Existe algo entre nós?

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Quand j'regarde tes yeux, je crois en l'Alpha et en l'Omega

Narração por Isabela.

Ainda não havia sido me proporcionado o prazer de entender o que se passa na cabeça dos homens. Já era tão difícil lidar com as minhas questões, as de outras pessoas era uma tarefa quase impossível.

O Yuri concordava que era melhor eu ir atrás do Ruan. Poderia ser até uma boa opção, no entanto, não fazia sentido. Nem mesmo a forma como o Ruan havia me olhado antes de voltar para o camping.

Deixei o Yuri ali, então fui para o lado de dentro. Na metade da minha busca pelo Ruan, para saber o que ele queria tratar comigo, encontrei o Diego.

― Está se sentindo melhor? – Ele perguntou acariciando de leve meu rosto e me olhando preocupado.

― Ainda um pouco enjoada, mas amanhã devo estar cem por cento – Sorri sem mostrar os dentes.

― Tem algo te preocupando? – O Diego mexeu na minha testa com os dedos, no intuito de fazer a região relaxar.

Dando-me conta que a minha testa estava franzida por preocupação, respirei fundo e tentei manter uma face tranquila.

― Cadê o Ruan? – Perguntei.

― Ele passou por mim ainda pouco.

― Viu para onde ele foi?

― Não, meu bem – Deu de ombros e em seguida enfiou suas mãos nos bolsos da bermuda.

― Obrigada – Disse de modo que desse a entender que a conversa estava se encerrando.

― Quer conversar? – Insistiu o Diego tocando rapidamente no meu braço.

― Queria mesmo é me desculpar, mas de um jeito melhor. Posso fazer isso mais tarde? – Olhei em seus olhos.

― Sabe que não precisa se desculpar por aquilo, não é?

Fui abraçada de uma maneira que jamais poderia recusar. Era reconfortante estar nos braços do Diego.

― Você já faz parte da nossa família – Complementou – Nós cuidamos um do outro da maneira como gostaríamos de ser cuidados.

― Ainda sim – Apertei meus braços ao redor do corpo dele e aninhei melhor minha cabeça.

― Eu só espero pelo dia que iremos rir disso tudo, relaxa, Isa – Ele beijou com carinho a minha testa e então desfizemos o abraço.

Agradeci por aquilo com um sorriso, dessa vez mostrando a ele meus dentes. Sentia o cuidado dele me transbordar.

Segui meu caminho atrás do Ruan, encontrei-o no meio de algumas pessoas, mas ele não parecia estar muito a fim de conversar com nenhum deles.

Eu estava do outro lado do campo, observando-o. Sua estética como sempre estava impecável e convidativa. O Ruan parecia preso dentro do próprio mundo, este não havia porta, já que ele não fazia questão de que outros o visitassem.

Mais tarde, estava sentada perto da barraca do Yuri e havia acabado de conversar com a minha mãe por mensagem. Não tinha coragem ainda de uma conversa por ligação e mal sabia como lidaria com uma conversa frente a frente.

De repente, um conhecido perfume chamou a minha atenção antes mesmo dele sentar ao meu lado. Virei para sua direção e deitei minha cabeça em cima dos meus joelhos que estavam sendo abraçados.

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