Capítulo 5

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Acordo com um som de bip irritante. Mas que merda! O que aconteceu? Abro os olhos com dificuldade por causa da luz forte em meus olhos. Quando finalmente os abro, noto que estou no hospital.

- Mas que merda eu estou fazendo aqui? - pergunto para mim mesma, então, percebo que minha mãe está sentada em uma poltrona dormindo. - Mãe! - chamo-a, então ela acorda em um pulo.

- Oi, eu juro que ele é culpado. - ela se assusta e então olha para mim. - Minha filha, que susto você nos deu.

- O quê houve? Como vim parar aqui? - me pergunto olhando meu braço cheio de agulhas. Então, antes que minha mãe diga algo, eu me recordo.

Era para ser um dia perfeito, uma madrugada perfeita, eu iria acordar, fazer amor com Henry novamente, e depois iria para o departamento, mas não foi assim que aconteceu. Acabou tudo. Aliás, acabou antes mesmo de começar.

- Você levou um tiro quando invadiram a sua casa ontem. - minha mãe diz com compaixão e preocupação em seus olhos.

- Agora eu me lembro. - digo me sentando com cuidado. - E os bandidos?

- Bem, 2 deles foram presos, e o outro levou um tiro da polícia e morreu antes de chegar ao hospital. - minha mãe responde com raiva.

- Droga. - tento me mexer, mas sinto uma queimação em meu ombro. - Você disse anteontem, então, quer dizer que fiquei apagada por quase 2 dias? - pergunto surpresa.

- Sim, a bala pegou de raspão na artéria que passa em seu ombro. - mamãe diz segurando as lágrimas. - Quando eu vi você repleta de sangue, eu jurava que iria te perder, Flavinha.

- Calma, mamãe, eu estou bem. - seguro em suas mãos tentando a tranquilizar.

A porta do quarto se abre e eu fico surpresa ao encontrar a família completa ali, exceto Juliana.

- Surpresaa! - minhas irmãs gritam ao entrar no quarto ao segurarem balões coloridos nas mãos.

Logo vejo meus cunhados atrás das duas trazendo um buquê de flores acompanhados de meu pai.

- Gente, de quem foi a ideia de fazer essa reunião de família e não me convidar? - pergunto fazendo drama. - Se eu soubesse teria tomado um banho.

- Larga de ser boba, Flávia. - minha irmã mais velha, Gabriela diz depositando um beijo em minha testa. - E aí, como está?

- Tô bem, graças a Deus. Tá doendo um pouco, mas tô bem. - digo pensando em relação ao que eu sinto a dor, se é no peito por ter sido chamada de qualquer ou se foi pelo tiro.

- Essa sua carinha diz que não. - Amanda diz se aproximando para me dar um beijo assim como Gabriela deu.

- Mas eu estou bem. E esses marmanjos aí se escondendo atrás de papai? - pergunto olhando meus cunhados observarem a cena de interação entre as irmãs.

- Olha, eu estou muito bem, mas depois que fiquei sabendo que você atirou em dois caras, eu juro que estou com certo medo de você. - Oliver diz fazendo graça.

- Ha ha ha! Tu sofre risco de levar um tiro só por ter entrado nessa família, Oliver. - respondo para o homem dos cabelos loiro escuro, dos olhos azuis e forte, este é o marido de Amanda. - E tu, Anthony, sabe que eu não mordo e quem morde é Gabriela. - olho com sarcasmo para minha irmã e depois para meu cunhado.

- Nem fale, sua irmã é um furacão. - ele diz entrando e depositando um beijo na cabeça de Gabriela que sorri com o gesto do esposo. - Ainda mais dentro do quarto e do tribunal.

- Eii, olhe os modos. - mamãe diz para Anthony que nos faz rir e pede desculpas logo em seguida.

- E então, qual o motivo da reunião de família ? - pergunto vendo todos que eu amo aqui reunidos.

Série Mulheres No Comando: A Federal [REVISANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora