Shiu!

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I got secrets, that nobody, nobody, nobody knows...

Narração por Isabela.

O último dia naquele paraíso havia chego. Estava na piscina da pousada quando o Caio se aproximou com um drink na mão. Fui até a borda da piscina, apoiei meus braços e ele agachou na minha frente.

— O que está bebendo? – Puxei o canudo e dei um longo gole na bebida – Credo – Fiz um som arranhando a garganta – Não tem álcool – Ele riu.

— Você pega um gole da minha bebida e ainda reclama que não tem álcool? – O Caio disse.

— O que você esperava? – Franzi o cenho – Imagina dar caro num drink daqui sem ter álcool.

— Quem não te conhece que te compre, né, Isabela? – Ele sorriu – O que está pretendendo fazer? – Abaixei meus óculos de sol até a ponta do nariz e o olhei por cima.

— Tá vendo aquele homem ali sentado na espreguiçadeira a sua direita? – Ele foi olhar e no mesmo instante agarrei ele pelo braço – Não é pra olhar assim, disfarça – Sussurrei mudando o tom da minha voz para algo misterioso – Então, estou arquitetando um plano muito bom para...

— Sério que você está arquitetando algo para aquele homem ali? – Ele olhou de novo e juntos vimos o Ruan, o homem em questão, se desequilibrando na tentativa de enfiar o pé no chinelo.

— Ele não é a coisa mais fofa desse mundo? – Ri botando meus óculos no lugar.

— Quanto mais eu te conheço, mas me surpreendo, sinceramente – Ele disse sentando-se à borda e tomou um pouco do seu drink.

— E em que momento você vai traçar um plano maravilhoso para ir até o bar e comprar para mim um drink com bastante álcool? – Peguei a sua taça e dei mais um gole naquele suco de frutas gourmet.

— O que você não me pede chorando que eu faço sorrindo? – Ele abriu um sorriso amarelo.

— Ainda bem que eu tenho você para contar.

— Pede para o seu fofo, Isabela.

— Agora não, estou preservando-o para mais tarde – Mordi meu lábio inferior e mexi com as sobrancelhas.

— Nossa, eu pago quantos drinks que você quiser, mas me poupa disso – Ele levantou enquanto falava.

— Bastante álcool, por favor! – Gritei quando ele já estava a caminho do bar.

Ao desviar meu olhar, percebi uma mulher me encarando. Logo me dei conta que era a mesma pessoa que estivera brigando com o Caio. Aquela história tornou a martelar com força na minha cabeça e eu não via a hora de saber de tudo até nos mínimos detalhes.

Um garçom trouxe a minha bebida mais tarde e de longe agradeci ao Caio.

— De noite vai ter um luau na praia – O garçom disse e me mostrou o flyer da festa – A pousada que está promovendo.

— Sério? – Interessei-me – Vou pensar sobre ir.

— É uma ótima oportunidade para conhecer pessoas – Ele disse por último e retornou para o seu trabalho.

Não pensei muito sobre, na hora do almoço comecei a perturbar todos para irmos a festa.

— Não temos nada a perder – Disse.

— Nem a ganhar – O Felipe rebateu.

— Mas a gente nunca ganhou nada por ir a uma festa – Falei dando de ombros.

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