Último Capítulo

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Alguns dias depois

O avião pousa no aeroporto de Madrid, não sei se sinto alívio por finalmente ter que descer desse avião ou se fico triste por ter me mudado para outro país e ficar longe dos meus pais.
Aguardamos os passageiros saírem, evitando o tumulto e então Henry e eu levantamos das nossas poltronas com as crianças em nossos braços, e pegando suas bolsas do bagageiro.

- Bem-vindos a Madrid, meus amores. - digo para Sophia e João Miguel que dormem calmos no colo meu e de Henry.

Henry e eu caminhamos no meio das pessoas que descem do avião em direção a sala de desembarque para pegarmos nossas malas. A maioria das roupas eram das crianças, já para mim eu trouxe apenas o necessário, pois Henry prometeu me levar para comprar roupas novas, o que é mil vezes melhor do que pagar taxa extra de bagagem. Henry ao pegar as nossas malas, as coloca em um carrinho para facilitar o carregamento, então caminhamos em direção a saída do prédio.

Alguns metros próximo ao portão de saída, avisto o motorista que conheci quando passei o carnaval aqui, o mesmo logo se apressa em pegar de Henry o carrinho com as malas e arrasta-lo em direção à saída. Henry se vira para mim e pega o filho nos braços com carinho e amor que é visível em seus olhos.

- Bem vindos, Sr. e Sra. Bittencourt. Felicidades pelo casamento. - Juan nos recepciona com a sua alegria espanhola.

- Muito obrigado, meu caro Juan. - Henry diz em espanhol para o homem que caminha com um enorme sorriso de gratidão nos olhos para o estacionamento. - Está tudo certo por aqui?

- Sim sim, senhor. - Ruan confirma e então abre o porta malas do Volkswagen Tiguan e coloca as malas no bagageiro do veículo. - Estava ansioso pela volta do senhor, não aguentava ficar mais parado.

- Que bom, Juan. - Henry sorri fracamente, imagino o cansaço.

Se ele está cansado, imagina eu que tinha que trocar a fralda de duas crianças dentro de um avião e ainda amamenta-los a cada 3 ou 4 horas. Meu marido... Nossa, chega o peito aperta só em dizer tais palavras. Meu marido abre a porta traseira do carro e me ajuda a entrar com Sophie em meus braços e logo entra também.

Juan entra no veículo e logo dá a partida no veículo, nos levando do aeroporto para as ruas movimentadas e alegres de Madrid.

Em 40 minutos já posso avistar a enorme mansão de Henry, que agora será o nosso lar. Após muita discussão, consegui convence-lo de que não seria necessário nos mudarmos, pois a área era enorme e além de que o bairro é ideal para criarmos nossos filhos, pois tínhamos à disposição creches, hospitais e até hipermercados.

- Que dia você se apresentará mesmo na Interpol? - Henry pergunta enquanto recoloca a chupeta na boca de Miguel após alguns minutos em silêncio. O menino não quer saber muito de chupeta e joga ela fora de novo. - Tá bom, campeão, papai não vai insistir.

- Hmmm, amanhã? - dou de ombros como se isso não fosse nada, mas era, para Henry era, pois ele gostaria de aproveitar para ficarmos juntos em família nesta semana, e fazer alguns tours por Madrid que não pude fazer da outra vez.

Como o esperado, ele me olha com uma expressão de reprovação imensa e vira o rosto para a janela. Olho para a meu lado da janela e vejo que já estamos parando frente a enorme casa. Assim que o veículo para, Henry com a sua expressão séria abre a porta e sai com o nosso filho no colo. Com cuidado, eu desço do veículo também e aguardo Juan tirar as minhas malas do carro.

- Aceita uma ajuda, Sra. Bittencourt?- ele pergunta fechando o porta malas.

- Não creio que precise, acho que Hen... - ouço uma porta sendo fechada com força na mansão. - Bem, acho que ele não poderá me ajudar mais não. Aceito sim, Juan. - ele pega a mala e caminhamos em direção à casa. Abro a porta e deixo que ele passe com as malas. - Pode ir deixando tudo aí sala que eu vou levando para cima.

Série Mulheres No Comando: A Federal [REVISANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora