Tudo o que (não) preciso

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Narração por Caio.

Sussurros perturbavam a minha cabeça desde os meus dezessete anos. Eles vinham acompanhados do nome Leona Akerman. Ex modelo, empresária da Moda e, provavelmente, mãe do meu filho.

Nos conhecemos numa boate quando ela havia acabado de retornar para o Brasil. A química foi avassaladora desde a nossa primeira vez naquela noite e permaneceu mesmo quando revelei minha verdadeira idade.

O desgaste da relação começou quando a Leona anunciou que não poderíamos expor nosso relacionamento porque ela estava noiva e logo se casaria. Teria sido esse um dos motivos que a fez retornar para sua cidade natal.

Trocar olhares com ela era o suficiente para que eu pudesse lembrar das nossas viagens e do quanto era incrível passar horas ao lado dela.

Promessas jamais cumpridas, mentiras e encontros no meio da madrugada não justificam a razão de eu ainda permanecer ao lado de uma mulher que jamais deixaria seu marido para estar comigo. O que me prendia aquilo era a pequena parcela de esperança de que um dia seu contato no meu celular não seria mais "Larissa" e a mensagem padrão dizendo sentir saudade não teria subliminarmente somente o desejo pelo sexo.

Ao chegar do trabalho, deixei as minhas roupas sujas dentro do cesto do banheiro, olhei o meu reflexo no espelho e percebi que o cansaço estava se apresentando também fisicamente.

Depois de tomar banho, o Felipe me abordou no quarto.

- Vai jantar? - Perguntou.

- Quem vai fazer?

- Se eu estou perguntando é porque já está pronto.

- Santa ignorância, né, Felipe - Puxei a toalha do meu pescoço e bati nele com ela.

- Quer massagem no ego? - Ele forçou um sorriso e saiu do nosso quarto.

Não estava sentindo fome. Apenas apaguei a luz e fui para a cama pensando se realmente conseguiria dormir aquele horário.

Enquanto mexia no meu celular, chegou mensagem da Isabela e entrei no WhatsApp para responder ela.

Enquanto mexia no meu celular, chegou mensagem da Isabela e entrei no WhatsApp para responder ela

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Isa: Estamos precisando conversar.

Caio: Eita kkkkkkk estamos?

Isa: Sim, senhor Caio.

Caio: O que você fez dona Isabela?

Isa: Eu nada. Você será o assunto do nosso papo.

Caio: O quê? Papo furado uma hora dessas.

Isa: Não é papo furado. Espero que não me entenda mal e nem ache que eu estou tomando conta demais da sua vida. Semana passada quando viajamos, eu acabei vendo você discutindo com uma mulher e achei estranho porque eu nunca te vi daquele jeito, Caio. E depois eu também vi vocês ficando. Não precisou de muito para que eu visse que ela estava ali com o marido e o filho. Preferi vim falar com você, porque eu acredito que você não tenha com quem conversar sobre. (Áudio)

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