Provocar ou superar?

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O espaço do clube trouxe-me a sensação de euforia para conhecer cada espaço, ainda mais para ir a piscina. Para todos os lados que olhava havia pessoas se divertindo ou acompanhando um jogo de futebol que estava acontecendo num campo sintético.

Duvidei que eles iriam conseguir alugar o espaço da churrasqueira por conta da quantidade das pessoas, mas o Diego salvou o dia com a sua influência logo assim que chegou com o Ruan e a Tóia. Só faltava chegar o Caio e o Felipe, que disseram que estavam a caminho.

— Poxa, nenhum arroz e farofa – Comentei ajeitando as carnes nos potes.

O Yuri estava já acendendo a churrasqueira.

— Meu amor, por que você não fez? – O Diego foi o único a ouvir por estar ao meu lado e comentou.

— Vai começar o abuso comigo? – Cruzei os braços e o encarei.

— Não, você é meu amor. – Ele me abraçou pela cintura e beijou o topo da minha cabeça – Chegou bem ontem?

— Cheguei, acabou que o Yuri nem dormiu lá em casa, era só graça dele.

— O suficiente para deixar o Ruan puto para caralho – Ele riu e eu dei de ombros.

— Você quer que eu faça o que, Diego? O Ruan ele quer ter muito, mas no quesito atitude falta tanto. Deu pra ver bem que ele estava mais do que só ficando com a Gabi e, sinceramente, ela não merece isso.

— Quem merece, né? Quem muito quer, nada tem.

— Cara, a gente tinha um trato, sabe? A gente iria ficar, tudo bem ficar com outras pessoas, mas...

— Vocês não estão um pouco velhos para isso? – Ele franziu a testa – Sei lá, não quero me intrometer na parada de vocês, mas as chances de isso dar certo nunca foi alta.

— Pelo menos tentamos – Sorri sem graça – Mas em algum momento a comunicação entre nós falhou.

— Por isso que se eu gosto de uma pessoa, não fico rodeando aqui e ali, gosto de ser direto. Comigo não tem essa de ficar comendo pelas beiradas.

— Diego, hm... – Zoei rindo – Como assim, meu amigo? – Ele sorriu bobo – E você e a Tóia?

— Ela me pegou de jeito, Isa – Ele brincou colocando a mão no peito como se tivesse acabado de tomar uma flechada.

— Tá boiola, por ela, né? – Ri.

— Mas é complicado – Seu tom mudou gradativamente para um mais sério – Com ela eu quero ir devagar, mas não quero nada só por diversão como estava sendo antes. Não é pra mim isso.

— Exclusividade?

— Acho isso pouco – Ele balançou a cabeça de um lado ao outro enquanto colocava o sal grosso num prato – Porque é mais complexo.

— Não sei se você está querendo conversar sobre isso, mas se precisar, me liga ou aparece lá em casa. A gente troca uma ideia sobre as suas dúvidas.

— Não tenho dúvida sobre o que eu sinto por ela. Você também chegou a ter algo com o Ruan, você sabe que eles dois são...

— Confusos, problemáticos? – Fui direta – Não se abrem com facilidade para nada?

Ao longe, o Ruan estava conversando com um cara, deveria ser conhecido dele.

— É, cara! Porra, mas a Tóia é diferente, com o Ruan você ainda tem um acesso maneiro.

— Mas vai tocar num assunto mais profundo com eles.

— Puta que me pariu, que absurdo de mulher linda, meu parceiro – Fomos interrompidos e surpreendidos com o Felipe gritando.

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