nos preocupasse.

-Graças á Deus isto chegou ao fim.-Rebeca sussurra ao meu lado.

Puxo-a para mim. Ela se aconchega em meu abraço.

-Graças a Deus.

De longe meu primo nos fita, vejo um breve sorriso tomar seus lábios.

Não sei dizer o quanto sabem sobre nós, porém sei que eles sabem, e isso não me incomoda. Só permanecemos em segredo o período em que Rebeca desejou, mas com tudo o que aconteceu isso se tornou tão supérfluo.

Não demora muito até eles caminharem em nossa direção.

-Está tudo bem, apenas um tremendo susto. -Miranda responde parecendo mais aliviada.

-Tudo certo com o bebê?-Rebeca pergunta.

-Sim, ele está bem. -Gabriel responde abraçando-a de forma protetora.

-Temos mais alguns exames e resultados de exames para fazer. Podem ir embora, mas obrigada pelo apoio. -Miranda agradece com os olhos marejados.

Rebeca se levanta e a abraça.

Nos despedimos deles e seguimos para o carro.

O caminho segue em silêncio, o trânsito está livre, afinal quem sairia na rua às três da manhã? É bom a sensação de alívio que nos toma, que nos faz pensar o quão bom é senti-lo.

Deixo Rebeca em sua casa, Sônia estava esperando-a frente ao condomínio. Insistiu para que ficasse lá pelo horário, porém neguei. Rebeca precisa conversar com ela sobre tudo, sei que deseja isso, logo eu também preciso ficar um pouco sozinho. Foram dias difíceis e o seu resumo foi silenciador, reflexivos.

Cheguei em casa, estava tudo silencioso. Tomei uma ducha rápida e me joguei contra o colchão.

Não consigo nem imaginar o que faria caso estivesse no lugar de Gabriel, não sei como agiria…

O dia amanheceu ensolarado, tranquilo, levanto-me me troco e logo estou a caminho da empresa. Assim que adentro em minha sala o som do toque do meu celular ecoa pelo espaço.

-Alô?

-Oi sumido!-A voz de Estella ecoa pelo auto falante.

-Oi, Estella. -Respondo sorrindo.-O que manda?

-Preciso de ajuda com uma planta.

-Qual o problema?

-Pelo espaço é impossível colocar três quartos, mas eu sei que você consegue! Posso te mandar por e-mail?

-Pode. -Respondo.

-Obrigada, Luquinhas do meu coração. O Jorge te ligou?

-Não, os dias estavam corridos.

-Ah,sim, estávamos planejando uma saidinha, sei lá, boliche, algo do tipo você topa?

-Preciso ver se a Rebeca pode ir, mas acho que iremos sim. -Respondo ouvindo-a rir do outro lado.

-Esqueci que agora você tem dona. -Ela respondeu rindo.-Mas fala pra ela que a gente é bacana.

-O Jorge com a Alice ela já conhece, só falta o restante do pessoal. Aliás, lembra da Mariana?-Pergunto.

-Lembro sim, ela voltou, ficou sabendo?

-Fiquei. -Respondo.

-Pois é, mas parece que já vai voltar pra Londres, parece que foi só uma passagem.

-Ótimo.

-Enfim, vou te mandar a planta e veja o que é possível fazer.

Encerro a chamada já abrindo meu e-mail, ali está o arquivo. Baixo-o.
Realmente requer mais atenção e tempo, porém será uma boa distração

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Cheguei em casa, estava tudo escuro, nada fora do comum. Já são quase oito horas, hoje o trânsito estava intenso demais.

Caminho até meu quarto certo de tomar uma ducha para logo em seguida cair na cama. Porém me deparo com Rebeca deitada na cama dormindo tranquilamente.

Sorrio, por mais confuso que esteja, sorrio.

O som do toque do meu  celular ecoa pelo ambiente. Atendo-o rapidamente.

-Alô.

-Lucas, tive de viajar, ela não queria ficar sozinha então a levei aí. Espero não haver problemas.-A voz de Sônia ecoa pelo auto falante.

-Tudo bem, Sônia, cuidarei dela.

-Eu sei. Confio em você, garoto.

Encerro a chamada e me direciono ao banheiro. Tomo uma ducha rápida.

Troco-me.

Rebeca continua a dormir tranquilamente em minha cama, o cheiro de cereja toma meu quarto. Nunca pensei que amaria tanto alguém como a amo. Chega a me assustar tamanho sentimento.
Tão puro e intenso, ela me completa em todos os sentidos, e se fosse preciso morreria por ela sem pensar duas vezes.

A verdade é que me apeguei a ela, me aproximei de uma forma nunca feita por mim. A vi se entregar a este sentimento sem restrições, e aprendi a me entregar nesta relação abnegando meus medos, temores e receios.

Beijo seus cabelos inalando seu inibriante cheiro.

Nunca imaginei isto, mas tenho a absoluta certeza de que quero passar o resto da minha vida com ela. Simplesmente tenho esta certeza que me consome.

Com um sorriso que toma meus lábios deixo o quarto e caminho em direção a sala, por coincidência minha coberta já estava aqui, apenas me deitei, e me permiti descansar.

-Lucca!

Abro os olhos lentamente deparando-me com uma Rebeca me fitando com um sorriso nos lábios.

-Você está atrasado. -Diz se sentando ao meu lado.

-Tudo bem, sou o chefe, esqueceu?-Respondo fazendo-a sorrir.

-Mesmo assim, vá logo pra tomarmos café juntos.

Levanto-me, tomo uma ducha rápida. Troco-me e  logo volto a cozinha.

Nos sentamos a mesa.

Rebeca já está pronta para o dia de trabalho, está com um vestido soltinho da cor azul escuro. Seus cabelos estão soltos caindo feito cascata em seus ombros.

Tomamos um café da manhã agradável, como estávamos no mesmo lugar a levei para o trabalho, o trânsito estava um tanto intenso, contudo ela conseguiu chegar na hora. Me direcionei ao meu trabalho, rorineiramente adentro minha sala, verifico os documentos em cima da mesa...
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E aí meus amores? Tudo bem?

Paixões, quero começar a dizer que estamos na reta final 😭😭😭😭😭😭, e que muitas emoções virão, então se preparem, pois tudo pode acontecer... Tudo.

Espero que estejam gostando.

Não se esqueçam de comentar e deixar o like ❤️❤️.

Amo vocês, até segunda