Narração por Ruan.
A Victória havia feito duas fotos minhas com a Isabela na nossa última viagem. Elas foram emolduradas na última semana que passou e hoje estavam escondidas no fundo de alguma das bagagens. Depois que tudo estava guardado, minha irmã não me deixou sozinho um minuto sequer. Até mesmo seu namorado era deixado de lado depois que eu chegava do trabalho.
A noite da minha despedida chegou com pesar e antes mesmo que o primeiro convidado chegasse soube pela boca do Diego que a Isabela não iria comparecer.
Por algum motivo achei que poderia ter mais uma noite ao lado dela, mesmo estando tudo finalmente resolvido entre nós dois.
— Como posso comprar seus pensamentos? – O Yuri se aproximou para encher o meu copo de cerveja.
— Indisponível.
— Pensando nela?
— Você sabe a resposta? – Esperei ele terminar de encher meu copo para dar o primeiro gole.
— Não está claro pra todo mundo? É óbvio que está pensando nela desde que chegou aqui.
— Sinto informar, mas está enganado.
Deixei aquilo assunto para trás junto com o Yuri e me enfiei no meio de pessoas desconhecidas. O que era pra ser uma festa entre amigos, se tornou algo mais ou menos como "convidado convidando mais alguém". E assim eu tive que cumprimentar quem forçava dizer que já havia me visto em algum outro local.
Acordaria arrependido no dia seguinte se perdesse a oportunidade de aproveitar ao lado dos meus amigos e também de me permitir ficar com quem bem entendesse.
O fogo quando foi acendido na minha frente me atraiu de tal modo que precisei mexer nele até me queimar por inteiro. Foi assim que eu conheci a Bruna. A proposta para conhecer o meu quarto foi feita depois de alguns olhares e se manteve mesmo depois de ver a aliança.
Depois de ter o meu tempo com ela, reencontrei a minha turma e a Tóia entrou no meu caminho como foguete.
— Que marcas são essas, Ruan? – Ela conseguiu ver por conta dos botões abertos da minha camiseta.
— Não estressa hoje – Abracei-a pelo pescoço rindo e beijei o topo de sua cabeça.
— Você ao menos tomou banho? – Ela tentou se soltar, mas a mantive presa.
— Sinta o cheiro da liberdade, minha irmã linda.
— Cada dia que passa você fica mais nojento – Tóia chutou o meu joelho e então a soltei. Ela ficou descabelada por completo e as marcas de ciúmes apareceram no seu rosto – Sério, que decadência.
— Larga o seu irmão em paz – O Diego veio para me socorrer – Tenho um presente pra você – Ele entregou o copo de bebida dela cheio.
— Só você mesmo para cuidar tão bem de mim – Ela se virou para dar um selinho nele.
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Onde você estava?
Romance"O que você faria se a sorte parasse de jogar ao seu favor?" é o que Isabela Bernardes pensou ao se dar conta que a sua vida já não era mais a mesma de um ano atrás quando sofreu um acidente de carro que a levou ao coma. Para ela, a mudança para Cur...