Capítulo 3

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Assim que piso no último degrau da escada, ouço a buzina do carro de Henry. Sem motivos algum, sinto meu coração começar a palpitar no peito, não sei que merda acontece comigo. Coração, se aquiete! Talvez eu tenha pensado um pouco nele nesta tarde enquanto estava no salão. Mamãe pediu para que eu pensasse em algo que não fosse o trabalho, ela achou que eu estivesse muito tensa. Então, no mesmo instante, me veio o homem dos cabelos castanhos escuros, olhos escuros da mesma cor e com um sorriso de tirar o fôlego. Nunca conheci alguém que foi capaz de me trazer tamanha tranquilidade, a ponto de me fazer me entregar a ele no primeiro dia. Geralmente, em outros casos, eu costumo conhecer bem a pessoa, primeiro rola a conversa, e depois a parte final, mas sinto que desta vez está sendo diferente.

- Sam! - chamo o meu cachorro que deve estar em algum canto desta casa. Ele precisa ficar do lado de fora, em seu canil, vou trancar tudo e acionar o alarme.

Ouço o seu latido e logo ele vem correndo em minha direção.

- Isso aí, garoto. Vamos para a casinha, e não se esqueça de proteger a casa da mamãe. - sorrio e ando em direção ao comando do alarme, e o aciono.

O sistema de segurança da minha casa é de última geração, insistência de papai. Ele sabe que por eu lidar com traficantes, e pessoas corruptas que não se importam de tirar a vida de uma pessoa para terem o que querem, achou melhor eu ter o máximo de segurança possível. Mas graças a Deus, minha casa nunca foi invadida ou nunca houve tentativas.

Envio uma mensagem para Henry avisando que irei demorar um pouco para sair, pois estou checando o sistema de segurança da casa, ele entendeu perfeitamente.

Após ter checado o sistema de segurança, ter ligado o sistema de troca de água do bebedouro do Sam, finalmente saio de casa.

Ao chegar no portão, o meu coração para de bater e retorna novamente em seguida com a imagem que vejo em frente ao meu portão. Henry está vestido com um terno preto sob medida que nos faz ter em mente tudo o que ele esconde. Ele me olha sério, e depois abre um sorriso que é de fazer qualquer coração de gelo se derreter, e em suas mãos, ele tem um buquê de rosas vermelho.

Uau!

- Boa noite, você está linda, Flávia. - ele se aproxima e me entrega o buquê.

Lhe agradeço e tomo a iniciativa de lhe depositar um beijo em seus lábios, o pegando de surpresa, logo ele retribui, colando nossos lábios com uma delicadeza que me deixou surpresa. Com uma das mãos, toco os fios dos seus cabelos da nuca enquanto nossas línguas dançam em uma carícia apaixonada.

Aos poucos nos soltamos e recuperamos o fôlego.

- Uau! - respondo e rio.

- Uau mesmo! - ele responde e então sorri.

Noto que não há nenhuma marca de batom nele, noto que o batom que comprei pelo Aliexpress é ótimo. Não tem nada que o tire dos lábios, somente algum produto, que é claro que eu comprei também, não sou boba.

- E então, vamos? - eu pergunto observando que ele está muito arrumado para ir a um barzinho.

- Sei que você deve estar observando minha roupa, mas eu mudei de ideia e resolvi lhe levar para jantar. - ele responde observando minha roupa.

Graças a Deus que vesti algo comportado. Parece que eu estava imaginando que isso aconteceria.

- Então, vamos. - ele se vira e abre a porta do passageiro do carro para que eu entre.

Me sento no banco confortável do seu Audi A8L. Observo enquanto ele dá a volta pelo carro com elegância, abre a porta e senta ao meu lado.

- E aí, como foi o seu dia ? - ele pergunta girando a chave na ignição fazendo o carro acordar.

Série Mulheres No Comando: A Federal [REVISANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora