Capitulo 24

3.8K 325 16
                                    

Henry

O avião pousa finalmente na pista de pouso do Aeroporto Internacional Afonso Pena (CWB) em São José dos Pinhais, cidade vizinha de Curitiba. Decidimos não ir para casa, vamos tentar encontrar aquele desgraçado do Wallace primeiro. Bem, será um trabalho em tanto considerando o tamanho da cidade. Nós podemos tentar checar em alguns hotéis, mas será um pouco complicado devido ao sigilo dos hotéis em relação aos seus hóspedes.

- Eu tive uma ideia de como podemos fazer isso de forma mais simples sem que tenhamos que perguntar se ele realmente está no hotel. - digo chamando a atenção de Anthony que despeja whisky em um copo com gelo.

Ele ergue os olhos para mim e aguarda a minha resposta.

- Não sei se vocês já assistiram aquela série "O mecanismo", mas lá a polícia ligava no hotel e pedia para encaminharem a ligação para a pessoa. Então, ligaremos nos hotéis e pediremos que encaminhem a ligação para o Wallace, caso ele não esteja lá, irão dizer que ele não está hospedado lá. - digo me levantando da poltrona e indo me servir também com um whisky.

- Bem, a ideia é boa e pode funcionar. - Oliver assente e sorri desanimado. - Só vai ser foda a gente ligar para os mais de trezentos hotéis que possuem em Curitiba.

- Bem, você não sabe dizer Anthony se ele curte um estilo de vida mais caro? Porque isso poderia nos ajudar a começar pelos hotéis de luxo ou de maior conforto da cidade. - digo sorvendo o liquido âmbar o sentindo descer ardendo na garganta.

- Bem, Wallace realmente é um cara que curte esse estilo de vida, ele sempre morou em mansões na Escócia, teve carros de luxo e concordo que devemos começar pelos hotéis de luxo da cidade. -Anthony concorda comigo. - Pesquisem na internet os hotéis que oferecem esse tipo de conforto. Eu preciso ligar para Gabriela para ver se mantenho minha paz de espirito, porque quando eu achar aquele desgraçado, ele vai se arrepender de ter encostado um dedo nos meus sobrinhos.

Então ele sai da sala deixando somente eu e Oliver com a expressão normal.

- Ele é sempre assim? - pergunto para Oliver que está atento ao telefone.

- Você não viu nada, Henry. Para a máfia, a família é sagrada, e Anthony leva isso ao pé da letra. - Oliver diz. - Eu não entendo como você consegue manter toda esta calma, se alguém tivesse sequestrado meu filho, eu já estaria metendo o louco por aí.

- Eu prefiro manter a paz para não cometer loucuras, não quero que meus filhos cresçam com o pai atrás das grades. Além disso, eu confio em Flávia e sei que ela também está trabalhando em uma forma de encontrar os nossos filhos. - digo encontrando no telefone o número do Pallace Hotel Curitiba. - Mas não garanto manter a paz no momento em que eu encontrar esse filho da mãe que teve a coragem de sequestrar os meus filhos. - falo com certa raiva enquanto digito o número do telefone do hotel no discador de chamadas e então chamo.

- Cara, se você e minha cunhada não se casarem, eu mesmo te mato. - ele diz e então ri.

A ligação chama duas vezes, e então uma mulher com a voz de veludo atende.

- Pallace Hotel Curitiba, boa noite, em que posso ajudar. - a mulher pergunta.

- Boa noite, eu gostaria de falar com Wallace Allardice.

- Me desculpe, senhor, mas não temos nenhum hóspede chamado Wallace Allardice, o senhor deve ter cometido algum engano. - a mulher lamenta.

- Ah, tá. Me desculpe, muito obrigado e boa noite. - finalizo a chamada. Olho para Oliver que também desliga o telefone. - Neste ele não está.

Passamos três horas ligando para os hotéis de Curitiba e tivemos que apelas para os da região, porque não encontramos nada na cidade. Ligo para um hotel em São José dos Pinhais.

Série Mulheres No Comando: A Federal [REVISANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora