Capítulo 11 - Henry

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Acordo com o calor do corpo de Flávia em meu corpo, tenho até medo de levantar e acorda- lá. Ela está com os braços em meu peito, onde apoia a cabeça, e possui uma das pernas em cima da minha. Ouço sua respiração lenta e calma, e penso na tranquilidade de Flávia nesses dias. Ela é uma mulher que consegue manter o controle das coisas muito facilmente, como se ela tivesse nascido para controlar.

Com cuidado, consigo sair de baixo de Flávia sem que ela acorde, observo ela se mexer e virar para o outro lado da cama, voltando a ressonar.

Saio da cama, vou até o banheiro fazer minhas necessidades, tomo um banho, visto uma bermuda e uma camiseta azul, tudo isso sem acordar Flávia. Pego minha carteira sobre o criado mudo e a ponho no bolso da bermuda, pego as chaves do seu carro e desço para a sala. Ouço o som de alguém na cozinha, e sei que Gisele deve ter chegado para fazer a limpeza da casa de Flávia. Ando em direção da cozinha e a encontro colocando pó na cafeteira.

- Bom dia, menino Henry. - Gi diz colocando o pote de pó de café no armário.

- Bom dia, Gi. - me aproximo da ilha da cozinha. - Você sabe me dizer se existe alguma cesta de piquenique em algum lugar por aqui? Eu gostaria de levar Flávia para um piquenique no Jardim Botânico.

- Ah! Essa é uma boa ideia. - ela diz impressionada. - Garanto que ela vai amar. - ela entra na dispensa e volta com uma cesta nas mãos. - Esta aqui é de Amanda, mas garanto que ela não irá se importar de emprestar para o cunhado dela.

Rio com o comentário de Gi, tomo a cesta em mãos e a coloco sobre a ilha da cozinha.

- Eu preciso ir ao mercado comprar algumas coisas para levar. - digo, e então saio da cozinha indo em direção a sala e depois para a garagem.

Abro o portão da garagem e o portão da propriedade, saio com o carro para a rua e fecho o enorme portão novamente. Fico bobo com toda a segurança que existe na casa de Flávia, se a casa não fosse bonita e aconchegante por dentro, eu já diria que seria uma prisão de segurança máxima.

Estaciono o carro no estacionamento do Carrefour, e entro no hipermercado. Pego uma cesta e conforme passo por algumas seções, vou adicionando algumas coisas que sei que Flávia gostaria, com certeza. Passo na seção das frutas e pego duas bandejas de morango e uma de uva, e a coloco na cestinha.

Paro na seção onde se encontra a Nutella, uma mulher ruiva, do corpo curvilíneo encara a prateleira não sabendo o que levar.
Pego um dos potes, já imaginando Flávia se lambuzando com o creme de avelã e o morango.

- Nossa, um doce levando outro doce para casa. - a mulher comenta me deixando surpreso. - Quer me levar para casa também não?

- Não, muito obrigado, estou contente com minha mulher. - digo mostrando minha aliança de compromisso.

A mulher fica vermelha parecendo um pimentão ao encarar minha aliança.

- Ah, me desculpe. - ela diz murcha. - Eu não vi que você era comprometido. - então ela sai.

Quando vejo que já comprei tudo o que queria, me dirijo ao caixa para pagar pelas compras.

[...]

Estaciono o carro na garagem da casa de Flávia, pego as sacolas de compras, saio do carro e entro na casa. Encontro Flávia sentada na sala vestida com uma calça de pijama e uma camiseta maior que o seu número, com um dos joelhos dobrados e o rosto apoiado na mão. Ela está de forma pensativa.

- Bom dia. - digo chamando a atenção dela enquanto atravesso a sala para ir em direção à ela.

Ela ergue os olhos para mim e abre um sorriso.

Série Mulheres No Comando: A Federal [REVISANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora