Simples Coincidências

°^Capítulo Quarenta e Dois^°

Oi meus amores!

Aviso: o capítulo está incrívelmente emocionante, logo você precisa lê-lo ao som da música acima...

Quando fiz o capítulo de trilha sonora havia dito que essa era uma das que mais descreviam o livro, então para este momento foi a música que realmente ouvi pra descrever tudo o que virá, tudo.... Espero que gostem do capítulo ❤️

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Lucas

O transito caótico me cansa. Nestes momentos que penso na hipótese de morar no interior, não teria estes tipos de problema. Demoro mais ou menos uma hora até chegar ao aeroporto. Recebi um ligação pedindo minha presença.

Tentei me comunicar com Rebeca, porém ela não me atendeu. Esfriei a cabeça e percebi o quão idiota havia sido aquela discussão e o quanto ela permitiu ser levada por meras hipóteses. Ela ao menos me ouviu.

Deixando meus devaneios de lado estaciono o carro. No telefonema o representando em instruiu a procurar a área da administração. E assim o fiz.

-Você é o senhor Albuquerque? -Um senhor que aparenta ter uns cinquenta anos me pergunta. Apenas assinto. -Venha, me acompanhe.

O faço. Sou guiado até uma sala que está tomado por dezenas de pessoas, parecem curiosas e nervosas, assim como eu.

Não sei ao certo o porque fui chamado aqui... Pego meu celular esperando que tenha alguma mensagem de Rebeca, porém nada.
Isso me frustra.

-Senhoras e senhoras. -Uma moça que aparenta ter uns trinta anos começa a dizer ganhando a atenção de todos. -Sou Lizza, psicóloga do aeroporto. Tenho notícias difíceis, e preciso que compreendam que meu trabalho é passar a notícia e se for o caso atende-los. -Assentimos. -O avião que saiu hoje com destino a Londres ás dez horas da manhã perdeu o contato com a central. Não sabemos dizer se ele caiu ou.. Ou foi algum tipo de sequestro.

-Licença. -Digo levantando minha mão.

-Sim.

-Não entendo minha presença aqui, não conheço nenhum passageiro deste vôo.

-Desculpe senhor, um momento.

Fito a meu redor alguns estão assustados, e outros chorando.

-O senhor tem algum parentesco com Rebeca Guimarães? -Pergunta me fazendo engolir a seco.

-Sim, sou o noivo dela. -Respondo sentindo minhas mãos tremulas.

-Desculpe, senhor. Mas ela comprou uma passagem um dia que antecede ao vôo de hoje, embarcou no avião. Tentamos entrar em contato com Sônia, sua mãe, porém pelo que fomos notificados por sua empresa ela está viajando a trabalho então nos passaram seu contato.

Estou sem palavras, minha boca está seca, minha respiraçao ofegante. Não ouço mais nada do que é dito, estou só. Apenas eu e minha surpresa, meu choque e desespero.

Levanto-me.

-Não tem mais nenhuma notícia? -Pergunto sentindo meus olhos marejarem.

-Até agora esta é a única notícia que temos senhor, sinto muito.

-Os passageiros morreram? -Uma menina de quinze anos que estava ao meu lado pergunta aos prantos.

-Não sabemos informar. O avião perdeu o contato com a central por volta de duas horas após o início do vôo. Nós não sabemos se ele caiu, ou se o localizador  foi desligado de propósito. Todas as notícias serayo passadas de primeira mão a cada um de vocês.

-Podemos ir? -Um senhor pergunta ao meu lado.

-Se for o desejo do senhor, sim, vocês serão notificados por e-mail, telefonema e mensagem.

Ele se retira. Ainda estou em pé no meio da sala ouvindo o choro alheio me perguntando o que está acontecendo.

Não sabia que ela iria viajar. Talvez essa fosse a novidade que queria me contar. Este pensamento me abala. Decido sair da sala.

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Já se perguntou, mesmo que por um breve momento, o que a vida reservou para você? Já se questionou se o que fez a vida inteira seria o certo? Já pensou em voltar atrás e impedir que algo acontecesse? Pois bem, tenho respostas para todas essas perguntas, entretanto não consigo executá-las. É inútil a tentativa. O quarto está escuro, estou escorado na parede enquanto as lágrimas apenas caem, e impossível fingir algo neste momento.

É impossível não sentir esse momento. A culpa e a ira me consomem, e descobri que mesmo não gostando de tal companhia elas estariam aqui, não se retirarariam.

Meu coração dói e meus olhos suplicam por um mísero segundo onde estejam sem lágrimas enquanto minha mente grita : "culpa".

Faz apenas uma hora que voltei do aeroporto, mas parece que uma eternidade desde a última vez que a vi, apenas peço, clamo, para que ela esteja viva. Ah, como preciso que ela esteja viva, Deus! Eu preciso, ela me mantém em pé, me ensinou tantas coisas.

Antes dela nunca havia feito uma oração e agora estou implorando por sua vida.

Se pudesse escolher teria ido em seu lugar, se  pudesse escolher teria feito muitas coisas diferentes... Um soluço ecoa pelo quarto. A tristeza me corrói, o arrependimento me domina e a ira me consome.

Por que, Deus? Não pode tirá-la de mim, eu imploro, não a tire de mim. Eu a amo tanto, porém agora isto se assemelha ao doloroso silêncio. Neste momento minha vida se parece com um eco em um vazio, doloroso e extremista. Minhas mãos estão trêmulas, minha respiraçao ofegante. MInha mente segue incrédula, não sei o que fazer. Não há o que ser feito. A impotência e o arrependimento me dominam ao ponto de me faltar o ar.

As lágrimas não cessam, e meus batimentos cardiacos não diminuem.

Gostaria de acordar e descobrir que tudo não passa de um pesadelo, porém estou muito bem acordado, cosciente e com uma única suplica, que ela esteja viva, Deus, por favor, que ela esteja viva.
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Quem aí está em lágrimas? 🙋🙋🙋🙋

😭😭

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E por favor, não me matem... E não me matem pelas coisas que virão, amo vocês ❤️